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Amor Incondicional: A Base da Liderança

Por que quando uma equipe é liderada por pessoas cujo amor incondicional é a base, o florescimento, os resultados sustentáveis são a recompensa?

Por que o Amor Incondicional é a Base da Liderança?

Amor Incondicional: A Base da Liderança

Há alguns anos tive o privilégio de presenciar, e participar, de um ato de liderança que me tocou profundamente.

Eu pude sentir na pele – e no coração – a experiência de trabalhar com reciclagem de lixo orgânico. Além de aprender como tudo funciona, essa vivência me levou a uma reflexão importante para os estudos que eu vinha realizando sobre o que, de fato, significa liderar.

Um dos pilares importantes da liderança é saber servir, por isso, estar ali diante daquela oportunidade pedia, no mínimo, que eu me lançasse nesse desafio de corpo e alma, mesmo que fosse somente por algumas horas, conforme a proposta do programa de estágio que estava participando.

Convidada por uma equipe de professores de uma pós-graduação em Liderança, fomos levados, eu e meus colegas, a um lugar no meio da natureza, em uma região montanhosa no sul do Chile, onde alguns biólogos nos aguardavam. Logo vi que não seria uma simples demonstração de como transformar lixo orgânico em adubo, teríamos que pôr a mão na massa, literalmente.

Ao aproximar-me do local senti o forte odor de lixo acumulado e lembrei-me das vezes que torci o nariz para o cheiro desagradável de algumas coisas. Muitas vezes é necessário enfrentar o “mau cheiro” para conhecer o que há de mais precioso por trás.

Chamou-me a atenção o brilho que irradiava dos olhos de quem realizava aquela tarefa. Era evidente o amor incondicional por trás daquilo tudo. Não demorou muito e logo compreendi que havia um propósito maior que transformava aquela atividade, aparentemente desfavorável e comum, em uma causa linda e nobre. Acredito que isso explicava tanto brilho no olhar.

Um dos biólogos era uma jovem americana graduada pela Universidade de Harvard, ela nos contou que era apaixonada pelo atletismo e que havia participado do IronMan por duas vezes, mas que nada era mais importante do que estar ali realizando aquele trabalho. Para ela, representava mais do que transformar lixo em adubo, mas poder restaurar com as próprias mãos um pedacinho do planeta, dia após dia.

Fomos divididos em três grupos porque o processo consistia em três etapas.

A primeira etapa que o meu grupo realizou foi recolher folhas secas no meio do bosque, para serem misturadas ao lixo e acelerar o processo de decomposição.

A segunda tarefa foi rasgar papelão e misturar a esse lixo com a finalidade semelhante a das folhas.

A terceira etapa foi bem desafiante. Havia uma peneira gigante e quadrada, onde era necessário, no mínimo, quatro pessoas para segurar e conseguir peneirar. Enquanto uma pessoa recolhia o lixo com a pá e jogava sobre a peneira, os outros coavam, eliminando assim as partes maiores e de difícil decomposição, como os caroços de frutas, entre outros.

A essa altura o cheiro já não incomodava mais. Eu estava me divertindo pelo fato de estar aprendendo muito com aquelas pessoas que realizavam aquele trabalho com tamanha satisfação. Que exemplo! Junto com os líderes do sistema de compostagem, havia uma equipe de pessoas apoiando, mas ninguém trabalhava mais ou menos, a dedicação do grupo era a mesma e a motivação também.

Quando se tem um propósito que vai além das nossas vontades individuais, as coisas passam a ter um sentido diferente…

Para aquele grupo de pessoas, realizar aquela tarefa diariamente era como salvar o planeta. Mesmo que em uma proporção ínfima, eles eram os guardiões da natureza por estarem ali fazendo a sua parte. Aliás, cada um que faz a sua parte compõe o todo que faz a diferença.

Acredito que um dos maiores aprendizados foi reforçar o pensamento sobre o quanto precisamos de reciclagem. Às vezes, acumulamos “lixos” que não precisávamos. Muitas vezes esse lixo demora para se decompor. Às vezes leva uma vida inteira e a gente nem nota que aquela alegria gostosa de viver a vida, vai ficando distante da nossa realidade.

Outro aprendizado foi a aceitação em relação a cada etapa do processo. A mudança que queremos, muitas vezes, exige bastante de nós, mas quando uma equipe trabalha unida por uma mesma causa, o resultado surge com fluidez.

Assim como o lixo orgânico precisa do papelão e das folhas para se decompor, nós também precisamos do amor, da compaixão e perdão para que o nosso lixo interno se transforme em algo produtivo. Quando isso acontece, o que antes não servia para muito, passa então a gerar vida dentro de nós. E faz germinar sementes que se transformam em árvores, cheias de flores e frutos.

Quando uma equipe tem a sua liderança composto por pessoas cujo amor incondicional é a base, o florescimento, os resultados sustentáveis são a recompensa.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o amor incondicional como base da liderança? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Gratidão ter você por aqui.

Grande abraço,

Shirley Brandão
https://shirleybrandao.com.br/

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Shirley Brandão acumulou mais de cem mil horas exercendo cargos de alta liderança ao longo de mais de 30 anos de experiência. É administradora; Especialista em Liderança e Gestão Organizacional pela Franklin Covey, Pós-graduada em Coaching, Liderança e Consultoria pela Organização Condor Blanco/Chile; Master Coach. Desenvolve programas personalizados para líderes utilizando técnicas de Coaching e Mentoring. É sócia-fundadora do Grupo Vivencial Eu Pleno – Terapia e Coaching Vibracional (Brasil/Atacama/Capadócia); Criadora de vários workshops online; Facilitadora Internacional do Método Heal Your Life de Louise Hay; Sócia-fundadora do Workshop Outdoor A Jornada do Propósito; Idealizadora do Podcast Eu, Aprendiz de Mim; Conferencista Internacional já tendo ministrado palestras em Londres e Nova York. Certificada MBTI Step I e II. Certificada em Numerologia Cabalística; Practitioner em Ho’oponopono por Joe Vitale; Escritora, coautora de 3 obras e autora do livro O Caminho de Shanti – O Perdão Muda Tudo, Editora Hércules. Membro Honorífico da AILB – Academia Internacional de Literatura Brasileira ocupando a cadeira de número 183. Shirley atribui sua ascendência profissional à sua forte paixão pelo desenvolvimento humano. Seu propósito é ajudar a voar quem acredita que pode e assim fazê-lo à altura de seus sonhos.
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