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Os Nossos Lugares: O Impacto da Inversão de Papéis na Família

Quando pais e filhos trocam de papéis, o impacto pode ser profundo. Esse desequilíbrio afeta o desenvolvimento emocional e a harmonia familiar. Descubra como evitar a inversão de papéis e promover relações saudáveis, garantindo mais segurança e equilíbrio.

Os Nossos Lugares: O Impacto da Inversão de Papéis na Família

Os Nossos Lugares: O Impacto da Inversão de Papéis na Família

Temos a necessidade de nos sentirmos seguros e protegidos. Os pais cumprem esse papel quando os filhos nascem, pois os bebês são totalmente dependentes deles. É um processo natural e uma lei da hierarquia de quem veio primeiro.

Vemos também a inversão de papéis quando há alguma necessidade física e, muitas vezes, psicológica. Filhos querendo tomar o lugar dos pais. E por que isso não dá certo?

Quando se ocupa um lugar que não lhe pertence, quando filhos se intrometem em assuntos do relacionamento dos pais, fracassam na tentativa de querer defender um deles. Até porque os filhos desconhecem a realidade, o que sabem são informações da visão de quem explana a situação sob seu ponto de vista, que não necessariamente condiz com o que acontece, mas com o que se sente.

Quando filhos assumem esse papel de pais e tentam proteger seus genitores, eles fracassam e sofrem. Quando se toma partido em uma separação, as chances diminuem no poder de colaborar para um entendimento satisfatório. Filhos pequenos fazem isso, e adultos também.

Pior ainda quando os pais permitem e estimulam essa troca de papéis, prejudicando o desenvolvimento das crianças e ferindo os adultos que se veem obrigados a tomar uma decisão sobre estar em um determinado lado, quando deveriam se sentir protegidos e seguros da mesma forma que quando nasceram.

Envolver filhos em um processo de discussão ou de separação é um grande erro, até porque não existem “ex-pai” e “ex-mãe”. O casamento acaba entre aquele casal e a família toma outro formato. Ela continua, se amplia, se modifica e se adapta à nova situação.

Como Mediadora, acompanho muitos casos em que filhos menores se sentem obrigados a decidir de que lado ficam. Sentem-se angustiados por não acolherem o outro e ainda proibidos de expressar sua aflição.

Vejo também adultos obrigados a se alinhar, pois, se não decidem de que lado ficam, é porque estão contra. É lamentável em qualquer situação. Trata-se de um sofrimento que deveria ser evitado por aqueles que se comprometeram a amparar.

E o que os filhos podem fazer? Logo de início é de responsabilidade dos pais deixar claro para os filhos que não é responsabilidade deles a decisão da separação. Isso causa um trauma, por vezes irreversível, em qualquer idade.

Os filhos devem pedir aos pais uma conversa franca e honesta em família, sem entrar em detalhes que só pertencem àquele casal e que não lhes dizem respeito.

Os pais, por sua vez, devem informar a decisão ou que estão caminhando para isso. Essa atitude é muito mais benéfica aos filhos e à família do que derramar suas as frustrações, decepções, mágoas e ressentimentos sobre quem não faz parte desse relacionamento. Isso só espalha o desamor e a desunião, e não colabora em nada para a resolução.

Buscar ajuda de um terceiro imparcial que possa colaborar nesse deslinde, antes mesmo de pensar em judicializar.

Podemos contar com a Mediação e Advocacia Colaborativa, que são exitosas e cooperam com o casal e com a família na compreensão da motivação e na possibilidade de um projeto de futuro.

No ano próximo passado, experenciei essa situação e foi maravilhosa. Os filhos me procuraram para ajudar os pais, que pareciam seguir um caminho sem volta. Que sorte que deu tempo e que todos perceberam que quanto mais queriam estar com a razão, mais sofriam e divergiam. Mas quando conseguiram sentar, falar e ouvir – inclusive sobre suas mágoas -, outra história começou a ser escrita, uma versão de satisfação e posso até dizer de livramento.

Por fim, preciso dizer que o amor se transforma, se assim quisermos. É claro que isso vai depender muito das pessoas que estão envolvidas naquele fim de relacionamento e de como elas pretendem resolver. Não há outra possibilidade. Temos esse poder de escolher.

Gosto muito da crônica de Martha Medeiros, Despedida do Amor, quando diz:

“Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente”.

Acredite, você pode e pode muito mais. Sempre, relacionamentos necessitam ser saudáveis para qualquer um. Que essa seja a sua melhor opção!

Gostou do artigo?

Quer saber mais quais são as consequências da inversão de papéis entre pais e filhos e como evitá-las para preservar relações saudáveis na família? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.

Até lá!

Márcia Rosa
https://www.marciarosaconsultoria.com.br

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Márcia Rosa Author
Márcia Rosa, fundadora da Márcia Rosa Consultoria, gestora de conflitos, mediadora judicial e extrajudicial, advogada colaborativa, especialista em pequenos negócios e empresas familiares, negociadora por Havard, mentora de relacionamento e comunicação, consteladora e outras formas de práticas integrativas e complementares, coordenadora e professora de cursos de pós-graduação LATO SENSU e colaboradora do projeto de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro denominado Corpo & Mente em parceria com o Hospital Universitário para atendimento aos pacientes psiquiátricos encaminhados para exercícios terapêuticos, Autora de obras e artigos.
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