Saindo da automaticidade
Precisamos aprender a sair da automaticidade. Normalmente o que é automático já está tão impregnado que não conseguimos mais identificar como está a nossa vida. Não percebemos o que é bom ou ruim, o que nos faz bem ou nos faz mal. Simplesmente vamos agindo como se as “coisas” fossem assim mesmo.
Enquanto estamos fazendo e vendo dessa forma podemos até ter a sensação de que está tudo bem mas vamos ficando cada vez menos protagonistas da nossa própria vida.
Hoje, com uma rotina que nos tira a sensação de liberdade e nos dá uma sensação de clausura, nossos movimentos estão limitados.
Precisamos ser criativos e, tanto a criatividade quanto a maneira de colocar em prática essa saída do automático, depende de vários fatores diferentes para cada pessoa.
Cada pessoa precisa encontrar-se consigo mesmo. Como?
Alguns pontos a se considerar. Pergunte-se:
- Sobre o que é realmente importante na vida para você;
- Quais são as suas necessidades físicas, emocionais e espirituais;
- Quais os valores que você não quer abrir mão;
- Quem são as pessoas cuja aproximação te faz bem;
- Para quem você pode ser uma companhia que faz bem.
Se dê a chance de perceber nas pequenas situações, nos sentimentos, no momento. Perceber o seu viver de forma saudável.
Veja como a pandemia trouxe a possibilidade de valorização de pequenas coisas, por exemplo, sentir a liberdade de ir e vir.
Achamos que as coisas boas da vida são sempre grandiosas e com grandes impactos. Isso é um equívoco pois o nosso dia está repleto de vida se assim permitirmos.
A automaticidade nos apaga, nos faz máquina. É muito importante que possamos nos sentir e nos perceber.
Isso é nos cuidar de verdade. Existem algumas questões e movimentos que somente cada um de nós pode fazer, são atitudes que ninguém pode fazer por nós.
Essa é uma posição de resposta para o meio e para o ambiente. Uma posição de autoria da própria vida.
Precisamos ficar atentos à nossa entrada e saída da automaticidade, para nosso bem.
Consequentemente para o bem da nossa saúde. Isso é só um pequeno apontamento mas nos ajuda, e muito, na nossa caminhada.
Rosângela Claudino
http://provoca.com.br/
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