SELPH e Autoconhecimento: Onde você está construindo maestria?
Conversas Generativas
Junto com o ano novo normalmente surge o desejo de desenhar novos caminhos, construir um futuro diferente. Mas nada disso se tornará realidade se seguirmos no mesmo passo. Nossa vida é profundamente afetada pela maneira que sentimos, reagimos e nos comunicamos. Muitas vezes temos o interesse genuíno em nos transformarmos, mas não sabemos por onde começar.
Por onde começo para desenhar uma rota diferente?
Quanto mais consciência tenho sobre minhas escolhas e o impacto que estas têm sobre minha vida, mais empoderado(a) estarei para construir a vida que desejo.
Com as dimensões do SELPH (somático, emocional, linguagem, prática e história) podemos examinar nossas respostas pré-determinadas (pilotos automáticos). Assim podemos avaliar se empoderam ou limitam nossa habilidade de atuar e produzir resultados valiosos e com significado.
S – Somático:
Coerência entre corpo e mente, construída através das experiência que temos diariamente. Perceber como mente e corpo estão totalmente interligados influenciando-se mutuamente.
E – Emoções:
Seres humanos tem um centro emocional no cérebro onde as emoções estão conectadas. Elas são engatilhadas e interagem com corpo, mente e linguagem. Cada pessoa tem uma paleta emocional distinta, de acordo com aquilo que aprendeu e viveu.
L – Linguagem:
A linguagem tem uma função descritiva e generativa. A função descritiva dá nome e adjetivos as coisas. Já a linguagem generativa é composta de verbos, onde são geradas as ações. É na linguagem que trabalhamos os pedidos, ofertas e promessas.
P – Prática:
A prática é um caminho inevitável de aprendizagem e um caminho natural para os resultados. Entender a teoria da música não te torna um cantor. É praticando ações e habilidades apropriadas que construímos ganhos e resultados. (300 horas para construir uma memória muscular; 3.000 repetições para que a incorporação de uma ação se converta em um hábito; 10.000 horas de práticas adequadas para alcançar a maestria). Nosso desafio é não criarmos maestria na mediocridade, resignação, ressentimento, medo e outros hábitos.
H – História:
Nos transformamos naquilo que praticamos. Se queremos que nosso futuro seja diferente de nosso passado, então devemos mudar a nós mesmos e as nossas práticas. As organizações, as famílias e as relações criam backgrounds (plano de fundo) de experiências compartilhadas que podem abrir ou fechar possibilidades.
Ver a coerência destas 5 dimensões acima então nos permite observar melhor como cada um de nós vê o mundo e toma decisões nele.
Como eu posso ver o SELPH na prática?
Lembre-se de uma situação que você viveu e julgou ser injusta, lembrou? Eu não estava com você, mas é muito provável que a emoção que você sentiu tenha sido a raiva. Vamos usar este exemplo e olhar a raiva desde a perspectiva do SELPH. Fisicamente é provável que você tenha sentido tensão, aumento dos batimentos cardíacos, respiração ofegante etc. É muito provável também que a sua linguagem tenha sido afetada pela raiva. Você então tenha aumentado seu tom de voz, usado palavras mais duras, etc.
Vamos agora então para a dimensão da prática. Se todas as vezes que sentir raiva for guiado pelo seu piloto automático e responder de maneira instintiva é muito provável que as relações a sua volta sofram grandes impactos. E sejam até deterioradas ao longo do tempo. Portanto, sua história será profundamente afetada.
Nosso desafio aqui consiste em nos conhecermos. E, desde essa nova consciência, agirmos de maneira diferente nas dimensões SEL (somática, emocional e linguagem). Essa nova coerência praticada no dia a dia construirá uma nova história.
Existe SELPH coletivo?
Sim, assim como você pode fazer reflexões e análises na perspectiva individual, pode analisar o SELPH coletivo, da família, equipe de trabalho, etc. Por exemplo, equipes que se sentem empoderadas e estão engajadas para realizar um objetivo comum, é muito provável que terão disposição para realizar as entregas e terão uma comunicação assertiva.
Exemplo de um SELPH de uma equipe de alto desempenho:
S – somático: alta energia, disposição, forte |
E – emocional: empoderado, confiante, positivo |
L – linguagem: assertiva, inclusiva, aberta |
P – prática: colaborativa, cumprem com o que se comprometeram |
H – história: sucesso, alto desempenho |
Existem muitas formas e ferramentas para você aprimorar seu autoconhecimento disponíveis no mercado. A diferença virá se você decidir de fato fazer algo de diferente. Se me permite um conselho, tire um tempo e avalie: Onde você tem investido seu tempo? Onde tem praticado maestria?
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre SELPH, Autoconhecimento e Conversas Generativas? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Abraços
Franciele Ropelato
https://www.linkedin.com/in/franciele-ropelato-84086b23/
Os créditos da ferramenta SELPH são do Institute for Generative Leadership. https://liderazgogenerativola.com/
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