Seja além do seu tipo!
Este não era para ser o primeiro artigo do ano. Eu já tinha esboçado um outro, trazendo reflexões sobre os aprendizados de 2020.
Mas este final de semana me surpreendi com a perda de uma aprendiz muito especial que tive em uma das turmas de Eneagrama que ministrei. E que depois se tornou uma amiga especial, mentora, mestre, guru e anjo da guarda.
Ela era uma 6 Preservadora, que vivia diariamente a sua virtude da Coragem.
De fato algumas coisas a amedrontavam. Mas, partindo da etimologia da palavra “Coragem” – “cuore”: coração e “agem”: agir; posso dizer que ela vivia em virtude de fato. Sua ocupação diária era agir com o coração, em benefício do próximo.
Auxiliou centenas e centenas de pessoas, presencialmente ou à distância, reverberando amor. Amor, essa palavra tão propagada nas mídias sociais, mas tão desafiadora de ser vivida e sentida em sua plenitude. O amor ágape, que é colocar a necessidade do outro como prioridade e atendê-la em sua completude, é algo bem raro na cultura patriarcal em que estamos inseridos. Mas minha querida amiga Paty o vivenciava dia após dia.
Sua morte prematura revolta, nos faz pensar na finitude da vida. E pensar nisso amedronta. Apavora. Porque naturalmente não agimos, pensamos, falamos achando que está no fim. É sempre a expectativa de ter mais tempo…
Paty foi daquelas pessoas que me ensinou a SER além do meu tipo do Eneagrama.
A olhar para o próximo como outro ser humano, deixando de lado tipificações. Me mostrou como um tipo 6, desde sua essência divina, aceita o outro como ele é de fato. Estende a mão com compaixão e amorosidade. Busca com coragem e bravura seus sonhos mais “insanos”.
À primeira vista, parece um tanto improvável que uma 3 Transmissora como eu, pudesse estabelecer um vínculo tão forte com um 6 Preservadora. Afinal, os comportamentos são praticamente opostos; uma de arriscar a outra preservar, uma de se expor a outra de observar, uma de vislumbrar a outra de questionar e planejar.
E aqui está a prova de que os vínculos genuínos não se estabelecem a partir da “persona” que adotamos. Mas sim do Ser amoroso que nos habita.
Paty e eu fomos assim: primeiro aprendeu comigo, depois ela me acolheu, me ensinou, me amparou. Em outro momento eu retribuí, acolhendo, ouvindo, amparando, orientando. Assim sempre mantivemos o ciclo em equilíbrio entre dar e receber.
Relato isso aqui para expressar meu desejo mais sincero para você, caro leitor, neste 2021: SEJA ALÉM DO SEU TIPO. SIMPLESMENTE SEJA!
Gostou do artigo? Quer saber mais como ser além? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Liz Cunha
https://www.lizcunha.com.br/
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