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Qual é o Ponto de Partida para uma Liderança Genuína?

Como identificar o ponto de partida para uma liderança genuína? O que é preciso para que possamos (de fato) criar Líderes genuínos?

Qual é o Ponto de Partida para uma Liderança Genuína?

Qual é o Ponto de Partida para uma Liderança Genuína?

Iniciei esta semana com uma mãe aos prantos, discorrendo sobre as dificuldades com o marido pela divergência de opiniões acerca do acompanhamento da criação dos filhos. O marido acredita que obediência, imposição, surras e castigos, irão “colocar os meninos da linha” para que se tornem “pessoas de bem”. Chama a esposa de fraca e diz que ela não está criando meninas para serem amorosas e gentis com os filhos.

No dia seguinte, acompanhei uma Biografia de uma espanhola que vive nos EUA, 4 filhos, que se separou do marido porque ele não dava suporte para ela na criação das crianças. O marido já não compartilhava dos valores de rigidez, sacrifício e obediência.

Ontem, em sessão, um Diretor manifesta preocupação com as mentiras, manipulação e distorção da realidade por um dos seus Gerentes.

Percebam… Esse comportamento na vida adulta, é o resultado de uma infância inteira de maus tratos, abandono, indiferença às nossas necessidades infantis de acolhimento, aconchego, compreensão, carinho, afeto, amparo… amor. Porque, verdade seja dita, todos estamos querendo nos salvar, ser aceitos, queridos e reconhecidos. Se isso acontece na vida adulta, na infância ainda mais!

Se considerarmos que a infância é um solo sobre o qual iremos pisar a vida inteira, fica fácil entender porque é tão importante que sejamos gentis e amorosos com as crianças

É durante a infância que são organizadas as sensações básicas, que mais tarde darão suporte para a nossa organização psíquica. Por exemplo: crenças, opiniões, pensamentos, liberdade, autoestima, autoconfiança, percepção sobre a realidade e o desdobramento dos nossos resultados pessoais e profissionais.

Infelizmente, quando estamos atravessando a infância não conseguimos vislumbrar o impacto que as experiências de amor, validação, respeito e acolhimento ou as experiências de solidão e distanciamento emocional das nossas mães, têm na totalidade da nossa vida.

E quando nos tornamos mães ou pais, somos inundados pelas demandas diárias da criação dos filhos pequenos e perdemos de vista o alcance que tem para toda a humanidade, que a criança (que é o nosso filho!) se sinta bem tratada, cuidada, percebida e satisfeita.

Infelizmente – sem um processo de indagação pessoal, sem questionar o que é realmente verdade, sem disponibilidade para a mudança (já abordei a imunidade à mudança em um artigo anterior) e sem consciência dos nossos talentos e recursos adormecidos – perpetuamos, em uma cadeia transgeracional, a violência, o desamparo e a repressão sob o título de “certo a fazer”. E nos furtamos a possibilidade de conhecer aonde a nossa imperfeição poderia nos levar enquanto seres humanos.

O que precisamos fazer?

Olhar para a nossa Biografia, com honestidade, amplitude, abertura, humildade e verdade para enxergar a subjugação que sofremos durante a nossa própria infância e os mecanismos de sobrevivência que usamos para passar por uma infância injusta – sempre do ponto de vista da criança que fomos.

Isso nos assusta, não é verdade? Porque intuímos que iremos encontrar dor, distanciamento afetivo, imposições e invalidação do nosso querer.

Mas agora somos adultos. E se não nos dispusermos a atravessar esse processo de revisão e adotar novos comportamentos, não conseguiremos mudar em favor dos nossos filhos. Nem desenvolver líderes. Nem construir “um mundo melhor”, como muitos discursam por aí (sem saber em profundidade o que isso significa).

Qual é o ponto de partida?

Conhecer detalhadamente de qual realidade emocional viemos para sermos capazes de oferecer às crianças (os nossos filhos) o bem-estar que elas merecem: cuidado, proteção, percepção, contato corporal e, principalmente, disponibilidade afetiva e presença.

Somente se colocarmos todas as crianças de volta ao centro do palco iremos criar uma liderança genuína, ou melhor dizendo, Líderes genuínos. Somente assim a nossa civilização terá uma chance de prosperar no âmbito do SER.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como identificar o ponto de partida para uma liderança genuína? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar com você.

Liz Cunha
https://www.lizcunha.com.br/

Confira também: VOCARE: O nosso chamado para contribuir com a HUMANIDADE!

 

Liz Cunha Author
Liz Cunha é Profissional de Eneagrama, acreditada pela International Enneagram Association, dos Estados Unidos e associada da Awareness to Action, desenvolvendo o Programa Personalities@Work no Brasil. Graduada em Administração com Habilitação em Comércio Exterior. MBAs nas áreas de Gestão de Comércio Exterior, Negociação Internacional e Marketing – pela Fundação Getúlio Vargas. Master Oficial em Administração e Direção de Empresas pela Universidad Pablo de Olavide (Espanha). Possui formações em Personal & Professional Coaching, Executive Coaching e Xtreme Positive Life Coaching, Psicologia Reichiana. Certificações internacionais em Eneagrama Profissional, Liderança e Coaching. Atualmente cursa a Especialização em Biografia Humana. Há mais de uma década estudando o SER humano e em busca do próprio autoconhecimento. Hoje atua como Coach, ministra palestras e workshops voltadas ao desenvolvimento e constante evolução do ser humano.
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