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A cada mês irei compartilhar tudo e mais um pouco da minha experiência de vida e profissão focado em turbinar, desmistificar e simplificar os temas Assessments, Autoconhecimento e Coaching.
Meu intuito é trazer pontos e entendimentos que realmente sejam eficazes na prática e que principalmente agreguem para elevar seu nível de proficiência, consciência e excelência como profissional e em especial, como ser humano.
Afinal, diante da era da transformação digital, precisamos ser mais humanos e menos robotizados, e explorar os nossos diferenciais e potenciais dos quais as máquinas ainda não conseguem replicar.
Bruno Tsai.
Padrões, Estereótipos e Julgamentos
Acredito que nós humanos começamos a atribuir padrões e estereótipos, a partir do momento em que notamos as nossas diferenças como espécies e indivíduos.
A questão em pauta neste artigo está em compreender a forma como utilizamos nossos julgamentos e formamos conceitos. Pois os padrões, estereótipos e julgamentos podem servir como ferramental para agilizar e dar praticidade para otimizar tempo de análise de perfis e diferenciais nas tomadas de decisões, tanto como podem servir para gerar entendimentos superficiais (mal entendidos), comodismo e discriminação.
O fato é que na profissão de coaching, consultoria e treinamentos, utilizamos uma ampla gama de instrumentos e ferramentas poderosas, que se assemelham ao instrumental de um médico cirurgião. E da mesma forma, corremos os mesmos riscos de acidentes ou de salvar vidas.
A diferença entre ferir ou salvar se torna significativa quando o profissional em questão possui a consciência de que cada pessoa e situação é única, e que os padrões e estereótipos são base inicial de informações para dar direção à gama de entendimentos a serem investigados, explorados e julgados (formar conceitos e entendimentos), com intuito de facilitar e embasar as intervenções e tomadas de decisões que concretizem o objetivo estabelecido junto ao cliente.
É comum no coaching padronizar e julgar como mais valorosas, metas e conquistas gigantes, desafiadoras e “faraônicas”, e em muitos casos, desvalorizam-se metas mais humildes, mas que geram muito mais significado e sentido para a pessoa.
Com assessments é ainda mais comum padronizar e estereotipar, utilizando os fatores predominantes mapeados para julgar e formar conceitos. O que é perfeitamente correto e cumpre o propósito do instrumento de facilitar a análise e entendimento prévio do perfil das pessoas. O problema é parar na superfície e achar que já se compreendeu a pessoa como um todo, ignorando todo o restante e imensidão de informações que constituem as peculiaridades do indivíduo. É nesta superficialidade de entendimento que acontecem as discriminações e outros “acidentes”.
A conclusão mais importante que quero estimular com este artigo, é de que as ferramentas e instrumentos devem servir a nós profissionais. E nós, como profissionais, devemos servir aos nossos clientes, de humano para humano. Respeitando sempre a individualidade e diferenças como potenciais. Afinal de contas, tudo tem o lugar e o tempo certo para florescer.
Pra fechar, compartilho esta frase de C. G. Jung:
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”
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