Em nossa trajetória de vida, conhecemos pessoas, lugares, empresas, vivemos situações prazerosas ou não, conquistamos metas, objetivos, formações, empregos, comemorações e condição social, mas nada disso é possível se não lidarmos com as perdas naturais e transitórias ao longo do caminho.
Toda vez que se conquista uma nova condição ou vive uma nova situação, perdemos a anterior. Isso ocorre em função das fases que vivemos na vida.
É como se trocássemos de pele, várias vezes, durante nossa existência – uma metamorfose! Algumas perdas físicas (morte) de amigos e parentes ou uma separação (rompimento afetivo), invariavelmente, requerem um tempo maior para elaboração do luto para poder seguir em frente.
Considerando que a vida é composta por fases, escolhas, decisões, aprendizados e consequências, logo, tudo aquilo que vivemos pessoal ou profissionalmente, seja positivo ou não, é temporário e impermanente. Desta forma, a necessidade de mudança é certa, perde-se algo para conquistar algo mais, ou novo, de acordo com as escolhas feitas. Assim caminha a humanidade.
O perder não é uma condição desejada ou aceita, no entanto, é natural e necessário para nosso crescimento pessoal. Você conhece alguém que não sofra perdas ou lida bem com elas? Eu, não!
Perder significa: ficar sem a posse… (financeira, material); não ter ou viver mais… (status, direito, condição, situação, cenário, sentimento). Alguns acreditam que perder é algo ruim, uma condição ou sensação negativa, #SQN. O ato de perder é transformador, aceite ou não.
Nos momentos em que vivenciamos perdas, sejam elas quais forem, é comum sentirmos: dor física, sofrimento emocional, raiva, desapontamento, frustração ou mesmo somatizar. No entanto, existem situações em que se ganha, exatamente quando se perde algo que conscientemente não desejávamos. Você já viveu situação semelhante?
Toda perda resulta em um ganho colateral, ainda que não seja percebido, concreto ou explícito inicialmente. Comumente, ganhamos muito aprendizado nessas situações e, em alguns casos, favorece a mudança de visão, crenças, valores ou atitudes frente à vida.
Rompimentos são necessários, desconfortáveis e/ou doem? Sim, com certeza, é a dor inevitável da perda, mesmo que não confessa. No entanto reflita, por exemplo: Perder alguém (amigo, colega, chefe, etc), que não te ouve, reconhece, valoriza ou te respeita, é um ganho ou uma perda? O que de fato está perdendo nessa “relação”?
Esse exemplo é um convite para que avalie e reflita melhor sobre as “perdas” que sofre cotidianamente.
Lembre-se: Nem tudo na vida são perdas, algumas vezes são livramentos que resultam em autoconhecimento e ganhos existenciais capazes de transformar sua vida e seus futuros resultados.
Vivenciar perdas cotidianas de forma resiliente, pode significar o seu renascimento através da mudança positiva de atitude.
Marcio Caldellas
Psicólogo clínico, Personal, Career amp; Executive Coach
www.mccoaching.net
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