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Quer aprender mais e não se esquecer? Coloque em prática estes 5 elementos essenciais!

Como acelerar o processo de aprendizagem e se destacar em um mundo tão dinâmico e exigente de capacitação e de melhores resultados?

aprendizagem ativa

Em um mundo tão dinâmico e exigente para processos acelerados de capacitação, incluindo a conquista de resultados, um caminho que se destaca é o da “aprendizagem ativa”. O termo, de forma resumida, refere-se a uma metodologia que procura colocar o aluno como ponto focal (principal protagonista) de todo o processo de ensino-aprendizagem. Ainda que o professor mantenha importância no processo, ele será um misto de coach e mentor ao invés do que ocorre na “aprendizagem passiva”, quando os alunos se limitam apenas por conteúdos dados pelo professor.

Como sempre afirmamos, este nosso espaço é onde trazemos insigths, comentários, contribuições técnicas e estudos que estão na fronteira da modernidade. Nesta postagem, vamos abordar matéria da área de Educação, publicada pela Harvard Business Publishing (na edição de 19/10/2020). O texto faz menção ao trabalho e ao livro de Curtis Carlson, CEO da consultoria Practice of Innovation e professor na Northeastern University. No livro, ele procura mostrar como é possível criar valor em negócios aplicando o processo de aprendizagem ativa.

Segundo Carlson, criar valor é um exercício de aprendizagem ativa. Criar novo produto ou serviço não pode ser visto como um ato de inspiração que nasce ao acaso, mas sim como um processo que adota práticas comprovadas das ciências da educação para obter melhorias e insights. A aprendizagem ativa depende do envolvimento entre pessoas, estimulando que alunos se desenvolvam não apenas lendo livros, ouvindo palestras ou assistindo aulas. O caminho ideal é que os alunos trabalhem em projetos reais, pois assim sintetizam a teoria que aprendem, as técnicas que veem os outros usarem e, também, sua própria capacidade de gerenciar o processo de design.

Carlson afirma que, quando as pessoas tentam aprender puramente por meio da observação e da teoria, elas aproveitam pouco e esquecem muito. O mesmo princípio é válido para quem busca criar valor nos negócios, ou seja, dado que a inovação ocorre em ambiente complexo e dinâmico, aqueles que têm sucesso são os que conseguem encontrar “os sinais certos em um meio a muito ruído”.

Para criar valor nesse contexto, as pessoas devem seguir um processo estruturado que inclui cinco elementos básicos de aprendizagem ativa:

1. Interação com feedback em tempo real

Em esforços criativos, a repetição é fundamental para a aprendizagem e, por conta disso, tudo ficará melhor quando o aluno receber feedback de um especialista, em tempo real, podendo assim reformular os problemas e fornecer soluções potenciais. Criar e/ou desenvolver um negócio, similarmente, é um processo que envolve avançar com uma determinada ideia e buscar feedback de especialistas, colegas, parceiros, concorrentes e, o mais importante de todos, dos clientes.

2. Modelos mentais concisos

Os psicólogos afirmam que todos nós construímos “modelos mentais” – estruturas carregadas em nossas mentes para dar sentido às nossas experiências e orientar nossas decisões. Na aprendizagem ativa, é fundamental interpretar esses modelos mentais para identificar as crenças, percepções e suposições sobre as quais construímos as hipóteses que irão nos orientar. Porém, Carlson adverte: se os modelos mentais forem muito complicados (como às vezes são), ficará difícil identificar evidências ou caminhos para hipóteses melhores. Com modelos mentais concisos, o conhecimento intrínseco poderá ser explorado mais rapidamente.

3. Vários estilos de aprendizagem

A aprendizagem ativa envolve a aplicação de uma variedade de abordagens para apresentar e experimentar ideias. Usar imagens, simulações e protótipos, por exemplo, pode dar vida às ideias, destacar diferentes aspectos de um problema e desafiar o pensamento das pessoas sobre possíveis soluções. Contar histórias também é eficaz porque pode criar o contexto para um modelo mental: a pesquisa mostra que as histórias ajudam as pessoas a se lembrarem de informações e a revisarem suas crenças, suposições e teorias.

4. Trabalho em equipe

Trabalhar em equipe aumenta o engajamento, o aprendizado e a motivação. Carlson sugere que o tamanho ideal para uma equipe de negócios é de cinco pessoas, um número que permite diversidade de perspectivas e habilidades, bem como evita subdivisão e falhas de comunicação. Como o processo da criação de valor é atividade altamente colaborativa e interdisciplinar, nenhum indivíduo terá todo o conhecimento necessário, ou os modelos mentais relevantes ou e percepções. Isso significa que cada pessoa da equipe deve trazer as competências e experiências distintas, todas necessárias para suas tarefas. O objetivo é reunir equipes cujos membros tenham visão compartilhada, com habilidades complementares e pontos de vista variados.

5. Comparação frequente

A comparação é como desenvolvemos nossas preferências e decidimos a maioria das coisas, como quando estamos comprando um carro novo ou escolhendo o que comer. Para Carlson, a comparação direta e rápida de dois objetos semelhantes amplifica muito as pequenas diferenças. E conclui que o sucesso sistemático é alcançado quando todos os blocos de construção da aprendizagem ativa são reunidos em um sistema completo de criação de valor.

Finalizando, Carlson apresenta uma lista de verificação para a criação de programas efetivos de aprendizagem ativa – on-line ou presencial, e que é composta por dez princípios. Vale a pena refletir bem sobre cada um deles porque são essenciais para avaliar o potencial não apenas de diferentes metodologias de criação de valor, mas também de ambientes de aprendizagem.

Então confira a lista abaixo:

  1. Execute a atividade continuamente;
  2. Forneça feedback em tempo real e garanta um envolvimento constante;
  3. Use estruturas concisas, heurísticas e modelos mentais junto com outras representações;
  4. Concentre-se primeiro nas grandes ideias;
  5. Empregue mentores e não apenas “professores”;
  6. Inicialmente, forme pequenas equipes com habilidades complementares;
  7. Aproveite o conhecimento estabelecido e use ferramentas que aceleram o aprendizado;
  8. Aproveite a aprendizagem comparativa;
  9. Ofereça incentivos motivadores e apoie valores humanos positivos;
  10. Integre tudo em um sistema completo.

E quanto a você, leitor ou leitor deste espaço, fica fácil perceber como o aluno acaba sendo um protagonista no processo de aprendizagem ativa. Seja você coach ou mentor, procure aplicar esses princípios quando estiver dando sua contribuição ao desenvolvimento do seu cliente.

Qualquer que seja o desafio, e até mesmo sendo em relação a um empreendimento de negócios, esteja sempre pronto a contribuir para que seu cliente possa vivenciar da melhor forma possível o ciclo completo de pensar, ter a ideia, caminhar para sua viabilização e criar valor em torno dessa ideia.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre aprendizagem ativa? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br/quem-e

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Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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