Reflexões e Leitura sobre a Ética no Coaching atual
Lendo um pouco sobre as implicações que a ética tem atualmente, vê-se de imediato, que de fato há no mercado uma relação íntima entre líderes empresariais e políticos. Dessa relação nos tempos contemporâneos, surge assim uma ética de poucos, particular e paralela, a ética da sociedade em geral.
Não é incomum esta ética particular trabalhar em função do favorecimento mútuo entre políticos e lideranças empresariais. Sempre em paralelo à norma.
Como resultado temos esta situação estranha no Brasil. Uma lei para alguns, com os seus privilégios e regalias, e outra para o povão. A lei dos poucos, como vou chamar aqui, em geral, por ser própria daqueles que têm maior poder de pagar advogados, assegura direitos como a inviolabilidade, a liberdade e outros direitos que a norma geral reza que seria para todos.
A consequência é que a norma geral acaba assim propiciando mais fragilidade do que segurança na população.
E o que tudo isto tem a ver com coaching?
Ocorre que lideranças do coaching lutaram e lutam ainda hoje para que a prática do coaching não seja supervisionada, regulada ou regulamentada por ninguém. Em outras palavras, os coaches supervisionam os coaches, os coaches regulamentam os coaches, os coaches regulam os coaches.
O fato de se instalar no país um movimento forte de uma regulação de e para poucos, de uma supervisão para poucos, culminou assim em uma ética de poucos.
A reação do povo que vive a norma geral, ainda hoje, é de repulsa a tais movimentos. A queixa é de que falta consistência e valor aos profissionais envolvidos com a prática do coaching. Em conversas, mesmo agora em 2021, se refere ao coaching como um mar de profissionais que vivem o paraíso das técnicas e das práticas. O referencial é o dinheiro que irá ser ganho e não a entrega de valor e ética.
Vê-se que, de fato, não adianta se debater contra esta percepção enraizada. É, e está assim, porque durante anos se plantou a ética dos poucos. A prática do coaching ganhou a pecha de “vale tudo” e “fazemos qualquer coisa”. Triste condição!
O caminho de resgate é a longo prazo, mas é perfeitamente possível. Escolas e instrutores irão ser corajosos para limpar o nome do coaching por meio de consistência e entrega de valor. A governança e transparência nas organizações, em muito, também irá sanar o ambiente.
A ética no seu devido lugar. A parceria com a busca de uma mudança de percepção social. Assim como os engenheiros têm o CREA, os advogados a OAB, os administradores o CRA, os médicos o CRM, os coaches um dia terão a sua organização pautada nos códigos de ética da representatividade que irá ser criada e regulamentada nas leis que abrangem a vida profissional no país.
Não haverá lugar para uma moral de alguns profissionais, uma ética de um grupo.
As acusações e brigas que ainda em 2021 acontecem, de nada nos acrescentará. Elas apenas revelam a fragilidade das iniciativas. A mudança necessita nascer na moral e na ética para, de fato, gerar convencimento na sociedade.
O coaching pode vir a ser tido e visto como uma profissão que converge princípios morais básicos, fundamentos teóricos consistentes e a reconhecida importância para o mercado nas suas múltiplas faces.
Que possamos sonhar com um tempo novo e próximo onde o coaching embalado por padrões de alto nível acontece na sociedade promovendo resiliência, saúde, qualidade de vida e energia para o desempenho nas realizações e trabalho.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a Ética no Coaching atual? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
George Barbosa
http://sobrare.com.br/
Confira também: Coaching Virtual já por quase dois anos. Vixe! Temos questões éticas!
Participe da Conversa