Protagonismo Feminino: A Importância do Posicionamento Feminino
Você já foi interrompida por um homem enquanto explicava algo? Ou, no meio dessa explicação, um homem repetiu o que você disse e ganhou créditos por isso? Esses comportamentos, que podem parecer inofensivos de primeira, roubam o protagonismo feminino e fazem a mulher se sentir inferior. Essa atitude antes velada e aceitas hoje são repelidas. Porque falamos em posicionamento das mulheres em todos os campos sociais, políticos e econômicos.
A Universidade George Washington, nos Estados Unidos, comprovou que mulheres são duas vezes mais interrompidas que homens em conversas neutras. A pesquisa, feita em 2014, envolveu 40 pessoas 20 homens e 20 mulheres – e estimulou diálogos aleatórios, de mulheres com mulheres, de homens com mulheres, de homens com homens. O resultado constatou que mulheres foram 2,1 vezes mais interrompidas por homens em conversas de três minutos.
Observando esses dados e fatos constatamos que passamos a vida alimentando uma expectativa social de como a mulher deve sr, se comportar e o que pode falar. E durante muito tempo essa forma foi aceita sem questionamentos, razão pela qual hoje precisaremos de mais 135 anos para alcançar a equidade de gênero.
Dentro desse cenário, cito JUNG:
“Conhecer a nossa própria escuridão é o método para lidar com a escuridão de outras pessoas”.
O futuro da liderança feminina exige o autoconhecimento. Nas turmas do ALMA – Aceleradora de Liderança para Mulheres Autenticas nos deparamos com muitas mulheres que passam por situações no universo corporativo relacionadas ao machismo estrutural e permite, mesmo que inconscientemente, a estagnação de sua carreira por não se posicionar de forma adequada.
Esse posicionamento feminino exige conhecer suas origens e crenças inconscientes, ou seja, olhar para o passado e identificar quais foram os momentos vistos e vivenciados de situações de autoritarismo, machismo, interrupção de fala, olhar de censura que até hoje atinge seu comportamento como líder.
A partir dessa identificação e ressignificação é possível o entendimento e uma mudança atitudinal efetiva. Essa compreensão também corrobora para entender que muitos homens simplesmente repetem um padrão de comportamento apreendido por gerações passadas, ou seja, não se atualizaram e nem se permitiram vivenciar um processo de autoconhecimento para quebrar crenças limitantes e padrões negativos e continuam a repetir comportamentos indesejáveis.
Para facilitar a identificação e compreensão de comportamentos não mais aceitáveis, criou-se termos específicos para que mulheres se atentem e se posicione de forma eficaz, a saber:
Gaslighting
Acontece quando o homem deslegitima o que a mulher fala, fazendo ela duvidar da sua própria percepção da realidade ou até mesmo da sua sanidade. Até que ela se pergunta: será que estou louca? Esse fato ocorre em muitas empresas onde mulheres subordinadas a um homem autoritário, onde somente as ideias dele prevalecem, aquela velha e conhecida frase: “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
Mansplaining
É quando o homem explica algo para uma mulher – muitas vezes um assunto do íntimo conhecimento e vivência dessa pessoa – assumindo que ela não entende sobre o assunto, mas ele sim. Extremamente comum a um perfil inseguro, em que ele não permite que uma mulher saiba mais que ele.
Manterrupting
Acontece quando o homem sistematicamente interrompe uma mulher, às vezes até pra explicar pra ela mesma o que ela acabou de dizer. Perfil comum aquele com necessidade de demonstrar quem manda no assunto, na empresa, na relação.
Em todos esses termos e situações a melhor saída é o posicionamento assertivo. Muitas vezes, o simples fato de pedir para não sr interrompida e terminar seu raciocínio já mostra como você quer sr tratada. Mas para que isso aconteça é necessário uma segurança e um profundo conhecimento dos valores pessoais fundamentais. Por essa razão cada vez mais empresas estão investindo em processos de imersão de autoconhecimento.
Para que possamos reduzir essa previsão de 135 anos para alcançar a equidade de gênero, muitas mulheres estão quebrando barreiras como Shirley Chisholm, a primeira congressista negra dos EUA que disse: “Se eles não lhe derem um assento à mesa, traga uma cadeira dobrável”.
Obviamente, o processo de apoio mútuo, a sororidade, ajudará a romper barreiras antes intransponíveis. Te convido a refletir sobre o seu posicionamento seja você mulher ou homem.
O que você tem feito para humanizar as relações dentro da sua empresa?
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a importância do Posicionamento e Protagonismo Feminino? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Luciana Soares Passadori
https://www.passadori.com.br
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