Saúde Mental de Gestores: O Papel Crucial dos BPs de RH
Os holofotes para a saúde mental têm se voltado muito aos Colaboradores de um modo geral.
E o impacto, voltado à exaustão de Gestores, tem chamado a atenção de seus parceiros internos, os BPs.
Dessa forma, há uma prioridade que merece ser focada com urgência e destaque dentro do contexto Corporativo. Isso porque várias pesquisas têm apontado um percentual bastante elevado (desde a Pandemia até a pós-pandemia, nos dias atuais) sobre a ansiedade crescente, com muitas mudanças de curto prazo e exigências por resultados. Além da forte preocupação, em não poder se desligarem do trabalho nos dias de descanso.
O mais interessante é que várias empresas inseriram em seus “planos de saúde e bem-estar” a possibilidade de academias para exercícios físicos. Mas daí surge a questão: “e o tempo para a academia?”
O que parece estar sendo questionado é o quanto é oferecido, em contrapartida ao que tem sido cobrado, colocando a carga de trabalho como um “sabotador” das possibilidades de se desligar um pouco desse ambiente tão inquietante e “ruminador” das mentes que desejam “se desligar” com tranquilidade.
Por outro lado, os gestores, vistos como pilares tanto no ambiente profissional quanto familiar, enfrentam uma pressão constante devido a demandas dobradas. Eles se encontram divididos entre as obrigações imediatas e a maneira como prefeririam estrategicamente planejar e executar suas tarefas.
Outro fator que parece agir contra o tempo disponível é a velocidade exigida para realizar, dentro de cronogramas pré-definidos, o atendimento à Projetos e Negócios. Além disso, a possibilidade “do virtual em tempo real” e estar disponível em todos os lugares ao mesmo tempo. Tudo isso faz com que pareça não haver mais “tempo para si mesmos”.
Há também o questionamento de que sempre existem as famosas “dicas” para promoção da saúde mental no trabalho . E que dentre os vários itens, tais Gestores não se veem conseguindo realizar nem a metade do que tem sido proposto.
Nesse esgotamento de não conseguirem cumprir o que se propõem a si mesmos, os causa outra autocobrança: serem tanto exemplos para seus filhos quanto para suas Equipes. Assim, logo se questionam que “antes de serem Gestores de outros, precisam ser Gestores de si mesmos”.
Sim, a roda gira e volta a para a posição inicial que traz outra pergunta: “e a inspiração desses Gestores, vem de onde?”
Assim, essa pressão e as tensões aumentam como uma fritadeira, emergindo conflitos que resultam em muitos sentimentos de não estar agradando nem a si e nem a outros…
A maior armadilha aparece quando esses Gestores, sentindo-se solitários, começam a se isolar. Isso principalmente quando não sentem que têm ambientes seguros para se expressarem, parecendo estar em um labirinto sem saída.
Dentro do contexto descrito, os BPs têm se voltado ao resgate de espaços de conversas e buscado fortalecer a apropriação através do “autoconhecimento” desses Gestores, na tentativa de ajustar e resgatar o que cada um tem de melhor. Demonstrar que há espaço, muitas vezes não percebidos. E ampliar “o olhar” com mais profundidade para suas emoções para resgatarem o que, de fato, faz sentido dentro de suas perspectivas, interesses e motivações.
Uma jornada longa, perseverante e cada vez mais necessária.
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Fátima Farias
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