Estudei em uma grande universidade de negócios, daquelas bem grandes mesmo e posso afirmar que tenho diplomas com Pedigree.
Aos acadêmicos, calma! O título foi só pra causar polêmica…(rs) Não quero aqui desmerecer todo conhecimento, muito pelo contrário, acho que tudo o que aprendi é e sempre será fundamental para os resultados que tenho hoje, porém… ter um diploma pregado na parede, cada dia menos, parece ser importante quando se trata de “saber fazer acontecer”.
Por que algumas pessoas se dão bem nos negócios/carreira e outras desistem? Por que algumas pessoas ficam ricas e outras miseráveis?
Mantendo sempre minha habitual sinceridade. Posso falar uma coisa do fundo do coração?
Podemos fazer análises setoriais e de concorrência, balanços e processos internos e externos, desenvolver todos os P’s do Kotler e fazer todas as análises dos pensadores do mundo dos negócios, porém, depois de feita essa parte sabe o que é importante messssssmo? INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.
Sim, porque se tivermos inteligência emocional a gente vai atrás do conhecimento faltante (ou contrata alguém que saiba), porém se tivermos o conhecimento, mas não tivermos inteligência emocional, sequer sabemos o que fazer com tanto conhecimento. Veja alguns pontos práticos:
✔ Gênios com baixa empatia não conseguem ir muito longe. Sabe aquela pessoa extremamente inteligente, mas uma pessoa grosseira e intransigente? Então… Essa pessoa não consegue ir muito longe e hoje em dia cada vez menos. Já sabemos que mais basta a influência positiva no time do que um crânio que não sabe se relacionar. Você já trabalhou com uma pessoa difícil? Daquelas que você tem medo de chegar perto porque você não sabe o tamanho da patada que vai levar?
✔ E aquela pessoa que sabe falar 5 idiomas e fez mestrado no Japão? Mas acorda toda segunda-feira sem vontade de sair na cama? Se desmotiva a cada 3 meses e acha que o salário que recebe nunca é suficiente para tanto currículo. Porém tantos altos e baixos, sempre declinam sua performance, e falar tantas línguas e ter um supercurrículo não tem feito diferença no dia a dia da função, porém essa pessoa não tem essa autoconsciência.
✔ Tem outro sujeito também. Que não se dá bem com o chefe e acha que todo mundo tem uma panelinha e é puxa saco. Só que na verdade ele é a única pessoa que tem estratégias próprias e anda a deriva de toda a missão do grupo.
✔ Por fim, tem outra pessoa ainda, que come mais do que deve, gasta mais do que pode e vive a beira de um ataque de nervos. Ela é uma ótima funcionária, se dá bem com todo mundo, tem ótimo relacionamento, mas vive à base de remédio e pediu licença porque não sabe lidar com ela própria.
Todas essas e mais milhares de pessoas e casos passaram pelo pesado processo de seleção do RH. Tinham ótimos currículos, falavam várias línguas e possuem discursos de marketing pessoal. Enfim, passaram por suas competências técnicas, mas serão dispensados pelas suas debilidades emocionais.
E quando alguém me pergunta:
“Betânia, estou me sentindo estagnado(a) e quero me atualizar. Qual curso você acha que eu devo fazer?”
Eu sempre respondo: O lema do século 21 é resultado e a equação do resultado é = 20% de competências técnicas + 80% de competências emocionais.
Certifique-se de não estar investindo na proporção errada. Por um mundo com mais Coaching (de verdade) e menos cursos para colocar o diploma do currículo.
Por fim, apenas para evitar desafetos… quero deixar claro que nada é pessoal e qualquer semelhança é mera coincidência…(rs)
Até a próxima pessoal, com mais inteligência emocional na prática.
Participe da Conversa