Diariamente somos convidados a escolher práticas melhores e mais saudáveis em nossa vida.
Esses convites, que mais parecem desafios, chegam até nós por meio de textos, vídeos e tantas outras formas divulgadas em várias mídias e redes sociais. Ao refletirmos como essas práticas realmente acontecem em nossas vidas nos sentimos, normalmente, desalinhados com o que precisa ser feito e ficamos frustrados, desanimados e muitas vezes angustiados.
No ato de tentar aplicar essas práticas recomendadas e encaixá-las na realidade de nossas rotinas, ficamos com a sensação de que elas não cabem em nossa vida! Não temos tempo, não temos disciplina, não temos habilidades e a lista do NÃO vai superando a do SIM e, com isso, ficamos ali paralisados, inertes e descrentes da possibilidade de darmos o primeiro passo na direção do que pode ser a melhor prática.
Fico pensando que, muitas vezes, nos equivocamos com a associação da palavra prática com o exercício, o fazer, o realizar e o mudar, e – ao perceber dessa forma – limitamos mais ainda as possibilidades, gerando aquela paralisia frustrante.
Se o que todos buscamos é uma vida melhor e com mais qualidade para o bem viver, o que fazer para encontrarmos um caminho que possa nos colocar na direção das boas práticas para alcançarmos o nosso melhor?
Talvez a melhor escolha a fazer seja optarmos por começar com uma ação de cultivar! Cultivar, palavra que vem do latim – CULTIVARE – significa dar condição de nascimento, desenvolver e aperfeiçoar-se pelo cuidado, pelo trato contínuo.
Ao cultivar vamos, de maneira gradual e crescente, cuidando do acontecer, atentos a uma observação permanente e contínua que vai nos proporcionando clareza e leveza para levar adiante, sem esforços hercúleos, mas apenas nos permitindo viver uma experiência que seja prazerosa e recompensadora para a transformação desejada.
No exercício contínuo da sutileza do cultivar, dessa observação mais plena e consciente da nossa mente, dos nossos sentimentos, das nossas atitudes – que pode estar presente em todos os momentos e relações de nossa vida – vamos saindo da inércia e eliminando a desculpa do não tenho tempo ou que isso não é para mim. Com isso abrimos espaços para perceber o que precisa ser revisto em nossas práticas e assim poder ir transformando com mais legitimidade dentro do que é possível para aquele momento e, sem grandes esforços, alcançar a prática do nosso melhor!
Faça valer a prática do cultivar! Lembre-se do que nos ensina a natureza: ao cultivar as boas sementes, delas nascerão boas árvores e bons frutos! Pode apostar!
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