Queremos muitas coisas. Planejamos como obtê-las, traçamos metas, objetivos, cuidamos de cada passo para aquela conquista. Nos dedicamos, nos esforçamos, damos o nosso melhor por aquilo, muitas vezes acreditamos que aquilo que desejamos é a coisa mais importante que existe no mundo. Deixamos de lado muita coisa pelos nossos sonhos. Outros sonhos deixam de ser realizados porque estabelecemos prioridades. E algumas vezes – pode acontecer com qualquer um de nós – aquele nosso sonho principal não se realiza.
Pode ser uma promoção no trabalho, a conquista de um amor, uma poupança que deixou de ser feita porque o carro teve que ir pro conserto. Pode ser uma reconciliação que não aconteceu porque o outro lado foi muito mais inflexível do que você pensava. Pode ser uma questão de saúde que surgiu inesperadamente. Muitas coisas podem acontecer que nos impedem ou nos atrasam na realização de nossos sonhos.
Mas se os riscos existem, por que sonhar? Porque sonhar nos torna vivos, humanos, motivados a seguirmos adiante. E não é porque os riscos existem que vamos antecipadamente sofrer por eles. Eles existem mas podem não se realizar também. Assim como um sonho pode não se realizar, os riscos podem não aparecer e tudo pode correr bem.
Obstáculos existem para nos tornarem mais fortes, para testarem nossa convicção, nossa certeza de que realmente desejamos aquilo. Existe um ditado popular que diz que quando algo não dá certo, “não era para ser”.
Eu costumo percorrer com meus clientes todas as possibilidades, insisto para que eles deem o melhor deles em tudo o que fazem, reflitam sobre os vários caminhos possíveis quando têm uma decisão a tomar. O caminho mais fácil não costuma ser o melhor caminho, ele é apenas o mais fácil, talvez o mais rápido, mas será que irá nos proporcionar um bom aprendizado?
Existem coisas que não dependem somente de nós. Outras pessoas estão envolvidas, valores e prioridades de cada um são diferentes, nem sempre conquistamos o que desejamos. Mas apesar de tudo isto, sabemos que não podemos desistir. Que mesmo de uma experiência malsucedida, extraímos um aprendizado. Que se aquilo não se realizou, outras oportunidades virão. Basta ter olhos para ver, ouvidos para ouvir e coração aberto para saber reconhecer novos caminhos e novas oportunidades.
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