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O Resultado Financeiro é realmente o que mais importa nas Empresas?

O resultado financeiro é vital, mas ele depende de uma série de fatores. Descubra como uma gestão eficaz de fornecedores, com o envolvimento do time de finanças, pode ajudar a garantir um crescimento sustentável com resultados não apenas no curto prazo.

O Resultado Financeiro é realmente o que mais importa nas Empresas?

O Resultado Financeiro é realmente o que mais importa nas Empresas?

Com certeza é o resultado financeiro que mantém a empresa viva, mas não se pode esquecer de que o resultado financeiro depende de muitos fatores.

Se você ler os artigos anteriores, verá que, além da gestão financeira de uma empresa, abordei outros fatores que, na minha opinião, estão diretamente relacionados ou associados à saúde financeira da empresa, entre eles:

Escrevi também sobre os riscos de decisões de curto prazo impactarem a perenidade e longevidade de uma empresa. São as decisões tomadas pela gestão visando o resultado financeiro imediato (trimestre ou ano), esquecendo que a empresa precisará continuar operando nos próximos períodos.

Neste artigo vou falar sobre fornecedores em geral, tanto dos materiais necessários para a fabricação do produto vendido, das instalações (fabris e administrativas) para alocação dos colaboradores, dos serviços terceirizados (limpeza, segurança, manutenção, etc.) e inúmeros outros.

Dentro da lista de fornecedores existem inúmeras situações, desde aquele que forneceu um único item ou serviço, até aquele que é extremamente estratégico para a operação, mesmo sem ser exclusivo.

Independentemente do tamanho do fornecedor e contratante, e de quanto relevante é a contratação, as duas partes precisam tomar alguns cuidados:

1. Antes da contratação:

Coletar da outra parte informações relativas a sua estrutura societária, certidões negativas, políticas de qualidade, aspectos financeiros, conformidade legal e cumprimento da agenda ESG[1]. Isso é para o fornecedor avaliar o crédito que será dado e entender as políticas de fornecimento a que estará sujeito, enquanto para o contratante serve para avaliar a capacidade do fornecedor de atender o contrato.

2. Durante a contratação:

Deve-se estabelecer regras e condições que não gerem riscos a uma das partes, por exemplo:

  • Escopo definido: estar claro para as duas partes o que será fornecido e o que não faz parte do contrato, de forma que um não ficará com a impressão de que não recebeu o que contratou e o outro não ficará com a impressão de que entregou mais do que o contratado;
  • Prazo de entrega: não estabelecer um prazo inviável; querer que seja entregue em 7 dias algo que demandaria 15 dias só causará problemas;
  • Padrões de qualidade: estabelecer previamente os padrões de qualidade para não cair na subjetividade no momento da entrega; e
  • Prazo de pagamento: deve haver coerência com o escopo contratado. Já vi casos de empresas quererem 90 dias para pagar serviço prestado, por exemplo.

3. Contratos de longo prazo

Deve-se ter regras claras de reajuste para que as duas partes já possam se programar.

Embora o time de Vendas (fornecedor) e de Compras (contratante) normalmente conduzam todo o processo acima, o time de finanças das duas partes tem total envolvimento.

Vender a qualquer preço ou condição pode gerar um resultado financeiro no curto prazo, mas causar prejuízos futuros da mesma forma que comprar apenas pelo menor preço.

O prazo de 90 dias citado acima se para o contratante é um alívio no seu fluxo de caixa, para o fornecedor é um pesadelo. Em outras palavras, ele precisará de capital de giro para pagar 3 meses de salário do time alocado antes de receber.

Da mesma forma o reajuste. Se não for condizente com inflação, dissídio coletivo, variação cambial ou outro fator relacionado ao valor do serviço prestado ou produto fornecido, pode causar um desequilíbrio econômico entre as partes, comprometendo a continuidade do contrato.

Vale pontuar que a descontinuação de um contrato por falta de acordo entre as partes pode trazer prejuízos maiores do que está sendo discutido, por isso que o time de finanças precisa estar envolvido nas negociações, pelo menos ter a ciência do que está acontecendo.

Você já tinha pensado nisto? Como funciona na sua empresa? Compartilhe comigo a sua experiência.

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Quer saber mais sobre a importância do resultado financeiro e a gestão eficaz de fornecedores, com o envolvimento do time de finanças? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Marcio Motter
https://marciomotter.com.br/

[1] Avaliar o risco de não ser envolvido em casos de trabalho escravo ou infantil, como por exemplo: https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2023-03/vinicolas-devem-pagar-r-7-milhoes-por-caso-de-trabalho-escravo-no-rs ou https://www.jusbrasil.com.br/artigos/escravos-da-moda-quem-se-importa-com-a-procedencia/137113022

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Marcio Motter é um Executivo Financeiro com mais de 25 anos de experiência em Tesouraria, Controladoria, Planejamento, Fusões & Aquisições, Relações com Investidores e emissão de títulos de dívida (bonds e commercial papers) em diferentes setores (publicação, restaurantes industriais, defesa e eletrônicos). Ao longo de todos esses anos ele atuou próximo às áreas de negócio viabilizando alternativas consistentes com a estratégia da empresa e não apenas no controle de custos, despesas e processos; gerindo os riscos das operações e não levantado empecilhos ou limitações para a realização delas. É autor do e-book “Aumente o lucro sem aumentar o preço” e mentor do InovAtiva desde 2017.
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