Você trabalha em diversas empresas e conhece muitas pessoas, porém quando te perguntam: Como é a sua rede de networking? A resposta é: xiiii, é péssima! Sou muito fraco nesta habilidade.
Mas você se conecta diariamente com as pessoas onde passa a maior parte do seu tempo, como pode? Pois é, acaba não sobrando tempo para isso.
Será? O ponto é tempo, jeito ou o foco e forma que você constrói seus relacionamentos?
Muitos profissionais interagem com seus colegas, mas de uma forma direcionada à atividade e projeto que desenvolve. Troca entre as áreas para resolver problemas, apagar incêndios, se esquecendo de inúmeras possibilidades de crescimento e ajuda mútua. Forma uma pequena rede com seus colegas com que sempre almoça ou cai sempre nos mesmos assuntos na sua comunicação.
Existe uma competitividade entre pares, áreas que impedem, algumas vezes, o engajamento, integração e desenvolvimento como um todo.
Não se pode generalizar, mas existe no mercado em geral, uma dificuldade de reconhecer o trabalho do outro, como se fazê-lo é sinal que você é inferior, incapaz e está perdendo algo. O resultado é um olhar, mesmo que inconsciente, de rivalidade, de competição, de falta de conexão.
Vivemos numa rede de escassez e desta forma, não compartilhamos experiências, não pedimos ajuda por acharmos que não há espaço para todos.
Precisamos mudar o mindset do profissional e empreendedor se queremos realmente negócios e carreiras prósperas.
No Vale do Silício, um dos maiores polos de inovação do mundo, há uma cultura muito forte de troca, conexão autêntica. Um exemplo é ouvir nos cafés, espaços de trabalhos, empresas: Como posso te ajudar? Sem nem ao menos, a pessoa te conhecer profundamente.
Quando pensamos que ao apoiar o outro, você também se fortalece, você abre um vasto caminho de conexão, parceria, mentoria, networking e resultados.
Todos precisamos de ajuda e quebrar as crenças da competitividade ou que irá incomodar, dá uma enorme liberdade e leveza para encontrar soluções.
Na minha experiência profissional como RH, ouvi de muitos gestores e colegas que não poderíamos pedir ajuda, que tínhamos de ter sempre as respostas. Senti muita falta de apoio das pessoas, por não olharem o todo e ficarem apenas no seu mundo, nas suas necessidades, como se existem várias empresas dentro de uma. Eu mesma, também acabava olhando apenas para minhas necessidades sem empatia com as pessoas.
Como empreendedora, também tive muita dificuldade de me conectar com as pessoas, uma vez que como coach deveria atender tudo e não dar espaço para o outro. Grande bobagem. Ao elogiar o trabalho do outro, ao indicar o quanto a pessoa pode crescer com aquele profissional, poderia focar ainda mais nas minhas paixões e propósito. Estava fechada, com um olhar de escassez, numa visão de mundo de competitividade e pouca conexão.
Percebi que precisava mudar. Minhas atitudes criavam mais barreiras do que pontes. Tive de mergulhar na minha história, nas minhas verdades e crenças e mudar esta lente de mundo. Aprendi o poder da troca, de pedir ajuda e de ajudar. Minha rede de networking cresceu, me desenvolvi como profissional, empreendedora e pessoa.
Tem uma frase que diz: “Quando a maré sobe todos os barcos sobem juntos”. Se você apoia o outro a crescer, você cresce ainda mais. Pare de competir, comece a compartilhar para potencializar seus resultados; caso contrário, ficará sozinho.
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