Profissão ou Vocação: Por que você precisa aprender a diferença?
Qual sua resposta para a pergunta: “você quer ser alguém na vida”?
No último dia 07 de maio, fui convidada para compartilhar minha trajetória profissional (e de vida) com cinquenta adolescentes para o projeto DOM – Desenvolvendo Oportunidades de Mudança, da JCI Brasil. O objetivo era motivá-los para a mudança.
Praticamente todos os presentes levantaram a mão, em resposta afirmativa à pergunta.
Percebem? Todos ou quase todos queremos “ser alguém na vida”.
E esquecemos que a gente já É.
E o que “ser alguém na vida” significa pra você? Já parou pra pensar nisso?
Percebem que a gente fica vibrando nessa energia do “vir a ser” e esquece de simplesmente ser? Ser o que eu sou hoje. Com minhas qualidades e defeitos. Habilidades e a falta delas. Identificar o que eu quero hoje, aqui, agora.
O que eu gosto de fazer? Ouvir música, tocar um instrumento, pintar? Ler? Ler sobre o quê? Investigar os astros ou como os aparelhos eletrônicos funcionam? Gosto de cozinhar? Maquiar? Gosto de cores? Moda? Gosto dos cálculos matemáticos?
Essas são reflexões e observações superimportantes para a gente fazer aqui, agora, amanhã, segunda… Porque elas nos dão informações, pistas sobre a nossa vocação.
Vocação é uma palavra que vem do latim, vocare, e significa convocar, chamar, escolher. É dizer que vocação é o nosso chamado para contribuir com algo que só nós temos.
É aquilo que eu vim fazer aqui. E para a qual eu tenho todos os recursos para cumprir.
E a vocação é identificada, ou pelo menos deveria, na adolescência.
Como eu consigo identificar a vocação?
Experimentando. Vivenciando. Conversando com as pessoas sobre o que elas fazem. Testando.
Mas se estamos bitolados pela “linha escalável do sucesso”, onde estamos focados em cumprir etapas, estândares mínimos para obtermos valor na sociedade, essa exploração fica imensamente prejudicada.
Olhando assim fica fácil perceber por que muitos jovens têm imensa dificuldade de escolher qual curso universitário irão cursar ou qual profissão querem seguir. Porque estamos desde pequenos sendo afastados do nosso querer, do nosso desejo e colocados na linha do “certo a fazer”. Só que não é porque deu certo com uma pessoa, que vai servir pra mim… Não é porque serve, que funciona…
Digo isso para, de fato, incentivá-los a questionar, investigar, buscar, procurar, experimentar, viver coisas diferentes. Porque é na vivência que vocês irão identificando aquilo que vocês gostam e aquilo que vocês não gostam.
Para que vocês não precisem chegar aos 40 anos para descobrir o que os move e o que os faz felizes. Para descobrir os talentos e tudo aquilo que vocês fazem bem.
Eu conhecia alguns dos meus talentos desde o Ensino Fundamental. Mas a minha vocação, descobri recentemente, e é algo que nem consigo definir num nome exato. Eu explico o que eu faço e as pessoas querem encaixar numa palavra conhecida. Fato é que ainda não tem um nome. E muitas vezes eu tenho medo.. eu tenho dúvidas… não sei se vou dar conta…
E talvez com você aconteça o mesmo…
Mas não deixe de fazer, nem se sinta estranho por não caber nos rótulos e definições existentes.
E vocês sabem por que, na maioria das vezes, é difícil identificarmos a nossa vocação?
Esse é um tema para o próximo artigo 😉
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre as diferenças entre vocação e profissão? E por que aprender a diferença entre profissão e vocação é importante para sua vida? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre esse tema.
Liz Cunha
https://www.lizcunha.com.br/
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