Soft Skills: dá para aprender e ensinar
Por Patrícia Rodrigues (*)
Boa comunicação, relacionamento interpessoal, capacidade de liderança são algumas aptidões, às vezes um tanto subjetivas, mas que fazem a diferença no clima organizacional e refletem na melhoria dos serviços como um todo.
Uma pesquisa realizada com os CEOs da Fortune 500 pelo Stanford Research Institute International e pela Carnegie Melon Foundation constatou que 75% do sucesso no trabalho a longo prazo depende das habilidades das pessoas, enquanto apenas 25% do conhecimento técnico.
Embora um currículo recheado de aptidões e conhecimento quantitativo seja bastante atraente, os empregadores consideram até mais importante, entre outras qualidades, o pensamento estratégico, uma boa comunicação escrita e oral, liderança e adaptabilidade. Ou seja, as chamadas soft skills, vocações muito relacionadas à personalidade do indivíduo e suas capacidades emocionais e mentais para lidar com as mais diferentes situações e exigências.
Para Adriana Gomes, coordenadora do Programa de Integração Nacional de Carreiras da ESPM, embora as softs skills estejam bastante associadas à nossa experiência de vida, são qualidades que podem ser aprendidas e ensinadas. “Se a pessoa já tem, por exemplo, uma facilidade para comunicação vai ser muito mais fácil, porém é possível desenvolver isso por meio de treinamento ou com a ajuda profissional”, esclarece a especialista. “Além disso, a orientação de carreira, bons feedbacks de gestores e até mesmo a mentoria são ótimos pontos de partida para aprimorar essa jornada”.
Como desenvolver:
- Abra sua mente para novos aprendizados: pequenas atitudes como saber escutar, por exemplo, melhoram o ambiente de trabalho e afetam a experiência de todos;
- Faça uma autorreflexão: liste o que você tem de positivo e como isso ajuda no dia a dia profissional e nas suas relações interpessoais. O mesmo vale para o contrário, para identificar o que falta e investir nisso;
- Seja sincero consigo mesmo: estou sendo tão sociável, comunicativo, colaborativo ou positivo quanto poderia ser? Quanto contribuo para o bem-estar do clima corporativo?
Como os gestores podem ajudar:
- Oferecendo bons feedbacks: além de detectar e apontar o que pode estar faltando, o chefe também orienta como isso pode ser desenvolvido. Por exemplo: é preciso aprimorar sua leitura de planilhas eletrônicas e um curso de Excel pode ajudar nisso; um curso de oratória pode melhorar suas apresentações orais;
- Ao listar as competências que você necessita do funcionário, é preciso deixar de lado a subjetividade e esclarecer quais comportamentos são esses, ou seja, quais atitudes observáveis a pessoa deve apresentar para que possam ser validadas e medidas (por exemplo: boa comunicação? Excelente vocabulário, redação clara e objetiva. Habilidade em negociação? Que saiba escutar e fazer propostas, que sugira alternativas);
- Ter empatia na hora de dar feedbacks: escolher bem as palavras, não julgar ou criticar. Lembre-se de que se colocar no lugar do outro porque nem sempre as pessoas tiveram as mesmas oportunidades de educação, formal ou não.
(*) Patrícia Rodrigues é jornalista formada pela ECA-USP em 1993, com ampla experiência em produção de conteúdo para diversos veículos de comunicação. É sócia da Bola Dentro Editora e Comunicação, empresa prestadora de serviços para editoras, agências de publicidade, TV e internet. Além disso, é colaboradora na produção de conteúdo, edição, coordenação (Editorial e Branded) para os portais #TMJ e Trendings da ESPM.
Link original da matéria: #trendings
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Adriana Gomes
http://www.vidaecarreira.com.br/
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