As nossas primeiras experiências são fundações da nossa estrutura emocional. É comum vivermos a hereditariedade como algo externo, mas desde as primeiras experiências dadas (a começar pelo nome) e as experiências mais esparsas fisiológicas nos marca fortemente. Essas primeiras noções, que incluem tempo, espaço, corpo, vão se acumulando ao longo da nossa vida.
TUDO nos conta sobre a nossa vocação e missão. Todas as nossas experiências acumuladas e as que vão sendo vivenciadas ao longo da vida vão nos apontando para onde podemos ir.
Vocação – do latim vocatio
No dicionário encontramos várias proposições, entre elas:
- Ato ou efeito de chamar;
- Inclinação para qualquer atividade, ofício, profissão etc.; propensão, tendência;
- Inclinação para o sacerdócio ou para a vida religiosa;
- Qualquer disposição natural do espírito; pendor, talento.
Muitas vezes as pessoas ficam procurando sua vocação como se ela estivesse muito longe e fosse difícil de ser descoberta ou alcançada, mas na verdade ela pode estar muito mais próxima do que se supõe.
Pensando de forma abrangente. É importante oferecer um olhar para as nossas competências, sejam elas conhecimentos obtidos via estudo formal, sejam através de experiências informais, dando a elas a devida importância e valor.
Não podemos nos esquecer de levar em altíssima conta habilidades que se mostram no dia a dia mesmo que aparentemente sejam somente atividades cotidianas pois no geral nelas estão intrínsecas facilidades e interesses que podem ser usadas de outras formas em outras circunstâncias.
Conhecer a vocação pode revelar grandes capacidades e alternativas para construir atividades coerentes com uma noção de missão pessoal, trazendo satisfação e o sentimento de realização. Possivelmente essa combinação deve reverter um ganho financeiro e com o tempo transformar-se e ser uma parte importante de um percurso rumo à independência ou aos seus objetivos.
Procure integrar-se. Observe-se e responda: sensorialmente o que te atrai e o que é fácil para você. O que te encanta? O que te brilha os olhos? O que te provoca curiosidade? O que você faz naturalmente sem muito esforço? E por outro lado. O que te incomoda? O que é muito difícil? O que te entedia?
Para começar, pense nos sentidos: visão, olfato, tato, paladar, audição. Respeite suas dificuldades e facilidades. Use suas habilidades a seu favor.
Vamos ponderar entre o mais abrangente e um ponto de vista focado. O mais amplo e o mais detalhado. Entre o macro e o micro. Poder exercitar sobre esses pontos a respeito de nossos interesses nos ajuda a nos aproximar de nossa missão pessoal. Repare que quando consideramos a relação entre pontos estamos sendo mais abrangente e o que estamos propondo aqui é uma tentativa de integração.
Claro que muitos outros indicadores nos ajudam a levantar e entender quais experiências podem nos ajudar a encontrar a nossa vocação e missão, mas por hora vamos nos ater naquilo que sentimos a respeito da nossa capacidade de aceitar que o mais simples nos mostra uma riqueza sobre nós que não podemos deixar de perceber.
Um exemplo disso é como os hobbies, as atividades de lazer, os momentos sociais mais descontraídos, podem nos mostrar um grande potencial para nos desenvolver.
Cada vez mais vemos inspirações a partir das próprias vivências e interesses gerando novas possibilidades no campo das relações com o trabalho.
Por exemplo: a partir de perceber e saber sobre sua afeição ao risco e sobre sua mentalidade questionadora a pessoa pode conseguir um caminho interessante abrindo um novo negócio.
Outro exemplo: saber-se interessado em relações interpessoais e ter facilidade em reunir pessoas pode criar uma proximidade e afinidade a desenvolver trabalhos em coworking (modelo de compartilhamento de espaço para se trabalhar).
A inovação pode estar no seu DNA.
São muito importantes todas as nossas experiências e nossos interesses. Aquilo que nos encanta e aquilo que nos incomoda pode sinalizar para o que pode ser nossa missão de vida e transformar tudo isso em uma habilidade que nos traga satisfação. Com isso podemos ir rumo a um próximo passo. Lembre-se sempre: Escute o seu corpo! Escute sua alma!
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