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Reset e Mindset

É hora de uma profunda mudança no mindset da liderança: DESAPRENDER e APRENDER o novo. E entender que rápido não é mais o suficiente, agora é “imediato”.

desaprender e aprender - reset e mindset

É hora de uma profunda mudança no mindset da liderança: DESAPRENDER e APRENDER o novo. E entender que rápido não é mais o suficiente, agora é “imediato”.

No momento em que pessoas, empresas e governos começam a desenvolver seus planos de continuidade para 2021, ressurgem focos de contaminação na Europa, obrigando recrudescimento nas aberturas de comércios e convivência social.

O risco de outras ondas de contaminação e possível paralisação das atividades, em diversas partes do mundo em períodos diferentes, continuará impactando pessoas, empresas e governos. A variável absolutamente fora de controle.

Temos que ter ações definidas e com aplicação instantânea para as diversas atividades – com monitoramento diário de todos os resultados e consequente ajuste, para aquelas ações que não apresentam resultado esperado. O planejamento é uma peça viva que se atualiza todos os dias, de acordo com os índices de assertividade de cada decisão. Precisamos entender que rápido não é mais o suficiente, agora é “imediato”.

Manter atenção e foco em modernização, automação, redução de custos e ampliação de canais depende de uma profunda mudança no mindset, da liderança: demoram para desaprender e aprender o novo.

O que precisa ser considerado – alguns pontos apenas – para dar início a esta tarefa:

Omniconsumidor

Cidadão megaconectato e discriminante. Consumidor mais consciente e que avalia com mais profundidade e sensibilidade tudo que é recebido. Não se pode dizer, por enquanto, que essa análise é mais racional, já que a sensibilidade com o drama que está sendo vivido é muito alta. No tempo novos comportamentos advirão dessa consciência, reposicionando relações e percepções, com respeito a marcas, produtos, negócios, serviços, etc

Consumidor aprende novos hábitos que marcarão seus consumos futuros

A adesão ao e-commerce e ao delivery. Esses sistemas crescerão ainda mais de importância como canais de vendas e relacionamento, por conta da percepção, quase que compulsória, de suas virtudes, limitações e oportunidades;

Mudar a visão de participação e perspectiva

A capacidade, prontidão e condição de inovação e implementação de alguns varejistas tradicionais obrigará mudanças, favorecendo as empresas mais “digitais” e que consigam equacionar rapidamente gargalos que se criaram em questões de logística, abastecimento, comunicação, crédito, pagamentos e outros fatores;

Orientar produtos, marcas, serviços e lojas

Aumenta a propensão à experimentação o que favorece a “descoberta” de produtos, marcas, serviços e lojas que pode converter em preferência se o valor percebido for relevante suficiente para precipitar mudanças. Este movimento já era algo desenhado e em evolução por conta do aumento exponencial da informação que chegava aos consumidores, estimulando a experimentação;

Acelerar redução de distância

Os fornecedores de produtos e marcas para o varejo, terão que repensar suas estratégias de distribuição criando canais diretos e exclusivos – usando os canais digitais que aumentaram sua participação que podem ser implantados com menores investimentos e custos operacionais. Teremos maior participação da indústria e também empresas de serviços, indo diretamente ao consumidor;

Reconfigurar alternativas de locais e formatos para compras e serviços

Os shopping centers já enfrentavam competição com canais digitais, repensando sua oferta em termos de produtos e serviços. No tempo crescerá o processo de reconfiguração dos shoppings e centros comerciais pela aceleração de uso do e-commerce e do delivery. Teremos expansão dos locais de compras autônomos, com menos gente e mais conveniência. A discussão agora envolve relações entre centros comerciais e inquilinos, ambos pressionados pelas mudanças, definindo pauta importante quanto ao futuro destes negócios;

Esclarecer o Propósito, não só na teoria, Propósito em ação

Nos últimos anos, empresas e marcas perceberam que gerações emergentes cobravam um maior compromisso com o social e o coletivo. A atual crise ampliou essa demanda, transformando ações, iniciativas, comunicação e relacionamento muito mais relevantes, não como simples discurso em meio ao drama, mas de forma estratégica, estruturada e genuína. Empresas e marcas sem aval de sua história com ações estruturais e efetivas nesse sentido, precisam ter muito cuidado para não serem vistas como oportunistas por consumidores que estão mais atentos.

Como iniciar este trabalho? Algumas sugestões:

Liderar diferente

Porque todos na organização agora, são responsáveis por novas formas de gerar receitas, ajustes nos modelos de precificação, realocação de gastos, considerando o rápido crescimento e sustentabilidade, necessários;

Contar com modelos de previsão de demanda e consumo, diariamente

Os gestores devem ser ágeis na avaliação do que está e o que não está funcionando. Agir com senso de urgência e mudar os rumos do orçamento e da operação para se adaptar aos objetivos, quando necessário.

Desenhar a operação e a cadeia de fornecimento

Orientadas para a redução dos riscos de rupturas futuras e considerando competências locais que aumentem a variedade de opções de abastecimento. Buscar parceiros de baixo custo e alta flexibilidade.

Priorizar a agenda digital da empresa

Avaliações diárias para atualizar métricas de sucesso e revisão de todos os processos de aferição.

Garantir alocação inteligente de despesas

Priorizar a geração de valor para a empresa, para todo o time e para a sociedade. Ressignificar o trabalho.

Considerar home office como modelo estável

Que para além do Covid-19, atenua questões de deslocamento. Competências poderão ser importadas de qualquer parte do mundo sem mudanças dos profissionais e as conhecidas dificuldades com adaptação em novos ambientes e/ou culturas. Provisione investimentos para ferramentas virtuais de comunicação e colaboração.

Ouvir, Entender, Traduzir e Comunicar

Garantir total transparência identificando soluções disruptivas para entregar mais do que produtos e serviços: soluções de valor.

Formar grupos de trabalho multidisciplinares…

…para tratar os tópicos do planejamento. Forme um Squad com pessoas de várias áreas. A partir de um brainstorming, monte plano de ações de curto e médio prazo para cada item planejado, assim como os indicadores. Meça assertividade de cada “passo e sempre que necessário corrija a ação para ajustar a “bússola”.

Revisar programas de benefícios

Solicite aos planos de saúde contratados uma adequação para que sejam incluídos atendimentos relativos a situações como as atuais; saúde mental; gerenciamento de stress/resiliência.

Restaurar a rotina

Os trabalhadores foram treinados para trabalho presencial. Natural a insegurança no home office. Muitas empresas ainda não possuem regras claras de avaliação para definir desempenho. Estamos aprendendo. A maioria das empresas manterá parcial ou integralmente, o trabalho remoto; e investirá em terceirização para atividades sujeitas à mecanização no médio prazo. Importante definir periodicidade para encontros presenciais, conforme as atividades de cada time – assim como consolidação de ferramentas para avaliação e feedback dos colaboradores e suas tarefas, instantaneamente.

Aprender e desaprender

Ao mesmo tempo que a maioria das empresas diz que a produtividade e engajamento, de colaboradores em home office aumentou, a troca constante de tecnologias e estratégias, vai exigir de todos um nível de transparência e confiança – ainda maiores. Assim como capacidade de adaptação e aprendizado rápido – como não esteve previsto antes.

Nenhuma atividade está em um patamar considerado seguro – nem mesmo hospitais e atendimentos clínicos – estamos todos no reset – partimos para uma nova possibilidade ainda não definida.

Faça um planejamento, desde o início, com a certeza de que as visões irão mudar em horas, no máximo, dias. Este trabalho será um indicador de objetivos e lhe posicionará sobre o que está e não está bem agora – na próxima hora, pode mudar.

No futuro estes instrumentos vão contar a história do caminho percorrido pelas equipes  que garantiram a sobrevivência das empresas.

E você está preparado para desaprender e aprender o novo?

Gostou do artigo? Quer saber mais? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Sandra Moraes
https:// www.linkedin.com/in/sandra-balbino-moraes

Confira também: Preparo para as atividades, sem manual, sem referência

 

Sandra Moraes é Jornalista, Publicitária, Relações Públicas, frequentou por mais de 8 anos classes de estudos em Filosofia e Sociologia na USP.É professora no MBA da FIA – USP. Atuou como Executiva no mercado financeiro (Visa International (EUA); Banco Icatu; Fininvest; Unibanco; Itaú e Banco Francês e Brasileiro), por mais de 25 anos. Líder inovadora desenvolveu grandes projetos para o Varejo de moda no país (lojas Marisa – Credi 21), ampliando a sua larga experiência com equipes multidisciplinares, multiculturais, altamente competitivos, inovadores e de alta volatilidade.
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