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Pobres Jovens, Tão Cansados e Estressados: Incompetência ou Sobrecarga?

Desvende o mistério por trás do esgotamento da nova geração de líderes. São realmente incompetentes ou estão sobrecarregados por desafios que vão muito além de suas capacidades? Descubra agora!

Pobres Jovens, Tão Cansados e Estressados: Incompetência ou Sobrecarga?

Pobres Jovens, Tão Cansados e Estressados: Incompetência ou Sobrecarga?

Olá!

Todos os dias, tá bom, nem todos assim. Mas, a maioria dos dias eu olho para cima e agradeço pelo meu trabalho neste mundinho. Tenho a grande vantagem de ser um observador do comportamento humano, tanto nas organizações como nas relações não profissionais.

Uma das coisas que tenho observado com muita frequência nos últimos anos, mesmo antes do advento da pandemia, refere-se ao nível de cansaço que os jovens na casa entre 28 e 38 anos têm apresentado. Ouço com bastante frequência, as seguintes frases:

  • O trabalho está pesado;
  • As equipes não respondem como deveriam;
  • Eu achava que…
  • Mas era obvio que…
  • Não sei como conseguem…

E para somar, quando estes jovens verbalizam suas dificuldades em frente a pessoas que estão na faixa etária 50+, percebo um certo sorriso sarcástico e até mesmo um certo desdém, como se estes jovens não fossem capazes, ou até mesmo, usando uma expressão coloquial baixa, como se eles fossem frouxos.

Agora, meu querido leitor, fazendo uso do meu lugar privilegiado de observador, trago a seguinte indagação para nosso papo mensal:

Estes jovens são realmente frouxos ou, estão lidando com algo comportamental muito acima de suas capacidades e até mesmo das capacidades dos mais velhos?

Quando olhamos para a faixa etária dos novos líderes, muitos deles estão inseridos em um grupo denominado geração Y e alguns outros tantos na geração Z. O que isso significa na prática? Significa que foram crianças educadas por pessoas (pais, mães, avós, etc.) para quem o feedback positivo destas crianças era importante e necessário.

Em outras palavras, enquanto no passado as crianças eram, de fato, consideradas como serem inferiores, estas crianças foram criadas como o centro das atenções. Já sei. O termo “seres inferiores” caiu mal para você, não tem problema, seguem algumas evidências:

  • Isso não é assunto para criança!
  • Quando você crescer você entenderá!
  • Enquanto viver na minha casa e comer da minha comida, seguirá as minhas regras!
  • Não vai porque estou mandando e acabou!
  • Ah, lá vem o pirralho!

Alguma destas frases soa familiar? Pois este era o pensamento reinante quando muitas das pessoas da geração X foram, de fato, criadas. Enfim, seguindo o problema da geração atual:

Os novos líderes foram criados para serem atendidos, protegidos e de fato criados para serem o centro das atenções, tendo suas necessidades, vontades e até desejos considerados como normais, até mesmo fora de casa, quando encontraram empresas e líderes que foram moldados para serem acolhedores, servidores, focados no desenvolvimento etc. etc.

Nenhum problema ocorria enquanto esta geração estava nos níveis mais baixos da pirâmide ou da cadeia alimentar corporativa, até que estes ascenderam na carreira e receberam mais jovens para srem liderados, orientados, engajados e moldados nos valores da empresa. Neste minuto, o jovem que antes era o foco das atenções e precisava ser motivado e engajado agora muda de lado e torna-se o elemento que precisa motivar, engajar e direcionar.

Aqui, a coisa se complica!

Com baixos índices de inteligência comportamental, em geral a nova geração de líderes está passando por desafios que não esperava. Lidar com uma nova geração que espera feedback positivo diariamente, que trabalha focando em propósito e que em cujas realidades, o trabalho como gerador de renda para aquisição de ativos não faz o menor sentido.

Isso gera uma quantidade considerável de situações de mudança não prevista, o que na prática gera mais stress e no final, frustração pois o novo líder, em seu íntimo concorda com o jovem, mas não existem ferramentas (habilidades) suficientes para tirar o melhor desta equipe.

Isso explica, obviamente não de maneira definitiva, os motivos do cansaço observado nas novas lideranças. De maneira geral, eles foram moldados para serem protegidos, engajados e motivados, sem, contudo, serem preparados para proteger, engajar e motivar.

Não! Eles não são frouxos, muito pelo contrário. São jovens muito bem-preparados pela ótica conteudista, mas não moldados para lidar com os comportamentos de outros. Soma-se a isso a necessidade de estar em linha com as ações de proteção e motivação politicamente corretas hora bem aplicadas, hora exageradas por algumas organizações.

Em meu trabalho de mentoria com estes jovens líderes temos conseguido progressos significativos com um protocolo comportamental que denominei “Manifesto anti-fofo” e que na prática, resgata os modelos de gestão baseados em papéis, responsabilidades, construção de compromissos e acima de tudo com responsabilização.

Acredito de verdade que precisamos resgatar os modelos de gestão de pessoas que apresentem desafios e atribuam responsabilização e premiação no melhor estilo da meritocracia, pois, sem isso, teremos gerações cada vez mais fragilizadas diante da incompetência de gerir novas gerações que desconhecem conceitos básicos de economia e liberalismo, levando as organizações à perda de competitividade e no final, um mundo cada vez mais difícil para todos.

Pense nisso!

Gostou do artigo? 

Quer conversar mais sobre o Manifesto Anti-fofo e como os jovens líderes podem trabalhar seu comportamento para se sentirem menos cansados e estressados? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com

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Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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