Você sabia que uma provocação pode ser um desafio, uma visão complementar à sua que pode provocar reações e resultados bem positivos?
No geral, as pessoas associam provocação a algo ruim, negativo. Mas nem toda provocação precisa ter essa conotação. Afinal, nem tudo precisa ser compreendido como uma afronta. Uma provocação pode ser também um desafio, uma visão complementar à sua que pode promover reações e resultados bem positivos.
Com este recorte, quem é a pessoa que te provoca, te estimula e te faz ver outras possibilidades para agir?
Busque por pessoas ou mentores que te façam mais perguntas e não somente que te aponte caminhos ou te diga uma resposta. Busque alguém que possa ampliar suas perspectivas, orientar sem impor e te corrigir sem ofender. Valorize as críticas, elas vão te provocar e te despertará para encontrar soluções e melhores caminhos. Se não sabe voar, cola em quem sabe.
Provavelmente, boa parte dos leitores dessa coluna de imediato lembraram basicamente de três figuras principais que são associadas a este perfil de “provocador”.
O professor é o primeiro desses personagens. Ele orienta o início da vida de qualquer pessoa. Por meio de explicações objetivas e estímulos, ele faz seus alunos refletir e encontrar suas próprias respostas. Ou seja, aqui existe uma transferência de conhecimento em um primeiro momento.
O segundo é o coach ou treinador, que aparece na hora de colocar a teoria em prática. Perceba a diferença, aqui além da troca de conhecimento o coach vive a experiência com o seu pupilo. Na prática, isso significa que ele vai relembrar as instruções e acompanhar o seu desenvolvimento naquela determinada competência, isto é, andar ao seu lado.
E o terceiro personagem é a figura do mentor. Seu papel é ser um provocador legítimo! O propósito aqui não é mais transmitir informações e nem treinar competências, mas estimular a autonomia, isto é, fazer com que seu mentorado consiga perceber sozinho o que precisa ser feito. Claro que ele contribuirá para isso, mas de uma forma bem diferente de um professor ou de um coach.
É fato que em alguns momentos as três características podem se fundir em um mesmo indivíduo. É mais raro, mas acontece às vezes.
O grande diferencial do mentor está no fato de ele funcionar como uma referência para você. Uma pessoa que você se lembrará, para sempre, como alguém que mudou sua vida.
E por isso, nem é preciso dizer que a relação entre mentor e mentorado não se constrói do dia para a noite. A mentoria para um CEO, por exemplo, está baseada na confiança, o que exige entrosamento e tempo.
É como um time de futebol. O desempenho em campo depende do conhecimento de cada jogador em relação ao seu companheiro. Para que os resultados venham, também é fundamental que esses jogadores se sintam à vontade uns com os outros. Assim como ocorre entre os atletas de uma equipe, a relação, na mentoria para CEO, é de igual para igual. Não deve haver nenhuma amarra ou barreira que impeça a evolução na relação.
Ao longo do processo, das sessões realizadas, que são interligadas umas às outras, o mentor estimula a reflexão para que o próprio mentorado chegue às soluções ou alcance as respostas para os desafios que está enfrentando. O mentor não dá respostas, esse não é seu papel. Mas aponta os caminhos, deixando essa direção menos nebulosa e/ou confusa para o mentorado.
Então… não abra mão de ter um provocador na sua vida!
João Kepler
http://www.joaokepler.com.br/
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