Tempos Difíceis Fazem Pessoas Fortes
Quando me tornei mãe tantas coisas mudaram dentro de mim. Minhas prioridades passaram a ter novo foco e meu olhar para o futuro passou a ser diferente. A maternidade me fez amadurecer muito e depressa. Aquilo que almejava, passou a ter pouca importância e o planejamento agora saiu da primeira pessoa do singular e estacionou na primeira pessoa do plural.
Me lembro há 6 anos atrás, mais precisamente, prestes a dar à luz à minha primeira filha e uma pilha de projetos de clientes pendentes por conta de uma gestação repleta de enjoos e um cansaço descomunal na reta final. Laura nasceu dia 02/03/2017. Minha primeira experiência como mãe e com 27 dias dela nascida, lá estava eu, imersa nesses projetos que me tiravam o sono (já pouco desfrutado por conta da situação) devido às cobranças de prazos.
Entretanto me lembro de um desenvolvimento que fui responsável, com um colaborador de uma empresa de softwares aqui de Goiânia. Rapaz novo, 24 anos. Desenvolvedor e programador. Tímido e com vontade de se soltar. Ansioso para ser quem ele desejava ser e os tantos bloqueios que adquirimos ao longo dos anos o paralisavam.
Por questões da maternidade e por ter uma bebê de menos de um mês, meu escritório era em minha casa. Assim, se houvesse qualquer urgência, eu estaria ali por perto. Foi um processo de doze semanas e felizmente muito tranquilo. É bom ver as pessoas se desafiarem e vencerem suas limitações, porém, quem trabalha com desenvolvimento humano sabe que nem sempre as coisas fluem como planejado.
Este foi um caso bem sucedido que me impulsionou a continuar, mesmo com essa limitação gostosa e desafiadora chamada maternidade ao lado.
A cobrança profissional interna era imensa.
Eu tinha que ser a melhor no que estava fazendo, pois isso me fazia ganhar mais tempo com minha filhinha. E aproveitava todas as brechas de tempo e de noites em claro para estudar mais e mais.
Não suportei por muito tempo. 2 anos e meio depois, em meio ao caos, lá estava eu, grávida pela segunda vez e exausta. Associar meus tantos papéis à maternidade e aos meus clientes não estava dando certo. Me sentia esgotada e não suportava mais essa rotina. Precisava renunciar algo em benefício da minha saúde e a chegada da nova moradora da nossa casa. Como não existia a possibilidade de deixar de ser mãe (ainda que existisse, nem cogitaria uma hipótese como essa), abri mão da minha carreira que ia de vento em poupa para me dedicar totalmente à minha família e minha casa. A princípio, dentro de mim seria por um período. Mas quanto mais o tempo passava, mais certa estava de que um ciclo se encerrava e que eu não queria mais voltar ao campo de prospecção de clientes para se desenvolverem.
Minha caçula nasceu em 20/04/20, cerne da pandemia. Deus do céu, que loucura foi viver aquele ano para todos. Pensem para mim e tantas outras “mães de pandemia” como foi? Eu tinha praticamente duas bebês em casa: uma com três aninhos, outra recém-nascida. A empresa do meu esposo não fechou, portanto só contava com ele à noite. Não tinha ajuda. Todos tinham medo da doença desconhecida. Éramos 3 o dia todo em casa. Eu me virando em muitas para cuidar delas, dando toda atenção possível à mais velha e zelando pela menorzinha tão dependente de mim, além da casa, comida….uau…. Quando olho para trás, percebo como nós mulheres somos pessoas fortes. Mães então, ah… nós damos conta de tudo mesmo!
Foram tempos difíceis e que me forjaram a ser uma pessoa forte. Me obrigaram a ter uma organização e uma determinação acima da média para conseguir fazer tudo o que era necessário.
Ainda assim, mesmo tão cansada com essa rotina puxada e exaustiva, sentia que eu precisava, de fato, entregar mais. De alguma forma, me sentia “inútil”. Quando me especializei em desenvolvimento humano, descobri dentro de mim uma necessidade tamanha de servir (algo que nasceu comigo e que de alguma forma consegui fazer dessa missão, o meu trabalho) e naquele momento, para mim, era pouco servir somente ao meu lar.
Conversei com meu esposo e então começamos a buscar por ideias de negócios. Creio que a maioria das pessoas quando têm esse anseio, tendem a buscar por franquias, já que é uma forma menos arriscada de se empreender. Comigo não foi diferente. Meu marido já é empresário, porém em sociedade e buscávamos algo só nosso. Muitas pesquisas, reuniões, conversas online, mas pouca disposição para investir. Quem em sã consciência colocaria dinheiro em um novo negócio com o mundo de pernas para o ar em plena pandemia? Desistimos.
Continuei crendo que existia algo sim, que eu precisava fazer, que me daria a renda necessária e ao mesmo tempo me traria essa sensação incrível de contribuir com o mundo ajudando o maior número de pessoas possível com minhas habilidades, mas esse é assunto para o nosso próximo artigo. 😊 Quero encerrar esta nova conversa hoje dizendo a você, que vive um momento desafiador ou complicado agora: TEM JEITO.
Use todo o seu potencial para se manter equilibrado, seja organizado e determinado que tudo dará certo. Deu pra mim e estou certa que 2 mais 2 são 4. Mantenha sua mente arejada e sua fé em alta que você vai alcançar o que deseja, basta crer e trabalhar para isso.
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre como usar o seu potencial, sejam em tempos difíceis ou não, e se tornar uma pessoa forte? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar com você.
Até breve!
Juliana Rassi
https://www.linkedin.com/in/julianarassi
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