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SEPARAÇÃO: Por que os casais se separam? (parte II)

Os casais, num processo natural de intimidade, criam códigos e quando esses códigos não são mais “lidos” ou percebidos pelo outro, começa o desgaste... E agora, o que fazer?

SEPARAÇÃO: Por que os casais se separam? (parte 2)

SEPARAÇÃO: Por que os casais se separam? (parte II)

Vamos continuar nossa conversa?

Pois é… Vou recomeçar fazendo aquela afirmação feita no artigo “SEPARAÇÃO: Por que os casais se separam (parte I)”

As pessoas NÃO se separam ou se afastam porque o amor acabou.

E já que falamos sobre a redução da importância do carinho, vamos ver se consigo aclarar um pouco um outro item:

– A perda dos códigos.

Os casais, num processo natural de intimidade, criam códigos e quando esses códigos não são mais “lidos” ou percebidos pelo outro, começa o desgaste…

Sabe aquela categorização que a PNL (Programação Neolinguística) faz sobre as pessoas se comunicarem, preferencialmente, como Visuais, Auditivas ou Cinestésicas?

Dentro das ideias da PNL uma comunicação eficaz ocorre quando falamos no mesmo canal ou modalidade preferida de nosso interlocutor; ao contrário, ao falarmos desconsiderando as preferências comunicacionais do outro, começam a ocorrer ruídos e distorções na comunicação.

É até, praticamente, ponto pacífico, falar-se que a responsabilidade de uma comunicação é – sempre – do comunicador…

Pois é, mas consideremos a comunicação, também, pelo outro ângulo, pois podemos considerar outros fenômenos linguísticos tão divulgados pela PNL, que são a Generalização, a Omissão e a Distorção. O que quero dizer é que quem ouve, ou quem decifra os códigos, também pode generalizar, omitir ou distorcer – propositalmente ou não, conscientemente ou não – a informação que recebe da outra parte, ou melhor, do cônjuge, parceiro ou parceira.

Dentro dos códigos criados espontaneamente ou de propósito, estão:

  • uma música, com conotação romântica;
  • um jeito de olhar, específico, que transmite uma sensação de afeto, desejo ou, simplesmente, signifique “eu estou com você”;
  • um toque qualquer, em uma parte do corpo;
  • uma forma diferente de respirar ou entonar a voz;
  • um perfume especial, levando uma mensagem de sedução;
  • etc, etc, etc…

Reconheço aqui que, muitas vezes, o próprio comunicador esquece os códigos “eficazes” que utilizava em sua parceria amorosa, contudo, o que tenho encontrado muito – clinicamente – são pessoas que se queixam de manter a sua comunicação, ou seja, os “códigos do casal” conforme eram no começo e não obterem feedbacks positivos.

Tal situação, com a persistência da ocorrência, tendem a deixar o comunicador em uma “sinuca de bico”, como se diz popularmente, ou, no jargão da PNL e dos estudiosos sistêmicos, a pessoa fica em situação de duplo vínculo negativo.

Para quem não está habituado com os termos, uma situação de duplo vínculo negativo ocorre quando a dubiedade de uma comunicação gera no indivíduo respostas que, invariavelmente, o levam para uma situação ou sentimento de perda.

Podemos dizer que o duplo vínculo negativo traz aquela sentença expressa no ditado: “se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come”, significando que nenhuma atitude ou reação que o interlocutor faça ou tome o levará a um bom resultado em relação ao seu comunicador.

É bom lembrar, que nem sempre o comunicador tem consciência do entrave que está gerando na comunicação, mas a mensagem dúbia deixa o interlocutor sem ação…

Agora, pense tudo isso de maneira invertida: o comunicador emitiu códigos já “consagrados e aceitos” em sua convivência amorosa e, em um dado momento, tais códigos não trazem mais o mesmo resultado:

  • o gesto de carinho, tem como resposta uma reação ríspida;
  • para um olhar carinhoso, recebe um riso ou comentário de deboche;
  • para o perfume especial ou momento romântico – cuidadosamente pensado ou preparado – um sonoro “você só pensa nisso?”…

Creio que já ficou aqui, sobejamente, demonstrada a força que os códigos tem na construção da história das pessoas e, principalmente, dos casais.

Como já disse aqui, sou psicoterapeuta. Dificilmente conseguiria olhar os processos de união e separação, que equivale a olhar para a arte da convivência, sem pensar naquilo que vai no íntimo de cada um.

Obviamente, com a persistência dos ruídos, interferências e truncamentos nas comunicações do casal, seja essa comunicação o diálogo, o expressar dos sentimentos e, como não pode deixar de ser dito, a vida sexual, a convivência começa a ser afetada em sua totalidade e plenitude.

Sempre lembro que somos seres gregários, ou seja, nascemos para viver conjuntamente ou conviver. Contudo, lembro também que somos os únicos animais capazes de atribuir significado a tudo.

Falo isso porque penso que sempre há tempo para que se refaçam ou reforcem os códigos. Sempre há tempo para que se revejam os significados, pois os significados são, de fato, o que dá sentido à vida, tal e qual os temperos imprimem sabores aos alimentos.

É óbvio que falo dos códigos que façam sentido e tragam felicidade a ambos os parceiros.

Fico eu aqui, torcendo para que fique mais simples perceber a maneira de resgatar os velhos e bons códigos que traziam prazer, bem-estar e felicidade…

Quer saber mais por que os casais se separam, por que decidem pela separação? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Gostou do artigo? Se você gostou desta série de artigos, me avise. Poderá servir de incentivo para que eu escreva sobre os outros tópicos faltantes.

Até a próxima!

Valdecy Carneiro
https://valdecycarneiro.com.br/

Confira também: SEPARAÇÃO: Por que os casais se separam? (parte I)

 

Valdecy Carneiro estuda e pratica com Estados Alterados de Consciência (EACs) há 36 anos. Psicólogo, Especialista em Medicina Comportamental (UNIFESP), Doutorando em Psicologia (UCES/Argentina), Programador Neurolinguista (PNL), Professor de Cursos de Coaching, Hipnose e Programação Neurolinguística e Palestrante. Desenvolveu a metodologia “Reprogramação Mental em 10 Sessões – com PNL & Hipnose”. Criador do “Protocolo Carneiro Para Síndrome do Pânico”, que trata Transtorno de Pânico em apenas três sessões. Apresentou o programa “Reprogramação Mental” pela Rádio Mundial 95,7 FM. Coautor dos livros “Manual Completo de PNL” e “Excelência no Atendimento ao Cliente” e autor dos livros “A Arte da Guerra Para o Coaching” e “Segredos da Terapia SuperBreve”, ambos a serem publicados em breve. É fundador e presidente da Sociedade InterAmericana de Hipnose e da Sociedade InterAmericana de Coaching e criador da Universidade da Hipnose.
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