Os Imprevistos da Mudança e o Impacto no Desenvolvimento da Liderança
Sabemos que todo o esforço para lidar com mudança, parte da preparação das individualidades, para que seja aprofundado o tratamento e sustentação das necessidades coletivas dentro de cada cultura.
O que percebo é que saber ler contexto, clima, cultura, crenças e comportamentos pode ser de grande valia para as tomadas de decisão, incluindo a entrega de resultados.
Só que para isso ocorrer, talvez precisamos voltar novamente para a prancheta e planejar o passo a passo na construção deste caminho.
Não está sendo nada fácil para os tomadores de decisão a equação engajamento versus entrega de resultados.
Hoje a realidade das agendas, reuniões, performance e geração de resultados não estão sendo compatíveis com a vontade de caminhar para o autodesenvolvimento e o desenvolvimento do papel do líder.
Cada vez mais as pessoas estão sendo chamadas para realizar. Todo um acúmulo de atividades entra na “mochila” do líder que ao mesmo tempo que é cobrado por delegar, comunicar, ser filtro e cuidar dos seus liderados, prioriza a todo momento indicadores, metas, relatórios e ações que apoiem o alavancar do negócio.
O cuidado é refletir se não estamos “enxugando gelo”, pois por mais que o mercado esteja exigindo alta performance das empresas, com um aumento gigante da concorrência e o surgimento da IA, não podemos descuidar das pessoas.
Cada vez mais ouço sobre a importância da saúde mental dos colaboradores, vejo psicólogos de plantão nas empresas, palestras e outros cuidados paliativos, mas pouco vejo uma conversa franca com a alta liderança sobre onde vamos parar? Qual o limite da exigência? Onde estão os acordos? A quem estamos servindo?
Assisto diariamente líderes cansados, doentes e desmotivados com o “modus operandi” das empresas. Apesar de gostarem da cultura, do próprio trabalho e de seus liderados, sobra pouco tempo para atuarem como verdadeiros Líderes Agentes da Mudança.
A hora da mudança é agora.
Tomadas de decisão precisam, de fato, ser revistas. Modelos de gestão e governança alterados e suportados por acordos que gerem vida e não morte organizacional.
Estamos em uma era da humanização, do autocuidado e precisamos fazer valer estas condições. As empresas são palcos de desenvolvimento do ser humano e não de escravidão.
Os imprevistos podem acontecer, mas não podemos mais tirar um líder da participação de um treinamento importante, reduzir seu tempo junto aos seus liderados, sobrecarregar sua agenda de compromissos, além de cada vez mais lhe entregar áreas para cuidar.
Não é assim que iremos crescer.
A mudança é de dentro para fora e toda a qualidade de entrega e desenvolvimento depende desta equação fechar.
Planejamento, redesenho de papéis e responsabilidades, introdução de processos, governança e criação de acordos é o mínimo a se fazer para lidarmos com mudança de forma respeitosa neste século XXI.
Faz sentido para você? Qual a primeira ação que fará nesta direção?
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Quer saber mais sobre como os imprevistos da mudança impactam o desenvolvimento da liderança? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Estamos juntos, conte comigo!
Kátia Soares
https://www.agentesdamudanca.com.br
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