Um ambiente corporativo se enriquece muito quando possui diferentes perfis de pessoas trabalhando em conjunto. Uma equipe equilibrada e distinta entre si se complementa e resulta em duas coisas: alto rendimento e alta performance. Mas, ainda assim, alguns líderes relutam ao diferente – ele à primeira vista repele. Por isso tendem a agir de acordo com o que se estabeleceu como cultura e impõe certos comportamentos, da velha forma tradicional. Mas é preciso mudar.
Imagine a seguinte situação: João é diretor e o “cérebro” de uma grande empresa. Extrovertido, bem metódico e sistemático, é bem organizado em sua gestão. É um verdadeiro executor. Tais características fazem dele um líder bem conceituado na área, além de ser extremamente eficiente no que faz.
Marília, filha de João, também é uma mente empreendedora cujos “ensinamentos” de como ser um bom líder estão sendo passados pelo próprio pai. Ele deseja que a filha seja treinada para ter as mesmas competências que ele julga serem as corretas. Ou seja, quer uma pessoa com capacidade de liderar um grupo que atue das mesmas formas que ele o faz no dia a dia da empresa.
Acontece que Marília tem um perfil diferente do pai: ela também é extrovertida, porém atua de forma mais prática na realização dos objetivos propostos. Além disso, ela é informal e cativante, gosta de oferecer alternativas de resolução de problemas, por exemplo, tomando como base o bom senso. Marília também é altamente conceituada como líder em sua área e seu rendimento é altíssimo em prol do grupo.
Ok, mas então, qual é o problema? Na verdade não existe nenhum problema nesta situação. Existe, neste caso, um stress causado pela relação e imposição de um perfil que João julga ser o melhor. A diferença no processo de aprendizagem e execução é diferente, um do outro.
Mas, espera aí, Marília também tem ótimos feedbacks e é uma diretora eficiente. Os dois são, cada qual à sua maneira. Cada um em sua área alcança os objetivos de maneiras diferentes.
Perfis diferentes, mentalidades diferentes – que bom! – … é necessário respeitar o comportamento de cada tipologia de personalidade. Como disse em outra ocasião, é necessário e imprescindível lançar um novo olhar sobre as pessoas, pensar no ser humano.
O respeito aos diferentes tipos de personalidade dentro do ambiente corporativo é um fator decisivo para uma melhor qualidade de vida no trabalho. Neste sentido, quando estamos à vontade quanto à nossa identidade temos a autoconfiança necessária para executar as tarefas. Isso acontece pois nos sentimos parte de um ambiente que aceita a diversidade.
Claro que é muito mais fácil nos comunicarmos com pessoas de perfis mais similares aos nossos, mas isso pode acabar se tornando uma espécie de vício, o que limita a capacidade de resolver problemas e encontrar soluções. Afinal, se olharmos a partir de um ponto de vista comum a todos, não iremos abstrair nada nem ter um contra ponto.
Tipologias de personalidade: quem sou eu?
Uma das melhores formas de compreender nossas peculiaridades é por meio da ferramenta MBTI® (do inglês Myers-Briggs Type Indicator – MBTI), desenvolvido por Katharine Cook Briggs e sua filha Isabel Briggs Myers durante a Segunda Guerra Mundial, a partir das teorias de Carl Gustav Jung sobre os Tipos Psicológicos.
O MBTI é um inventário que contempla as características mais essenciais de personalidade (extroversão – introversão; sensação – intuição; pensamento – sentimento; julgamento – percepção) e a partir dele encontramos 16 tipos psicológicos.
Mas o MTBI não mede aptidões, não existe melhor ou pior. Ele mostra a essência do tipo psicológico de cada pessoa. Uma vez descoberta a nossa essência fica mais claro ter propriedade do que se faz bem – autoconhecimento – e em que área é preciso buscar desenvolvimento.
Um ambiente corporativo multifacetado pode ser o diferencial da sua empresa. E saber lidar com cada tipo de personalidade é o que vai mostrar se você é ou não um bom líder. Portanto, misture e deixe sua equipe plural, de forma que seus colaboradores se complementem na forma de agir e pensar.
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