Síndrome de Burnout é reconhecida como Doença Ocupacional
A Síndrome do Esgotamento Profissional ou Burnout (queima total), foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como uma doença ocupacional, a partir de primeiro de janeiro deste ano.
As doenças ocupacionais são definidas pela OMS por problemas de saúde, contraídos pelo profissional após ficar exposto a fatores de risco decorrentes de sua atividade laboral e que, de fato, afetam a sua saúde física e mental.
Essa definição auxilia no reconhecimento claro da doença em si e inegavelmente a responsabilidade da empresa no acometimento do profissional. Além disso, os mecanismos que podem ser utilizados para diminuir a sua ocorrência e diminuir o estigma em relação à doença.
O que sabemos, desde muito tempo, é que a Síndrome de Burnout, de fato, acomete profissionais de diversas áreas submetidos ao estresse contínuo e crônico. Ela se caracteriza pelo esgotamento mental e físico, sentimentos de negativismo em relação ao trabalho, bem como a redução da sua capacidade laboral.
Alguns fatores que levam ao adoecimento são, por exemplo, metas inalcançáveis, cobranças em demasia, carga de trabalho elevada, assédio moral e política de recompensa e reconhecimento inadequadas.
A Síndrome de Burnout se desenvolve em etapas, que uma vez identificadas, podem ser interrompidas, a saber:
Necessidade de se autoafirmar:
Mostrar que tem competência para si e para o seu entorno.
Dedicação intensificada:
Não delegar tarefas, não reconhecer que precisa de ajuda, necessidade de mostrar que é imprescindível.
Descaso com as próprias necessidades:
Dedicar-se somente ao trabalho, enquanto abre mão de lazer e amigos, “renúncia heroica”;
Recalque de conflitos:
Pode perceber que algo não vai bem, mas prefere não tomar conhecimento, e podem aparecer os primeiros sintomas físicos da Síndrome de Burnout.
Reinterpretação de valores:
Isolamento, fuga de conflitos, negação das próprias necessidades. O trabalho é a medida para a autoestima. Ocorre assim um embotamento emocional.
Negação de problemas:
Predomina a intolerância, torna-se exigente com os demais. Além disso, revela comportamentos de cinismo e agressão. Dificuldades são atribuídas à falta de tempo e não ao problema que está enfrentando de fato.
Recolhimento:
Redução de contatos sociais, no trabalho faz o estritamente necessário, pode iniciar o uso de drogas lícitas e ilícitas.
Mudanças de Comportamento:
Passam de ativos para apáticos, atribuem a culpa ao mundo ao seu redor. Interiormente se sentem cada vez mais inúteis;
Despersonalização:
Rompe o contato consigo mesmo. O seu valor e dos outros fica afetado. O funcionamento é mecânico, faz por fazer.
Vazio interior:
Sensação de vazio interior cada vez mais forte, bem como intensifica atividades para não se dar conta do vazio interior, o que pode ser caracterizado por compulsão.
Depressão:
Se torna indiferente, sem esperança, negativo, sem perspectiva, a vida então perde o sentido.
Os sintomas da Síndrome de Burnout que se identificam são:
- Dores de cabeça frequentes;
- Alteração do apetite e do sono;
- Dificuldades de concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Fadiga;
- Isolamento;
- Taquicardia, pressão alta. Além disso, problemas gastrointestinais;
- Pensamentos negativos constantes;
- Sentimentos de incompetência, derrota e desesperança.
Mantenha-se de fato atento em sua rotina profissional e identifique os fatores do ambiente do trabalho que podem lhe causar esse processo. Busque formas alternativas para evitar o adoecimento, pois o retorno após a Síndrome de Burnout envolve afastamento e tratamento intensivo medicamentoso e psicoterápico.
Além disso, desenvolver atividades físicas, ter hobbies, alimentação saudável, convívio social, são formas de carregar as baterias e obter recursos para minimizar os danos que o estresse possa lhe causar.
Se verificar que o esgotamento se torna progressivo, então busque ajuda de um profissional antes que a coisa fique séria.
“O estresse não é o mal do século. O mal do século é não saber administrá-lo” (Leila Navarro)
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a Síndrome de Burnout, doença ocupacional, as suas etapas e os seus sintomas? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Natalia Marques
Psicóloga, Coach e Palestrante
http://www.nataliamantunes.com.br/
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