Meu DISC deu errado, por quê? (parte I de II)
Emoções negativas, resistências e medos não devem estar presentes após uma pessoa receber o feedback de seu gráfico ou relatório DISC. Se isso aconteceu, alguma coisa deu errado. Uma regra universal para trabalhos desse tipo deveria ser: a pessoa irá sair do processo melhor do que quando entrou.
Ferramentas DISC são produtos que, como qualquer outro, poderão variar de qualidade, mas com uma importante diferença. Uma ferramenta, independentemente de qual seja, demanda alguém que a utilize para que assim ela possa cumprir com o seu propósito.
E o DISC é uma ferramenta para utilizar com pessoas, não com coisas, o que aumenta muito a responsabilidade de quem as cria ou as utiliza em suas práticas de seleção ou desenvolvimento de pessoas.
No caso de ferramentas de assessment, ou análise de perfil comportamental, como os baseados na metodologia DISC, a boa capacitação e larga experiência de quem irá analisar, assim como o local, clima e ambiente apropriados, são fundamentais para que o resultado do seu uso seja um sucesso. Um verdadeiro ganha-ganha, para quem foi analisado e para quem conduziu a análise.
Quando temos problemas no uso de uma ferramenta DISC, como no caso de uma pessoa não concordar com o resultado, o recomendado não é defender cegamente o resultado, perder a calma, fazer afirmações em tom impositivo ou não dar espaço para a pessoa analisada se colocar.
O adequado é fazer perguntas, investigar e escutar, sempre de maneira amistosa e cooperativa, para assim encontrar a causa do desconforto ou, com tranquilidade, concluir que o resultado pode realmente não ser verdadeiro. A seguir, você encontrará 13 das 30 possibilidades para levar em consideração, quando houver resistência com o resultado. (Atenção: as outras 27 estarão na parte II do artigo).
Ressalto que é em situações como essas, de discordância, que mais aprendemos a respeito de pessoas e também sobre ferramentas de assessment.
Alguns motivos para uma pessoa não concordar com parte, ou com todo o resultado:
- O instrumento utilizado é de má qualidade, ou seja, o resultado pode mesmo estar errado.
- Preencheu o questionário sem atenção, fazendo pouco caso ou com desdém.
- Possui pouco conhecimento a respeito do que o instrumento se propõe a medir.
- A interpretação feita por uma pessoa sem a capacitação ou experiência adequadas.
- O relatório possui alguma palavra que gerou uma indisposição ou resistência em quem leu.
- Não tem conhecimento de que o gráfico DISC não traz respostas para tudo, apenas para aquilo a que se propõe, ou seja, comportamentos e emoções observáveis.
- Acredita que o gráfico deve refletir as competências ou entregas já realizadas pela pessoa analisada.
- Não entende que o gráfico DISC apenas diz onde a pessoa provavelmente terá maior ou menor facilidade em determinadas atividades, não se ela vai ou não conseguir fazer algo.
- Acredita que há resultados bons ou ruins – DISC é uma metodologia neutra.
- Está com medo de que o resultado pode gerar uma demissão, inviabilizar uma promoção ou simplesmente prejudicar de alguma forma.
- Pode crer, mesmo que nada seja dito ou possa ser dito, que o gráfico possa revelar aspectos da vida que não gostaria que fossem revelados.
- Pode imaginar que as informações possam ser utilizadas como meio de manipulação ou de tirar proveito de si.
- Passa por um momento de insatisfação com a empresa onde trabalha. Discordar e atrapalhar pode ser uma forma de sinalizar esse descontentamento.
Na próxima edição irei abordar mais motivos. Espero por você na parte II deste artigo.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre os motivos para uma pessoa não concordar com parte, ou com todo o resultado do DISC? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Alexandre Ribas
https://www.linkedin.com/in/perfilalexandreribas/
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