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Por que assistir aula?

Ir para a escola e ficar sentado ouvindo o professor pode ser interessante. O mesmo pode ocorrer ao treinar a grafia copiando um trecho de um texto. Contudo, ambas ações não podem durar um período inteiro.

Existe o ensino. Pouco importa se ele é presencial ou a distância. Aliás, esta última terminologia é utilizada como eufemismo. A lição de casa é um ensino a distância, por exemplo. O que chamo a atenção é que nada difere de um para o outro: a linguagem escolhida está errada! O ensino é um continuum repleto de alternativas complementares entre si, para que variados compartilhamentos de conteúdos e de interações ocorram entre todos os partícipes.

Com o olhar ao viver escolar. Ir para a escola e ficar sentado ouvindo o professor pode ser interessante. O mesmo pode ocorrer ao treinar a grafia copiando um trecho de um texto. Contudo, ambas ações não podem durar um período inteiro. A criança pode assitir aula com amor: isto é plenamente possível! Para tanto, o professor tem que amar aquilo que está fazendo. Quais são as práticas de ensino nesta direção?

Ainda na escola, agora com vistas ao ensino médio. Para que ir ao colégio? Com quais propósitos facilitadores o professor pode contribuir às transições: infância-adolescência e adolescência-início da fase adulta? Urgentemente, as tecnologias e os respectivos usos têm que ser desmistificados. Ou o professor faz a mediação entre os centros de interesse dos alunos e os conteúdos lecionados, ou, literalmente, o seu papel perderá gradualmente o sentido.

Converse com professores do ensino superior. Faça as seguintes perguntas a eles: “A sua disciplina poderia ser lecionada por meio de tecnologias?”; “Olhe para o curso como um todo. Quais são as disciplinas que não necessitam da vinda presencial do aluno?”. Há comissões próprias de avaliação que medem há 5 anos essas respostas. Posso afirmar que, respectivamente, elas vão ao encontro da: ampliação da virtualização e diminuição dos deslocamentos.

Acredito que esses três momentos acadêmicos comunicam-se e interrelacionam-se à construção de respostas que façam sentido à pergunta-título do presente texto. Há pais exigentes que querem um ensino de qualidade e humanizador; como também, há jovens adultos que buscam os estudos superiores com a percepção e sensibilidade que conseguem estar presentes, mesmo que distantes fisicamente.

Leandro Alves da Silva é Gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional na First Peopleware e atua desde 2011 em Coaching-Mentoring-Counseling, palestras e treinamentos customizados. Doutor em Educação pela FEUSP e Master Coach pelo BCI.
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