Cada um de nós traz consigo um alcance linguístico. Através dele atribuímos significados ao que existe no mundo. Situações são contextualizadas nos momentos que vivenciamos e, aos poucos, incorporamos a ele o nosso repertório de vida.
A linguagem é um meio que fazemos uso para ampliá-lo. Ela é desenvolvida a partir de marcas que trazemos conosco desde o nascimento; como também, propagada junto às interações, aos relacionamentos que estabelecemos no meio que nos é propiciado.
Nesse horizonte e com a nossa linguagem somos capazes de construir os viveres: pessoal e organizacional. Eles são interdependentes, funcionais e compartilhados entre si; possibilitando assim, conexões e análises fractais desde a parte até o todo escalar.
Ambos pertencem à nossa origem antropológica. Nesta, há a produção da nossa identidade e o contato com a prática dos códigos existentes junto às etnias que pertencemos. Traga à memória um comportamento familiar que é replicado há muito tempo. Quais são os gestos, os objetos, os ritos praticados? Como eles são passados à próxima geração?
Perceba-se como produto de uma ou mais áreas geográficas. Perceba-se também em sua unidade. Há distâncias entre aquilo que é frente ao ambiente que vive? O que elas significam a você? Como você as gerencia? Por meio do respeito, da tolerância ou da violência?
Esses primeiros parágrafos foram trazidos com a intenção de mostrar – brevemente – a complexidade e a multirreferencialidade da linguagem do ser humano. Deixo um convite para que os releia considerando o viver organizacional.
Procure interpretá-los e compreendê-los considerando uma organização à sua escolha. Quem a idealizou? Como ela foi constituída em seu espaço-tempo? Quais crenças, quais valores e alcances linguísticos ela pôde contar para ser o que ela é?
Essas perguntas podem ajudá-lo ao escolher se colaborará ou não nessa empresa. Elas também contribuem aos programas de comunicação interna/externa e aos gestores de pessoas para que promovam caminhos: sociais, sustentáveis e espiritualizados.
O viver organizacional que procuro chamar a atenção é aquele que se faz conhecer, replica-se, adapta-se e evolui mantendo-se vinculado ao que é importante e essencial à empresa. A linguagem é também uma ferramenta para que essas ações ocorram e assim, conciliem as novidades que chegam àquilo que se faz necessário para que se mantenham vivas as originalidades dos seus criadores.
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