Será que você sabe dialogar?
Entenda por que o hábito de conversar tornou-se algo tão ameaçador e parece que perdeu a perspectiva de troca enriquecedora.
O mundo vive uma era de polarizações, inclusive e principalmente, no que diz respeito aos pontos de vista. E como é difícil compartilhar reflexões em um cenário de radicalidades.
A dificuldade em dialogar pode estar associada a esse aspecto sociocultural. À medida que “eu” me sinto pessoalmente agredida com a opinião do outro, conversar passa a ser uma ameaça constante.
O que era para ser um troca, a possibilidade de construir reflexões junto, torna-se um motivo de desentendimento pessoal com risco de rupturas. O que era para ser um bate-papo pende mais para um bate-boca desconstrutivo. No livro Diálogo – Comunicação e Redes de Convivência, de David Bohm, o autor analisa a dificuldade que temos de conversar.
Na obra, o autor explica que nós, seres humanos, temos uma tendência a evitar, sempre, qualquer agente de frustrações e sofrimento. E abrir mão das próprias convicções, crenças e parâmetro nos traz desconforto, desconfiança, aflição e insegurança.
Abandonar o espaço quentinho, caloroso e apaziguador da concordância parece ameaçador em um primeiro momento. A contestação, o questionamento ou um ponto de vista diferente propõem reflexões nem sempre bem-vindas, que podem desconstruir certezas, fazer com que nos sintamos sobre apoio frágil. Lá se vai o porto-seguro.
Contudo, abre-se a possibilidade de evoluir, de olhar o mundo com outros olhos, de acrescentar inteligência ao nosso repertório. Afinal, comunicar-se, de acordo com a origem da palavra, significa também compartilhar ideias e tornar comum um novo significado até então inexistente em nossa mente.
Mas para isso é preciso entrar em uma conversa sem necessariamente se exigir concordar ou não com o ponto de vista do outro. Temos a capacidade de ouvir, tentar entender racionalmente a linha do pensamento do outro e, antes de rebater, aquietar desconfortos, dando-se de fato a possibilidade de ir além das próprias convicções.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a importância de saber dialogar? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Tatiana Avolio
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