Desde a revolução industrial, as características e as relações com o trabalho mudaram muito. Um tema recorrente é o aumento dos insatisfeitos profissionalmente. No livro “Como Encontrar o Trabalho da sua Vida”, de Roman Krznaric (2012), há um estudo realizado em vários países europeus demonstrando que 60% dos trabalhadores escolheriam uma carreira diferente se pudessem.
Globalmente, a insatisfação profissional varia de 55% a 76% da população, segundo diferentes estudos. As causas são variadas e nem sempre graves. Mas a somatória é maligna. Pequenos problemas no ambiente de trabalho como conflitos com chefes, sobrecarga de atividades, pressões exageradas por resultados, ameaças (veladas ou não), competitividade em excesso, aumento de horas de trabalho: tudo isso, somado, pode levar até a complicações de saúde como estresse, estafa, depressão, síndrome do pânico e obesidade. Esses fatos estão presentes na vida de grande parcela da população.
Pesquisa feita pela ISMA (International Stress Management) no Brasil, realizada com pessoas de 25 a 60 anos, revela que 76% delas se sentem infelizes com sua vida profissional. A mesma pesquisa aponta que os 24% da população que se consideram felizes no trabalho têm pontos em comum. São profissionais com autoconfiança e objetivos bem definidos. A coordenadora da pesquisa afirma que salário e o status social e profissional não são os principais aspectos percebidos para que alguém se sinta feliz e satisfeito.
A satisfação é percebida quando a pessoa sente prazer ao desempenhar suas tarefas, o que, consequentemente, leva a melhores resultados.
Em meu livro, “Tô Perdido! – Mudança e Gestão da Carreira”, aponto alguns aspectos que devem ser levados em consideração para não permanecer em uma relação de trabalho insatisfatória.
Seguem alguns aspectos para levar em conta: relação com superior, clima organizacional, percepção de que se está “emburrecendo”, falta de perspectiva de crescimento, de investimento em desenvolvimento e de reconhecimento, rotinas desmotivadoras, falta de sentido com o que se faz, salário inadequado, assédio moral e baixa percepção de qualidade de vida.
Participe da Conversa