Há cerca de um ano, publiquei o resultado de uma pesquisa que eu liderei para responder a seguinte pergunta: Como se pode descrever a interpretação para o “sucesso” em uma intervenção pessoal entre quem fez (ou faz) e quem nunca participou (e não participa) de um processo de Coaching? A intervenção pessoal a que nos referimos pode ser treinamento, mentoria, terapia, PNL como exemplos de várias outras formas. A comparação acima citada teve foco apenas em identificar a existência (ou não) de diferenças para o conceito para “Sucesso”.
Considerando que o “Espaço do Coach” é recente, vejo como oportuno trazer novamente aqueles resultados para que antigos e novos leitores possam refletir a respeito. O estudo analisou as respostas sobre a experiência e a visão sobre o que significa “ter sucesso”, considerando 208 pessoas que nunca tiveram contato com o Coaching com 223 que informaram terem vivenciado o processo. A amostra foi constituída apenas por pessoas de graduação superior ou com pós-graduação, e os adequados testes estatísticos validaram os resultados.
Utilizando da análise léxica, e após as reduções típicas que a metodologia permite, as 223 respostas dadas por quem vivenciou (ou vivencia) o Coaching geraram 32 palavras significativas e 749 incidências no interesse do estudo (em média, cada palavra apareceu 23 vezes). Quanto ao grupo de 208 respostas de quem não vivenciou a experiência do Coaching, houve 25 palavras e 554 incidências (em média, cada palavra foi usada 22 vezes).
Apenas olhando para esses números, conclui-se da análise léxica que o grupo que vivenciou o Coaching é mais abrangente na geração de palavras que descrevem a interpretação para o “Sucesso” (ou seja, “Sucesso” tem mais interpretações para um Coachee), ainda que as médias de incidências por palavra sejam muito próximas. Uma forma gráfica para comparar os dados resultantes do estudo está no uso de nuvens de palavras.
Estatisticamente existe grau moderado de correlação entre os resultados, explicado por um núcleo comum de palavras que identificam “ter sucesso” (metas, resultados, objetivos, etc). Mas o que efetivamente interessa entender está nas diferenças que os dois grupos apresentaram, pois a conceituação de “sucesso” difere entre que é (ou foi) Coachee de quem nunca foi Coachee. Se tirarmos da nuvem a palavra “sucesso” (que aponta para o foco central do estudo), percebe-se haver no grupo Coaching uma referência forte à ideia de processo envolvido, o que claramente tem menor apelo para o grupo Não-Coaching. Outra comparação interessante está na presença de palavras relacionadas a um auto-ganho, no grupo Coaching, sendo marcante as mudanças.
Portanto, se você quiser entender de forma simples o que vai acontecer ao vivenciar o Coaching, aí está uma boa interpretação dada por quem já foi (ou é Coachee): mudança pessoal como indicadora de “sucesso” para o processo. Como Coach eu posso garantir, tanto baseado no cotidiano como reforçado pelo estudo, que na visão de um Coachee essa mudança que naturalmente ocorre será sempre voltada a uma existência melhor, sem perder de vista os resultados para as metas definidas inicialmente. Mudança na forma de pensar e agir!
Agora, é sua vez de comentar: concorda com a minha conclusão? O que mostra a sua experiência profissional?
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