Os comportamentos para a evolução humana:
Como Sair da Zona de Conforto e Crescer de Forma Consciente?
Tenho refletido sobre os sentimentos do Ser Humano ao realizar as transições na vida. Isso mesmo, transições, pois elas são de dentro para fora, se referem a nossa parte emocional, às respostas psicológicas que damos. Enquanto as mudanças são de fora para dentro, representadas nos fatos, na estrutura, nos planos de execução que vemos, que seguimos.
A curva de mudança, tão estudada e utilizada por nós ao conduzir processos, projetos de mudança, apresenta, e já foram confirmados pelas evidências apresentadas, vários sentimentos, emoções que os humanos passam em vários estágios, sendo os principais: choque, negação, raiva, medo, aceitação, exploração, comprometimento.
Trazendo os conceitos de zona de conforto, de tensão e de pânico, fiz um paralelo com tais sentimentos, quando os vivenciamos, então necessitamos de uma transição.
A zona de conforto, na Psicologia, é uma condição na qual o indivíduo tem a sensação de segurança, ao mesmo tempo em que evita situações de estresse e que não exigem nenhum tipo de esforço físico, cognitivo, emocional, espiritual.
Realizamos nossas ações de forma tranquila, sem nenhum tipo de medo, ansiedade e, principalmente, risco para nossa vida. É um local confortável onde as pessoas gostam de se aninhar, se sentem à vontade, seguras. Nela, tudo é familiar, previsível e aparentemente agradável.
Nosso cérebro busca economizar energia e estar na zona auxilia as funções da amígdala que é responsável por nossa sobrevivência e é projetada para detectar ameaças em nosso ambiente. Quando esta surge, ela lança a resposta de luta, fuga ou congelamento e nos leva a ação.
Nossa tendência é utilizar sempre os mesmos caminhos, repetir hábitos e padrões, economizando recursos. Não precisamos, por exemplo, pensar e nem colocar lembretes para que escovemos os dentes diariamente.
Um estudo do Center for Creative Leadership mostrou que os eventos desafiadores e as crises, são responsáveis em 42% e 20% respectivamente pelo nosso crescimento, nosso desenvolvimento, nossa aprendizagem.
Como conseguir essa evolução se continuarmos na zona de conforto?
Como disse Einstein: “insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Se queremos evoluir, precisamos nos provocar para a zona de tensão, onde nos submeteremos aos ditos eventos desafiadores. Por exemplo: começar algo novo, aprender um novo idioma, tocar um instrumento musical, fazer algo fora do meu habitual, trabalhar numa startup…
Quando adotamos essa atitude perante a vida, acredito que lidaremos de forma mais tranquila com as transições. E quando nos forem apresentadas as situações difíceis da vida, não ficaremos inertes, não tomaremos más decisões, não nos perderemos de nós mesmos, ao enfrentarmos a zona do pânico.
Afinal, as crises, querendo ou não, fazem parte da nossa vida e nos trazem grandes aprendizados, como já vimos. Aliás, isso ocorre também com a humanidade. Quantos saltos quânticos foram dados com as crises que o mundo viveu?
A boa notícia é que nosso cérebro tem neuroplasticidade. A capacidade de aprender e se reprogramar, de acordo com a necessidade, estímulo e ambiente. Isso ocorre enquanto estivermos vivos. Veja que precisamos estimular nosso cérebro.
Ao nos colocarmos na zona de tensão, no meu entender, é uma preparação para enfrentarmos com mais sucesso, as transições que viveremos com respostas psicológicas mais saudáveis, sem grandes perdas internas.
E você, onde tem se colocado, de forma consciente, com mais frequência na zona do conforto, da tensão ou do pânico? Como tem lidado com elas? O que tem feito para estimular com mais potência seu cérebro?
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Quer saber mais sobre como sair da zona de conforto? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Vera Godoi Costa
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