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Sobre os movimentos da empresa social

Procurando conjugar a empresa ao valor social, nosso colunista descreve possíveis movimentos que esta união pode alcançar junto à tomada da consciência colaborativa daqueles que ali estão.

No texto anterior, junto à preservação dos talentos, houve também o olhar à capacidade observacional da organização. Ela admite a vivência de quatro valores que viabilizam o autoconhecimento daquilo que é interno e externo a ela. São eles: social, econômico, ambiental e espiritual.

As práticas desses valores promovem evoluções interdependentes e complementares entre si. Neste momento, procuro conjugar a empresa ao valor social e descrevo – brevemente – possíveis movimentos que esta união pode alcançar junto à tomada da consciência colaborativa daqueles que ali estão.

Um primeiro movimento vai ao encontro do envolvimento da comunidade que está ao redor da empresa via a leitura dos seus viveres: geográfico e antropológico. Esse pode ocorrer por meio dos serviços, dos produtos regionalizados e incorporados aos traços de cultura das pessoas que ali convivem.

Em seguida, o conceito e as boas práticas do valor compartilhado permeiam-se aos processos educacionais necessários para que a comunicação desejada ecoe e faça sentido, na direção da integração de todos os partícipes àquilo que é essencial e importante, durante a construção e a manutenção dos vínculos entre eles e a organização.

O terceiro movimento caracteriza-se pela prosperidade sustentável através de modelos de consumo compatíveis aos produtos/serviços da empresa; esses, não apenas capazes de fidelizar, mas também, preparados para disseminar positivamente a reputação organizacional que é incorporada na cultura daquela localidade.

Por agora, como último movimento, considero que esta cultura – aos poucos – é replicada e ampliada para que possam ser admitidas novas ideias capazes de eliminar muros e portões – aqui ainda metafóricos – para que o lucro construído possa ter também fins sociais.

Fico na torcida para que consigamos debater e escrever mais e mais movimentos, também conjugados aos outros valores mencionados, para propiciar reflexões e alternativas às crenças já esgotadas de um modelo capitalista que ainda teima em condicionar: o acúmulo de riqueza, o consumo pelo consumo e o lucro como fim em si.

Leandro Alves da Silva é Gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional na First Peopleware e atua desde 2011 em Coaching-Mentoring-Counseling, palestras e treinamentos customizados. Doutor em Educação pela FEUSP e Master Coach pelo BCI.
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