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Quantas “máscaras” usamos?

Há muito tempo a busca por adequação aos padrões criados pela sociedade nos faz sofrer. Sentimos estar em desequilíbrio. Sabemos que não somos a “máscara” que usamos, mas temos medo de buscar o que está por baixo dela.

Há muito tempo a busca por adequação aos padrões criados pela sociedade nos faz sofrer.

Fomos criando uma gigantesca complexidade na forma de nos relacionarmos com os outros.

Para Jung, PERSONA, nada mais é do que o rosto ou o papel público que o ser humano apresenta para os outros. E para sobreviver em sociedade criamos várias Personas. Nas empresas vestirmos a Persona da pessoa que é focada em resultado, dedicada ao trabalho para ser aceito no emprego, por exemplo.

E rapidamente podemos refletir sobre as várias Personas que temos utilizado na vida, nas nossas relações.

O problema, segundo Jung é quando esse Arquétipo não é flexível. Quando o Ego começa a se identificar unicamente com esse “personagem” e os outros aspectos da pessoa são deixados de lado.

Essa rigidez encobre a INTEGRALIDADE DO EU.

E sentimos que estamos em desequilíbrio. Sabemos que não somos aquela “máscara” que estamos usando, mas temos medo de buscar o que está por baixo dela.

Tenho percebido no meu trabalho um aumento do sofrimento por tentarmos ser o que não somos.

Existe uma maior busca hoje por autoconhecimento, o que é maravilhoso e com isso mais pessoas estão olhando para suas Personas e podendo fazer escolhas mais conscientes.

O que percebo que se agrava, é que antes usávamos essas máscaras apenas no mundo offline e agora temos o mundo online. Ou seja, além de fazer isso na empresa, em casa, na escola, estamos fazendo isso, no Instagram, Facebook, LinkedIn, etc.

É exigido de nós que tenhamos uma “Persona” para o perfil no LinkedIn, diferente do que você utiliza no Facebook, por exemplo. E então, o sofrimento se intensificou.

Essa dissociação tem aumentado a cobrança interna pela perfeição. Tentamos parecer felizes o tempo todo. E no mesmo momento que se faz um post no Face com os amigos tomando um vinho e dançando, no LinkedIn, aparece de terno e gravata escrevendo “rigidamente” sobre os resultados alcançados no último trimestre.

Tudo bem que tudo esteja acontecendo de fato, mas o que nos impede de sermos mais leves diante de todos os fatos? O que nos impede de sorrir numa reunião de negócios e falar sobre a diversão do final de semana?

O que percebo é que os transtornos de ansiedade têm aumentado cada vez mais, porque somos bombardeados 24 horas por vestirmos “máscaras” e isso está causando dor.

Dor por percebermos que no fundo somos UM. Que não queremos mais fingir.

Queremos mostrar nossa vulnerabilidade. Por isso um dos Tedx mais assistidos é o da maravilhosa Brené Brown.

Hoje escolhi profissionalmente levar as pessoas a entrarem em contato com a sua Alma. Isso no meu trabalho nas organizações e com pessoas físicas.

Inclusive estou escolhendo fazer os mesmos posts independentemente do lugar, buscando essa integralidade em tudo.

Se estamos vestindo “máscaras” que estão nos adoecendo e nos afastando da nossa essência, é bom entender que nós somos responsáveis por tirá-las. Ninguém mais o fará.

Quanto mais pessoas estiverem evoluindo para serem elas mesmas, mais iremos criar uma sociedade saudável emocionalmente.

Pensa que maravilha seria ao invés de criarmos cobranças para fingirmos ser outra pessoa, a cobrança social fosse para: SEJA VOCÊ! Com suas imperfeições.

Que a cobrança fosse: se divirta se descobrindo, e mostre ao mundo essa descoberta porque é isso que o mundo espera de você. Seria lindo não é?

É preciso coragem para sermos nós mesmos. E quando assumimos essa “Persona” lembramos ao outro que ele pode fazer o mesmo.

É possível! COMECEMOS!

Claudia Vaciloto é Iniciadora e Sócia da Conexões Humanizadas, Psicóloga, Mentora Organizacional para Áreas e Executivos de RH, Facilitadora Certificada e Treinadora Oficial no Brasil do Jogo Miracle Choice, baseado no livro Um Curso em Milagres, Facilitadora de Pintura Espontânea baseada na Teoria Point Zero (Esalen Institute Big Sur California) e Imagens Fotográficas para atendimentos terapêuticos (Sedes Sapientes). Fez carreira em RH passando por empresas como Accenture, EDS, VR, Ability Trade Marketing, onde atuou como Diretora de RH pelos últimos 10 anos. Faz treinamentos e vivências comportamentais para empresas e grupos e atendimentos individuais. Formada em Executive and Life Coaching pelo ICI – Integrated Coaching Institute, assina a Coluna Reflexões e Provocações para Revista Cloud Coaching. Coidealizadora da Plataforma GameYou, que oferece experiências de desenvolvimento através de jogos.
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