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Sentir Ansiedade é uma coisa ruim, boa ou ambas?

Uma das crenças que temos é que sentir ansiedade é ruim. Será? Sentir ansiedade nos traz desconforto, mas precisamos saber por que e para que ela se manifesta, se ela tem seu lado positivo e/ou negativo. Mas como fazer isso?

ANSIEDADE: Sentir ansiedade é uma coisa ruim, boa ou ambas?

Sentir Ansiedade é uma coisa ruim, boa ou ambas?

Uma das crenças que temos é que sentir ansiedade é ruim. Será?

Bem, sentir ansiedade nos traz desconforto sim, mas precisamos saber o porquê, para que ela se manifesta, se ela tem seu lado positivo e/ou negativo.

Não gostamos de nos sentir incomodados, desconfortáveis, com dor e nossa tendência é querer se livrar o mais rápido possível de tudo que não sabemos lidar. Queremos que passe rápido, sem processar o que está acontecendo, o porquê está acontecendo e se poderá ser momentânea ou duradoura.

A ansiedade apesar de parecer ruim a princípio, ela tem um caráter positivo que é nos deixar em alerta diante de situações que precisamos tomar uma decisão, apresentar um trabalho ou mantermos a motivação para algo importante que queremos fazer ou estamos aguardando.

Quando a ansiedade tem uma causa aparente, dura pouco tempo, não exige esforço intenso para controlá-la ou superá-la, ela é benéfica e é chamada de ansiedade adaptativa, ou seja, ela tem início, meio e fim.

A ansiedade nos traz um sinal de que nossa cabeça está no futuro enquanto nosso corpo está no presente e como já escrevi aqui em outros artigos, o nosso corpo é sempre soberano. Ele nos informa que algo está acontecendo antes de a nossa mente perceber. Por isso a importância de se prestar atenção aos sinais que ele nos envia.

Importante ressaltar que a ansiedade é diferente da angústia. A angústia é o sentimento que nos leva para o passado e mais uma vez o corpo está no presente. Tanto a ansiedade quanto a angústia nos levam a ficar desconectados da realidade, podendo nos levar à depressão se ficar fora de controle.

A ansiedade se torna negativa ou ruim, quando perdemos o controle daquilo que é real e a duração do sentimento perdura por muito tempo.

Existem alguns filtros que contribuem para essa desconexão, como as distorções cognitivas que nos levam a pensamentos distorcidos, que por consequência levam a sentimentos distorcidos. Essas distorções estão relacionadas com a preocupação. Outro filtro que costumamos utilizar é nos deixar levar pelos vieses imediatos que estão atrelados às nossas crenças e como consequência somos levados a comportamentos desconectados da realidade porque estamos na maior parte do tempo em nosso sistema automático, ou seja, sem pensar muito o que fazer.

Quando a ansiedade é ruim ela também pode estar associada ao ambiente de trabalho e aí o alerta deve ser ligado. Quando há estresse, a sobrecarga, a pressão, a competição no trabalho se mantêm altas por muito tempo, sem trégua, a ansiedade pode ficar fora de controle. Daí outros elementos podem vir juntos como o medo de falar, o perfeccionismo, a falta de clareza na comunicação da liderança, a desvalorização em público, a exclusão dos colegas, a falta de metas e objetivos claros e o feedback sem cuidado, daí é um pulo para a ansiedade se tornar um burnout.

Será importante cada um ter muito claro sobre si mesmo e não se deixar levar pelo que o outro diz. Isso porque ele fala baseado na história, na educação, nas crenças, nos vieses dele, que não são os seus.

Somente por meio do autoconhecimento e autodescoberta podemos filtrar o que realmente é nosso.

E construir uma autoconfiança e autoestima que não fica à mercê de quem está de fora. Caso contrário, você irá dar ao outro o seu poder e depois não adianta reclamar que o outro fez isso ou aquilo com você. Foi você quem o deixou tomar conta de você.

Sair do piloto automático, requer força de vontade, disciplina, persistência, autorresponsabilidade, autoconhecimento e se manter sempre questionando. Isso é o nosso sistema de esforço que sempre fazemos quando desconhecemos algo. O que precisamos é não deixar o nosso cérebro ficar à deriva, aceitando ir para qualquer caminho que o vento soprar. E sim tomar o controle das velas e do timão para que você vá aonde deseja ir e não aonde os outros querem que você vá.

É fácil?

Claro que não. Uma mudança requer muito engajamento e comprometimento consigo mesmo. Existiram dores, obstáculos, mas o resultado ao final da jornada é a sua evolução e crescimento como ser humano.

Ou seja, manter-se presente e consciente é um sinal de que você pode identificar o porquê você sente o que sente, e isso é autoconhecimento.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a ansiedade e como entender por que e para que ela se manifesta? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Um grande abraço,

Wania Moraes
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/

Confira também: As distorções que as pessoas fazem sobre a Resiliência e sua conexão com a Antifragilidade

 

Wania Moraes Troyano possui MBA em Gestão de Negócios e Coaching, Pós-Graduada em Dinâmicas dos Grupos Administradora de Empresas e Pedagoga, com mais de 30 anos com sólida carreira corporativa em empresas multinacionais e em cargos de gestão e assessoria executiva. Foco em Desenvolvimento Humano, especialista em CNV-Comunicação Não Violenta, Coach em Resiliência, Profissional, Vida e Executivo, Neurocoaching, mentora e supervisora para líderes e coaches, com mais de 1000 horas em processos de Coaching. Facilitadora de Grupos. Especialista nos assessments de Estilos de Liderança e Resiliência. Palestrante e Facilitadora de Grupos. Facilitadora em Barras de Access – Expansão da Consciência. Co-autora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Capítulo Quantos Antes Melhor! Programa Mulheres Poderosas, na alltv.com.br, todas as terças-feiras, 15h00 às 16h00. Voluntária em programas de Jovens Aprendizes.
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