Sua mente não tira férias… muito menos suas emoções!
Aquela história que nós levamos a todo lugar, não se refere apenas ao nosso corpo físico. Levamos nossa mente, nossas emoções e toda a grandiosidade que isso representa.
Temos visto muitas pessoas e empresas acreditando que tirar uma semana ou mesmo 1 mês de férias vai resolver a imensidão de transtornos de ansiedade e emoções a que as pessoas estão sendo acometidas em suas vidas, em suas mentes.
Esse turbilhão de pensamentos que disparam muitas emoções e gatilhos merecem ser olhados com muito carinho e atenção.
De fato, temos a tendência de nos fragmentar em ações e isso está nos adoecendo cada vez mais.
Quando não sabemos lidar com nossos estados emocionais, isso vai nos acompanhar em casa, no trabalho, no dia a dia ou numa praia paradisíaca da Tailândia.
No livro Permissão para Sentir – Marc Brackett, Diretor do Centro de Inteligência Emocional de Yale, traz que podemos nos lembrar de fazer uma pergunta essencial:
Como estamos nos SENTINDO?, como você está se sentindo? …
“Estamos sempre sentindo algo, em geral mais de uma coisa ao mesmo tempo. Nossas emoções estão num fluxo constante, não são um evento ocasional. Dentro de nós existe um rio – plácido e contido às vezes, mas turbulento e transbordante em outras ocasiões. Há muito a ser navegado” (Marc Brackett)
Se não estivermos íntimos de nós mesmos e nos sentirmos confortáveis conosco em qualquer lugar, podemos não sentir a paz que almejamos. Isso não significa não acessar as emoções ‘ditas’ negativas, pois todas as nossas emoções são informações preciosas de como estamos e como podemos nos mover pela vida.
Pesquisas atuais mostram que emoções diferentes servem a propósitos diferentes de aprendizagem, por exemplo o que disse Brackett:
“O pessimismo tende a facilitar a antecipação de coisas que poderiam dar errado, estimulando a adoção de medidas adequadas para evitá-las”.
A culpa atua como bússola moral, … e é o medo saudável e não a alegria, que nos faz verificar três vezes a pontuação e a estrutura das frases, antes de entregar uma prova.
A busca por sermos felizes o tempo todo, tem nos feito fugir de compreender nossas emoções citadas como “negativas” por tanto tempo. Por isso o surgimento de teorias integrais tem nos ajudado e entender e equilibrar essas forças.
Na prática, imagine seu dia de hoje desde a hora que você acordou.
O que você sentiu ao abrir os olhos na sua cama? Que pensamentos vieram primeiro? Ao tomar seu banho e seu café que emoções surgiram? Se você esteve com sua família em uma discussão na mesa, o que isso gerou em você? Ou ainda, ao abrir seus e-mails, checar suas redes sociais, assistir um noticiário na TV, se relacionar com diversas pessoas durante seu dia, ou simplesmente, estar sozinho em casa com seus afazeres e pensamentos, como você se sentiu em cada momento?
Claro que ao pensarmos nisso, percebemos que não estamos felizes e saltitantes o tempo todo, mas que aquela raiva que possamos ter sentido, talvez tenha nos impulsionado a tomar uma atitude de autocuidado ou de bom humor na sequência seguinte.
Para isso, não podemos mais fugir de nossas emoções, mas sim, parar para conhecê-las. Podemos nos convidar para uma conversar carinhosa com nossa mente e nosso coração e nos permitir a sentir.
Sem dúvida, um dos maiores aprendizados sobre empatia que tive, foi de saber que não é sobre me colocar no lugar do outro, isso seria impossível, mas sobre reconhecer a tristeza em mim. Sabendo o que é ser triste eu posso ter empatia pela tristeza do outro.
Conhecendo mais sobre nossas emoções sem dúvida começamos também a cuidar mais da nossa Saúde Mental, vamos aprender a avaliar, expressar, a regular, a fortalecer nossas emoções, e nos relacionarmos melhor com todos, pois nos veremos nos outros também.
Começaremos a ser melhores tomadores de decisões de nossas vidas, não nos tornaremos vítimas, mas sim desenvolvedores de nossas habilidades.
Isso traz conexões com emoções que nem sabíamos ao certo nomear e nos coloca, de fato, em contato com nossas forças, nosso humor, nossa compaixão, com nossa imensa vida interior.
Aprenderemos a promover emoções regeneradoras e a trabalhar com as desgastantes a nosso favor.
Assim, talvez aprendamos a identificar alegria e paz em meio ao dia a dia turbulento e até tristeza na praia paradisíaca e saberemos com consciência onde estamos e no único lugar onde tudo isso acontece. DENTRO!
Gostou do artigo? Concorda que sua mente não tira férias, muito menos suas emoções? Quer saber mais como aprender a promover emoções regeneradoras e a trabalhar com as desgastantes ao seu favor? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em te ouvir.
Claudia Vaciloto
https://claudiavaciloto.com.br/
Confira também: Querer ou não querer? Eis a Instabilidade das nossas necessidades!
Participe da Conversa