Deixar pra lá, é uma forma de não nos aproximarmos dos nossos erros e acertos
O que é a sua verdade também é a verdade de outras pessoas? Precisamos nos questionar e questionar as verdades absolutas.
Entender e saber sobre as coisas nos deixa mais seguros.
Ao mesmo tempo, é inevitável que nossa forma de entender vem impregnada do nosso olhar, experiências e referências. Esses (e outros) elementos sempre interferirão em como entendemos.
Se não dermos espaço para que nossas verdades sejam questionadas, não seremos capazes de nos dar a chance de nos questionarmos, mudar de ideia e principalmente aprender.
É como se precisássemos desaprender para reaprender. Em alguns assuntos, isso se dá como em uma espiral. Revisitamos, mas já estando diferente.
Deixar para lá, não querer saber. Negar que há algum ponto a se considerar pode parecer mais fácil, mas no decorrer das conversas ou até mesmo das relações vamos percebendo (para quem está minimamente disposto na busca de se conhecer) que há uma perda de possibilidades.
Possibilidades de conhecer pessoas, e alcançar outros lugares (internos e externos), postos de trabalho, relações saudáveis, entre outras.
Abrir possibilidades não quer dizer aceitar qualquer coisa de qualquer jeito.
Conhecer nosso limite é importante, pois não se trata somente de se apresentar com maior ou menor tolerância ou intolerância, trata-se de escolher e acolher as próprias decisões, assim como assumi-las.
Tolerar, suportar e aceitar são sentimentos e ações que se confundem. Podem ser consideradas como coisas diferentes ou até sinônimas.
Pensando nessa “con-fusão” entre as palavras e as verdades absolutas, estamos em um momento de profunda descrença em boas possibilidades para o ser humano.
Deixar prá lá é uma forma de não nos aproximarmos dos nossos erros e acertos.
Nesse caso, pode até parecer que estamos nos protegendo das nossas fragilidades e dificuldades, mas se não podemos ver e, sobretudo aceitar, nossos erros não conseguimos nos apropriar de nossas vitórias.
Então, se deixar prá lá, não for uma opção, precisamos aprender o que “para cada um” é passível de tolerância (ou não), por quê e para quê.
Precisamos saber nosso limite de aceitação.
Tolerar o tolerável (para quem?).
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre por que deixar pra lá nos afasta, de fato, dos nossos erros e acertos? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Rosangela Claudino
http://provoca.com.br/
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