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Startup: quem sustenta a operação?

Há uma crença comum que startups precisam captar dinheiro de investimento para crescerem. De imediato, um novo negócio precisa principalmente de 3 coisas.

dinheiro de investimento

Criou-se uma crença comum no mercado que startups precisam captar muito dinheiro de investimento para crescerem. De imediato, já vou logo dizer que um novo negócio precisa principalmente de três coisas:

  1. Alcançar o breakeven (ponto de equilíbrio);
  2. Atingir o PMF (Product Market Fit – ter um produto que satisfaça a real necessidade do mercado em que você está inserido) e;
  3. Do dinheiro do cliente.

No geral, as startups já nascem com o objetivo claro de crescer ou “escalar” como se diz no meio. Crescimento é bom, óbvio, mas tem que ter gestão e controle e não a qualquer custo. Dinheiro de investimento precisa ser carimbado para o equilíbrio e crescimento e não para sustentar o negócio por toda a vida. Nesse sentido, uma startup precisa ser capaz de se sustentar sem o dinheiro do investidor, se o investimento chegar ou quando chegar, será usado para fazer crescer, se não chegar, deve ir de forma orgânica mesmo, passo a passo.

Nenhum crescimento desenfreado se sustenta a longo prazo sem planejamento e muitas estratégias previamente definidas. O mercado é o juiz e não aceita amadores ou empreendedores que acham que podem pular etapas, pelo motivo que for.

A minha análise sobre a saúde de uma empresa passa por isso, pela fragilidade de dependência apenas do dinheiro dos acionistas ou de investimento para SOBREVIVER. Risco é uma coisa e quem investe em startup o conhece bem, mas a fragilidade de depender de muita dívida e de oscilações de mercado, é uma linha muito tênue entre o sucesso e a ruína.

Como exemplos, podemos citar as startups famosas WeWork, UBER, NetFlix e AirBNB que são totalmente dependentes do dinheiro de Fundos para sobrevierem. Ou seja, se não continuar captando no mercado privado ou fazer uma oferta pública, entram em colapso financeiro, pois continuam com fluxo de caixa negativo gigante.

Não se pode confundir disponibilidade com imprudência. Nos últimos anos alguns novos investimentos começaram a fazer parte da vida dos mais diversos tipos de investidores. As pessoas estão finalmente percebendo outros instrumentos financeiros que trazem retornos muito melhores do que a poupança, por exemplo.

Para vocês terem uma ideia da representatividade, nunca tivemos tantos investidores de renda variável na Bolsa de Valores como temos hoje, são mais de 1 milhão. Isso muito por conta da democratização da informação e da educação financeira popular promovida por vários especialistas. Esse crescimento não é apenas um fenômeno isolado, é uma tendência de crescimento no número de pessoas físicas, também em outros produtos, não só em Bolsa.

Nunca se investiu tanto também em startups, devido ao seu potencial de retorno atrativo. No entanto, volto a afirmar, tanto o empreendedor quanto o investidor precisam saber precisamente quando, onde e como, o dinheiro captado será empregado. Dinheiro que entra para custear operação corre o sério risco de morrer com ela.

João Kepler
http://www.joaokepler.com.br/

Confira também: Qual tipo de empreendedor você é?

 

João Kepler Author
João Kepler Braga é um Empreendedor Serial; Especialista em Comércio Eletrônico, Marketing Digital, Empreendedorismo e VENDAS; Escritor e autor dos Livros: “O vendedor na Era Digital” e “Vendas & Atendimento”; Investidor Anjo, ex-conselheiro da Anjos do Brasil; Conselheiro da GCSM Global Council of Sales Marketing; Associado e Mentor na Seed Investimentos; Cotista e Mentor na Aceleradoras Start You Up e 85 Labs; CEO no Show de Ingressos que é a melhor Plataforma B2B de Event Ticketing Brasileira; Blogueiro e Colunista de diversos Portais no Brasil; Palestrante internacional; Premiado como um dos maiores Incentivadores do Ecossistema empreendedor no Brasil; Espalhador de Ideias Digitais e Melhores Práticas em Negócios.
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