Um dos grandes desafios da liderança é como criar uma cultura de alta performance, com engajamento dos colaboradores. E neste exercício, muitos pratos acabam caindo num desequilíbrio entre resultado e retenção.
Alta performance nos remete à gestão, recursos, indicadores, dados; já engajamento ao clima, troca, empatia e colaboração. Parece dicotômico, como se fossem duas forças contrárias. Mas sim, é possível manter estas duas formas. Como?
Existem dois caminhos que são a base e estão conectados.
A primeira parte são as pessoas. Mais importante do “o que” é com quem. Negócios, resultados são gerados pelas pessoas. Parece óbvio, mas por que então não traçamos ações pensando no desenvolvimento das pessoas? Qual a dificuldade de exercer a escuta ativa e empatia? O ego.
Queremos ter sempre a razão, esquecemos que o outro nos apresenta novas perspectivas, mesmo ao discordar numa questão e que crescemos na cocriação.
Empresas estão quebrando, patinando porque não conseguem inovar. E mais que processos, tecnologia, não sabem lidar com as pessoas nesta era exponencial; os líderes não conseguem justamente engajar as pessoas.
Engajamento depende do segundo ponto, a confiança.
O que se vê, são líderes em nome da cultura da alta performance, entender que produtividade são apenas processos, comando e controle. O nome fica bonito de time que performa, mas se torna a famosa gestão autoritária que está a um passo da cultura do medo.
Não caia nesta cilada líder. Pare de sufocar a sua equipe!
Confiança envolve escuta, abrir o canal para o diálogo mútuo, as ideias, a deixar as pessoas também construírem soluções à sua maneira. Isso não significa deixar fazer o que quiser, não fazer gestão, não ter indicadores. Mas cobrança demais, chatice demais e pelo em ovo não geram engajamento.
Controle é igual à ausência de autonomia. Ah, mas eu delego. Claro, mas não deixa nem respirar e fica apenas no pé da pessoa constantemente. Como a pessoa pode trazer autenticidade e te procurar para dizer quando algo não vai bem, se você não dá espaço para a construção colaborativa?
Líder, o maior investimento que você pode fazer é em você mesmo. Portanto, busque autoconhecimento, quebre sua caixa através do desenvolvimento da sua liderança e das habilidades exponenciais como inteligência emocional, oratória, negociação, entre outras.
Quando você evolui, você internaliza novos hábitos e com isso, compartilha. Quando você abre a guarda para ouvir e pedir também feedback, você cria um espaço para inovar. Ao cocriar, você desaprende para aprender mais alinhado ao que seu negócio e cliente precisam. Colocar seu cliente e colaborador no centro, gera uma jornada de bons frutos e resultados. Este ciclo todo nada mais é do que a criação de uma cultura de alta performance com engajamento.
Tudo começa com pessoas e confiança. Tudo começa com você.
Aline Gomes
http://www.mdifferent.com.br/
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