O post Somente São Livres Aqueles que Nada Cativam? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá, querido leitor!
Já parou para pensar que talvez a única forma de ser verdadeiramente livre seja simplesmente não se apegar a nada? Nenhuma pessoa, nenhuma ideia, nenhum lugar, nenhum sonho. Nada. Parece radical, eu sei, mas antes de me julgar como um ermitão do século XXI, vamos caminhar juntos nessa reflexão.
Afinal, liberdade e responsabilidade andam de mãos dadas, certo? Isso significa que toda vez que você escolhe algo, também escolhe as consequências dessa escolha. Então, se a liberdade plena significa não ter correntes, talvez o segredo esteja em não criar laços. Se nada te prende, nada te limita.
Mas será que é possível viver assim?
Jean-Jacques Rousseau nos deixou uma frase tão provocativa quanto perturbadora: “O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a ferros.” A ideia central do bom e velho Rousseau é que a sociedade nos molda, nos amarra e nos doméstica.
Vivemos sob regras, leis e convenções que nos dizem o que podemos ou não fazer. A ironia? O ser humano foi quem criou tudo isso. Criamos um sistema e depois reclamamos que estamos presos dentro dele. Agora, veja só: se ser livre significa não estar preso a nada, o que aconteceria se simplesmente recusássemos qualquer tipo de vínculo?
Nenhum compromisso, nenhuma responsabilidade, nenhuma necessidade de corresponder às expectativas dos outros. Um mundo onde ninguém depende de ninguém. Parece tentador. Mas antes de rasgar suas contas e sair pelo mundo, vem comigo nessa reflexão.
Aqui entra o Pequeno Príncipe, com sua frase icônica: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Bingo!
É aqui que a liberdade começa a se complicar. Se você cativa algo – seja um amigo, um filho, um cachorro ou uma ideia – você está assinando um contrato invisível de responsabilidade. Não dá pra dizer “ah, não quero mais” sem pagar um preço por isso.
Pense no seguinte:
E não para por aí. Até as ideias nos aprisionam. Quando você acredita firmemente em algo, isso molda suas ações e suas escolhas. Você pode até mudar de opinião ao longo do tempo, mas sempre estará preso a alguma crença, a algum princípio, a alguma verdade que escolheu seguir.
Ou seja, toda vez que você cativa algo, uma parte da sua liberdade se dissolve.
Então, se a única forma de ser livre é não cativar nada, temos uma questão séria: será que queremos essa liberdade? Imagina uma vida sem laços, sem vínculos, sem pertencer a ninguém ou a nada. No começo pode parecer libertador, mas com o tempo… será que ainda faria sentido? Porque, no fundo, o que dá cor à vida são exatamente essas conexões.
O Pequeno Príncipe era livre para vagar pelos planetas, mas o que realmente marcou sua jornada foi a rosa que ele escolheu cativar. Ele poderia simplesmente ter ido embora, mas percebeu que a vida tem mais sentido quando há algo – ou alguém – para cuidar.
Rousseau via as amarras da sociedade como uma prisão, mas será que é possível viver sem elas? Mesmo a ideia de um contrato social – onde renunciamos a certas liberdades em nome de um bem maior – não seria, de certa forma, um “cativeiro necessário”? Afinal, liberdade absoluta também pode significar solidão absoluta.
Talvez a questão não seja evitar cativar, mas escolher com consciência aquilo que vale a pena cativar. Você não precisa cativar tudo. Mas também não precisa viver fugindo de qualquer vínculo. Existe um meio-termo: um equilíbrio entre o que você cultiva e o que você deixa ir. Porque no fim das contas, a liberdade não é apenas ausência de correntes. A liberdade é escolher quais correntes estamos dispostos a carregar.
Então, eu te convido a refletir: será que aquilo que você cativa te faz mais livre ou mais prisioneiro?
Pense nisso!
Quer entender melhor se a verdadeira liberdade está na ausência de vínculos ou na escolha consciente do que cativamos? Então, entre em contato comigo! Será um prazer conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Inteligência Comportamental: 3 Competências Essenciais para Interpretar Comportamentos Inadequados
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]]>O post Autoconsciência e Desempenho: A lacuna perceptiva e seu impacto na liderança apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>A autoconsciência é frequentemente vista como um componente essencial do desenvolvimento pessoal e profissional. No entanto, um fenômeno intrigante e revelador tem sido identificado em pesquisas sobre o tema: muitas pessoas acreditam ser mais autoconscientes do que realmente são.
De acordo com estudos, 95% das pessoas consideram-se autoconscientes, mas apenas 10 a 15% realmente atendem aos critérios objetivos dessa característica. Esse descompasso entre percepção e realidade tem implicações significativas, especialmente no contexto da liderança.
Autoconsciência é a habilidade de refletir sobre si mesmo, perceber os próprios pensamentos, emoções, comportamentos e como esses aspectos afetam os outros. Ela envolve uma compreensão clara das próprias forças, fraquezas, valores e motivações.
Essa competência emocional é fundamental não apenas para o crescimento pessoal, mas também para o sucesso profissional, uma vez que permite às pessoas se adaptarem melhor ao ambiente, melhorar suas interações interpessoais e tomar decisões mais alinhadas com seus objetivos.
O que tenho percebido nos diversos contextos que faço parte, é uma dificuldade grande em identificar as próprias emoções e em consequência disso o próprio comportamento dissonante com resultado desejado.
Apesar da importância reconhecida da autoconsciência, a maioria das pessoas parece superestimar sua capacidade de se conhecer de forma profunda.
Embora 95% das pessoas afirmem ser autoconscientes, a realidade, segundo estudos, revela que apenas uma pequena fração realmente possui o nível de autoconsciência que pode ser mensurado de forma objetiva. Esse gap entre a percepção pessoal e a avaliação externa pode ter consequências significativas para o desempenho em diversas áreas da vida, incluindo a liderança.
Líderes que têm uma compreensão clara de si mesmos, de suas emoções e das necessidades de sua equipe são mais eficazes na tomada de decisões, na resolução de conflitos e na construção de uma cultura organizacional positiva. Elas também tendem a ser mais resilientes, flexíveis e capazes de se adaptar a mudanças, o que é essencial em um mundo corporativo dinâmico.
Pesquisas indicam que líderes genuinamente autoconscientes não só têm um desempenho superior, como também são mais propensos a serem promovidas. A autoconsciência permite que esses líderes se conectem melhor com sua equipe, compreendam suas próprias limitações e busquem melhorias constantes. Além disso, a capacidade de refletir sobre suas ações e impactar positivamente o ambiente ao seu redor é vista como uma habilidade crucial por aqueles que tomam decisões de liderança em muitas organizações.
A lacuna entre a percepção de ser autoconsciente e a realidade pode ser um obstáculo significativo para o crescimento e o desenvolvimento das líderes.
Quando os indivíduos acreditam que estão mais autoconscientes do que realmente estão, podem deixar de investir em áreas que precisariam de desenvolvimento, como a gestão emocional ou a empatia com os outros.
Para os líderes, essa falta de autocrítica pode prejudicar seu desempenho e dificultar sua evolução dentro de uma organização.
Por outro lado, aquelas que são genuinamente autoconscientes tendem a ter uma visão mais clara de suas fraquezas e forças. Isso as torna mais aptas a buscar feedback, corrigir falhas e se posicionar de forma mais estratégica para alcançar o sucesso.
O famoso psicólogo Daniel Goleman, pioneiro da Inteligência Emocional, também inclui a autoconsciência como um dos traços fundamentais de uma liderança emocionalmente inteligente. Ele define autoconsciência como a habilidade de reconhecer emoções, humores e motivações próprias, e seu efeito sobre os outros.
Essa consciência evita que líderes reajam impulsivamente ou ignorem feedbacks importantes. Ao contrário, quem carece dessa visão interna tende a interpretar críticas ou sugestões de melhoria como ameaças pessoais, desperdiçando oportunidades de crescimento (kornferry.com)
A autoconsciência, conforme definida por Goleman, é a habilidade de reconhecer e entender as próprias emoções, humores e motivações, e perceber como elas afetam o comportamento e as decisões.
Para Goleman, um líder emocionalmente inteligente deve ser capaz de reconhecer suas próprias emoções e compreender como elas influenciam suas ações, interações com os outros e tomadas de decisões. Nas turmas do www.almaaceleradora.com.br, provocamos situações para que as líderes experienciem as causas do gap de inteligência emocional.
A autoconsciência vai além da simples percepção das emoções momentâneas; trata-se também de entender os próprios valores, crenças e motivações subjacentes. Isso permite ao líder agir com mais clareza e propósito.
Para uma líder, a autoconsciência evita reações impulsivas ou desmedidas a situações estressantes. Uma líder emocionalmente inteligente não reage cegamente a desafios ou críticas, mas analisa as emoções que surgem em determinadas situações antes de tomar qualquer atitude. Isso não significa suprimir ou ignorar emoções, mas sim reconhecê-las e usá-las como um guia para uma decisão mais ponderada. Aqui se encontra um dos grandes segredos de uma boa liderança.
A autoconsciência também é crucial para a recepção de feedbacks, sejam positivos ou negativos. Quando uma líder está consciente de seus próprios sentimentos e motivações, ela é capaz de considerar o feedback de maneira construtiva, ao invés de interpretá-lo como uma crítica pessoal ou ameaça.
Essa visão interna possibilita que o líder entenda que o feedback não é um ataque, mas uma oportunidade de crescimento e aprimoramento. Quando uma líder não possui essa autoconsciência, ela pode reagir defensivamente a críticas ou sugestões de melhoria, prejudicando seu desenvolvimento pessoal e suas relações interpessoais.
Em um cenário corporativo, a falta de autoconsciência pode levar a uma baixa capacidade de acolher críticas construtivas e a uma resistência ao feedback. Essa falta de abertura ao crescimento pode transformar o ambiente de trabalho em um campo minado, onde os membros da equipe temem falar e compartilhar opiniões, o que pode criar uma cultura de medo e ineficiência.
Enfim, a autoconsciência é uma das competências mais valiosas no mundo profissional, especialmente para líderes que buscam desempenho elevado e avanços na carreira. No entanto, é crucial que as pessoas reconheçam a diferença entre a percepção de serem autoconscientes e a verdadeira profundidade dessa qualidade.
Para líderes, superar essa lacuna de percepção é fundamental não apenas para seu crescimento pessoal, mas também para o sucesso de suas equipes e para o alcance das metas organizacionais.
Quer saber mais de que forma a lacuna entre a percepção e a realidade da autoconsciência pode impactar a liderança e o ambiente organizacional? Então, entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.
Até a próxima!
Luciana Soares Passadori
https://www.passadori.com.br
Fonte: National Institutes of Health (NIH), nihrecord.nih.gov
Confira também: Liderança Feminina: Como se Preparar para Chegar ao Cargo de CEO
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]]>O post Prejuízos e Benefícios do Uso do Celular – Como Equilibrar? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Existem algumas coisas do mundo moderno com as quais seria quase impossível viver hoje, a principal delas é o avanço da ciência, em todas as suas áreas de abrangência. Como seria a nossa vida sem as vacinas, ou sem os tratamentos avançados para os mais diversos tipos de enfermidades? Como seria nossa vida sem luz ou água encanada (embora se saiba que existem comunidades que não desfrutam desse benefício)? E como seria nosso mundo sem a Internet e seus aparelhos?
Poderíamos elencar uma série de facilidades que o mundo atual nos oferece, mas sempre lembrando que existem camadas da sociedade, em que os benefícios podem ser maiores ou menores, dependendo do poder aquisitivo.
Mas há um item que se popularizou e que mais promove a integração por meio da Internet: o celular.
Hoje estima-se que existem 5,1 bilhões de pessoas utilizando algum tipo de aparelho celular, ou seja, 67% da população global, mas é importante lembrar que algumas pessoas tem mais de um aparelho, portanto o número de dispositivos pode ser maior.
No Brasil, em 2025, a ANATEL contabilizou 263,3 milhões de linhas móveis ativas, o equivalente a 120,94 celulares por 100 habitantes — aproximadamente 1,21 celular por pessoa. Considerando que existem regiões afastadas ou rurais do País que ainda não têm acesso a Internet, as pessoas que têm acesso podem ter mais de 1 aparelho.
Nas grandes cidades, as pessoas procuram ter esse objeto de desejo, mesmo que adquirido por meio de inúmeras parcelas de financiamento ou até de forma suspeita, por aquisição ilícita.
Estamos assistindo a exposição precoce de crianças. Pais oferecem o celular como forma de entretenimento, sem perceber que o uso excessivo do celular pode trazer problemas de sono e prejudicar a saúde ocular. Além disso, a exposição de conteúdos impróprios que podem afetar o comportamento.
Para os adolescentes, o uso excessivo do celular pode gerar ansiedade e isolamento social, distrações para os estudos, riscos de cyberbulling e comparações sociais que podem afetar a autoestima e insatisfação corporal.
Para os adultos, pode afetar na produtividade reduzindo a concentração no trabalho, problemas psicoemocionais devido à dependência. Elevar a ansiedade, procrastinação e sedentarismo para atividades físicas e ainda perigo no trânsito — o uso ao volante pode causar acidentes.
Se, por um lado, o celular pode facilitar a comunicação, aproximar amigos e familiares e até ajudar a encontrar o amor da sua vida, por outro, pode gerar problemas que já são percebidos no dia a dia.
Nos relacionamentos afetivos emocionais, podem gerar um distanciamento, quem já não observou num bar, restaurante ou no sofá de casa, cada um do par olhando por períodos prolongados para o celular, sem trocar uma palavra.
Outro aspecto está relacionado a exposição excessiva nas redes, que pode gerar ressentimentos, ciúmes e desconfianças (você deu like naquele perfil, por quê?) e até gerar comparações, mas o pior é que afasta as pessoas deixando de um aprofundamento nas relações.
No âmbito familiar, também podem ocorrer prejuízos. Maior absorção do tempo no celular em detrimento do tempo de convívio pessoal com conversas que fortaleçam laços, atritos entre pais e filhos no tempo de uso e tipos de jogos. Se os pais ficam muito tempo no celular, é fato que os filhos vão seguir seu comportamento, então como colocar regras para eles? Pode ocorrer a desvalorização de festas e eventos familiares.
No aspecto físico, pode ocasionar lesões por esforços repetitivos, sedentarismo, obesidade e problemas cardíacos ao reduzir a prática de atividades físicas. Também poder levar à “síndrome do pescoço de texto”, causando dores no pescoço, no ombro e nas costas, além de fadiga ocular e distúrbios do sono pelo tempo de exposição à tela.
Ainda pode gerar problemas psicoemocionais de ansiedade e estresse, em virtude do excesso de notificações, comparações. Pode gerar um déficit de atenção, que leva a prejudicar a concentração e a produtividade em diversas áreas. As comparações nas redes sociais geram sentimentos de inadequação e baixa autoestima. O isolamento social, a dependência ao aparelho e a rede e exposição a conteúdos negativos, podem levar à depressão.
Para isso precisamos em alguns momentos nos desapegar e partilhar de momentos agradáveis com amigos, familiares, nos momentos de refeição e de encontros (percebo que para algumas pessoas é quase impossível, e aversivo, porque nem sabem sobre o que e como conversar).
Estabelecer limites saudáveis para o uso da tecnologia para si e para aqueles que ainda estão se desenvolvendo (crianças e adolescentes). Algumas escolas estão recriando brincadeiras para a hora do recreio, como uma forma de ativar a criatividade e as conexões presenciais.
É claro que a tecnologia dos celulares trouxe muitos benefícios para a vida das pessoas, facilitando a comunicação, no acesso a informação e a realização de inúmeras tarefas.
O celular tornou-se uma ferramenta essencial para a vida moderna, trazendo praticidade e inovação e conexão. O grande segredo é saber equilibrar e aproveitar os seus benefícios, sem comprometer os relacionamentos e a saúde física e mental, ter um equilíbrio é o grande desafio.
Para mim está frase de Bill Gates, também vale para o uso dos celulares:
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história”
Quer entender melhor como os benefícios e malefícios do uso excessivo do celular podem afetar sua saúde mental e seus relacionamentos? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre isso!
Até lá!
Natalia Marques
Psicóloga, Coach, Mentora e Palestrante
http://www.nataliamantunes.com.br/
Confira também: Mudanças Climáticas: Você Está Preparado para o Futuro?
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]]>O post Conexão: Por que líderes não geram influência nos seus times? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>De acordo com uma Pesquisa do Workforce Institute, 86% dos colaboradores falam que a falta de conexão e comunicação com a liderança é um dos principais pontos que o fazem se sentir desvalorizados.
Para muitos líderes, a sua comunicação apresenta clareza, consistência e empatia, mas para mais da metade dos seus colaboradores, eles não são transparentes, humanos e geram desenvolvimento prático de carreira.
O que os líderes precisam internalizar é que, para se tornar influente, não basta apenas ter um cargo. Isso gera autoridade. Influência precisa de credibilidade, exemplo, confiança e acima de tudo conexão.
Se conectar significa que você irá trocar de forma genuína, autêntica, de forma recíproca. Você vai ouvir, mas vai também partilhar. E aí entra um dos principais pontos que as lideranças possuem dificuldade: demonstrar vulnerabilidade.
Ser vulnerável não é ser a vítima, contas histórias tristes. É de forma fluida, falar de erros, sentimentos, acertos na jornada. Dos aprendizados e acima de tudo se tornar humano. A conexão é – sem dúvida – uma via de mão dupla.
Não há conexão em gestão baseada em comando e controle. Confiança é construída na relação seja com conversas difíceis, sinceras e com significado.
É preciso conhecer seus pontos fortes, pontos a melhorar, sabotadores, crenças e histórias que marcam sua jornada. Eu só mudo aquilo que tenho consciência. Olhar para si, faz com que você possa também entender que está em constante aprendizado e, dessa maneira, pode trocar com seu time e se fortalecer mutuamente.
Compreender a necessidade por trás dos comportamentos das pessoas sob a perspectiva do outro e não sua. É ter empatia como ação, sem julgamento e pressupostos. É conversar baseado em fatos, com uma comunicação não violenta e de fato, com estado de presença, ou seja, sem disponibilidade não terá valor percebido pelo seu time.
Temos medo de perguntar para nosso time. Precisamos aprender a ressignificar as perguntas. O que isso quer dizer? Fazemos muitas perguntas com pressupostos, que induzem respostas ou que param na superficialidade. É preciso mais para se conectar. Precisamos perguntar sobre sentimentos, histórias.
Exemplo: evite perguntar: você é feliz no trabalho? Troque por: qual foi o momento mais significativo na sua carreira no último ano? De que maneira posso ser um líder melhor para te apoiar a se desenvolver? Ao invés de: eu sou um bom líder?
Resultados são gerados por comportamentos baseados em emoções e pensamentos. O quanto podemos crescer como time, uma vez que damos espaço para as pessoas terem uma segurança psicológica para trocar, errar, aprender e se conectar.
Mas para isso é preciso que lideranças legitimem esse processo, partilhem e se permitam, caso contrário, será uma conversa superficial, um feedback unilateral sem qualquer mudança e comprometimento.
É nosso papel como líder gerar conexão. Mas para isso, precisamos estar abertos para de fato mergulhar.
Quer saber mais por que a autoridade de um líder não é suficiente para gerar influência e conexão com sua equipe? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar você a filtrar o que realmente importa!
Aline Gomes
alinegomes@alimonada.com.br
http://www.linkedin.com/in/alinecgomes/
Confira também: Segurança Psicológica: A Alavanca para Elevar Performance e Aprendizado
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]]>O post O Impacto da Satisfação Profissional na Saúde Mental: 7 Estratégias para Equilibrar Carreira e Bem-Estar apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Quantas vezes você já sentiu que seu trabalho estava drenando sua energia, mas achou que era “normal” sentir-se assim?
O Brasil registrou, em 2024, um recorde de afastamentos por saúde mental: mais de 472 mil casos, um aumento alarmante de 68% em relação ao ano anterior, o maior índice da década.
Os números são preocupantes:
Embora esses números não estejam diretamente ligados ao ambiente de trabalho, é impossível ignorar o impacto da satisfação profissional na saúde mental. Se considerarmos uma jornada de 44 horas semanais, um profissional dedica 2.288 horas ao trabalho por ano, ou seja, cerca de 26% do seu tempo de vida.
Diante desse cenário, como garantir que o trabalho não se torne um fator adicional de desgaste emocional, mas sim um espaço de crescimento e realização?
Estudos indicam que profissionais satisfeitos no trabalho apresentam melhor bem-estar psicológico, desempenham melhor e enfrentam desafios com mais resiliência.
Por outro lado, a insatisfação pode causar:
Se o trabalho ocupa uma parte tão significativa da vida, não deveríamos então buscar formas de torná-lo mais saudável e alinhado com o que realmente queremos?
Bônus: Valorize suas conquistas! Celebrar pequenas vitórias fortalece a satisfação e a motivação.
A relação entre carreira e saúde mental não pode ser ignorada. Se seu trabalho tem gerado mais desgaste do que realização, talvez seja hora de refletir:
O que pode ser ajustado para que sua carreira seja uma aliada, e não um peso?
A mudança pode parecer assustadora, mas continuar no mesmo lugar quando algo já não faz sentido pode ser ainda pior. Se sua carreira não está te fazendo bem, então talvez seja hora de se perguntar:
O que posso fazer para mudar isso HOJE?
Quer saber mais sobre como proteger sua saúde mental no ambiente profissional e aplicar, na prática, estratégias para equilibrar carreira e bem-estar? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre isso!
Renato Moreno
https://www.linkedin.com/in/renatomorenodealmeida/
Confira também: Nunca é Tarde para Começar: Reinventando-se na Carreira
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]]>O post BPs de RH: Apoio Estratégico para a Competitividade e o Futuro do Trabalho apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Ao falarmos sobre a preparação dos Colaboradores frente às suas necessidades e aos constantes desafios das empresas, destacamos as vantagens da implementação do Reskilling. Essa prática pode ser muito significativa na valorização do aprendizado contínuo. Por meio de treinamentos flexíveis, times e líderes participam de Planos de Desenvolvimento que podem tanto contribuir para o alcance de melhores resultados para a empresa quanto vislumbrar oportunidades reais de crescimento e evolução na carreira.
Ao se constatar o aumento da satisfação e da experiência positiva desses Colaboradores, percebe-se, ao mesmo tempo, uma maior adaptação desses profissionais às constantes mudanças do cotidiano. Esse cenário desafia constantemente a empresa a promover melhorias contínuas e a se reinventar com novas formas e formatos de entrega. Tudo isso impulsiona a busca por inovação e pelo desenvolvimento de habilidades que ampliem a criatividade.
Ao incorporar novas competências e ampliar as existentes, a transição interna se torna mais fluida, assim como a absorção de Colaboradores em diferentes funções e áreas (job rotation). Esse movimento valoriza os recursos internos e fortalece o engajamento com a cultura de reconhecimento e evolução profissional. Além disso, amplia o valor do capital humano para a Organização, especialmente quando há políticas afirmativas que geram maior credibilidade para o RH como incentivador desse crescimento e da eficiência.
Muitos passam a se interessar por vagas nessas organizações, pois reconhecem que ali há valorização da inclusão e do desenvolvimento dos colaboradores. Como consequência, há uma fidelização dos talentos, que se sentem reconhecidos de forma evidenciada. E, sem dúvida, esse movimento ganha força e visibilidade, sendo amplificado pelas mídias.
Mas, ao entendermos o que é a prática do Reskilling, nos aproximamos de outra estratégia igualmente importante nas empresas: o Upskilling. Essa prática integra o aperfeiçoamento e a evolução de competências voltadas para novos desafios dentro da própria área de atuação. Ela envolve a adoção de novas ferramentas, o uso da IA, Big Data e outros recursos tecnológicos que aumentam a eficiência e a produtividade no campo em que o profissional já atua.
Com o aumento da guerra na captação de Profissionais mais qualificados, quem investe em preparo e atualização se destaca naturalmente. Seu currículo salta aos olhos, mantendo-se competitivo e alinhado às exigências atuais do mercado. Além disso, alinhado às expectativas das grandes e renomadas empresas, que precisam se manter no topo das tendências para continuarem relevantes em seus segmentos.
Mas é evidente que, quem quer se destacar de modo especial, precisa dominar tanto a técnica quanto o comportamental. E é aí que está o alicerce de sua permanência: em um cenário de constantes mudanças, a forma de interagir precisa acompanhar as nuances que permeiam as relações e interações internas.
Quem vivencia esse processo internamente se sente estimulado a seguir passos e etapas que respaldem e validem seu próprio desenvolvimento, em sintonia com a empresa.
Assim, esse colaborador passa a admirar a organização não apenas como uma boa empregadora, mas como uma parceira integrada em sua evolução. Uma empresa que corresponde às suas ambições e perspectivas de vida e carreira. E, sem dúvida, é isso que faz valer a pena fazer parte dessa jornada.
Quer saber mais sobre como os BPs de RH estão transformando o futuro das empresas com estratégias de reskilling e upskilling? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito!
Fátima Farias
https://www.linkedin.com/in/f%C3%A1tima-farias-b1a71214/
Confira também: Open Talent e o Papel dos BPs de RH na Conexão Global de Talentos
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]]>O post Demissões Voluntárias em Alta: Por Que Tantos Pedem Para Sair? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Sempre que se falava em emprego, os problemas relacionados ao tema sempre giravam em torno das dificuldades de se conseguir um. Mas isso já mudou. Agora temos um fenômeno que vem crescendo cada vez mais: o número de trabalhadores que pediram demissão por vontade própria nunca foi tão alto.
Para ficar em um dado recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), só em julho de 2024 foram mais de 747 mil demissões voluntárias. Esse número foi 10% maior do que no mês anterior e o maior desde o início do período de apuração, em janeiro de 2020.
Provavelmente, se perguntarmos para alguém que acabou de pedir demissão, a sua resposta pode ser um “Devia ter me demitido antes!”. Lendo alguns comentários em páginas que abordaram o assunto, o que mais se sente é que essa tomada de decisão vem muitas vezes acompanhada de um alívio enorme.
Esse alívio pode ser revelador. Certamente, não é apenas um motivo que leva alguém a abrir mão de um salário fixo e, em muitos casos, a decisão é tomada sem que haja sequer a garantia de uma nova oportunidade de emprego, mas o que esse cenário reflete, é uma crise no mercado de trabalho.
Ela ainda é pouco discutida, ainda que milhões de brasileiros estejam preferindo enfrentar a incerteza do desemprego a permanecer em um ambiente onde não se sentem valorizados ou felizes.
Não dá para imaginar um fenômeno assim acontecendo, por exemplo, ali pela década de 1950, onde um emprego era visto como algo pra se segurar com unhas e dentes.
Mas os tempos mudaram e parece que pelo menos uma faixa de trabalhadores parece ter a segurança de assumir esse risco e tentar encontrar outras opções profissionais.
Esse movimento tem sido tão expressivo que já foi devidamente batizado: A Grande Renúncia (esse nome, que em português parece título de reality show, vem de Big Quit, já que começou nos Estados Unidos, a partir de 2021, ainda durante a pandemia).
Essa tem sido uma tendência mundial, acontecendo também na Alemanha, Reino Unido e até Japão. Sim, até no Japão, onde se criou o termo “karoshi” (morte por excesso de trabalho), empresas estão vendo crescer o número de trabalhadores que deixam seus postos voluntariamente. Claro que as causas e a intensidade variam conforme o contexto social e econômico de cada lugar.
Lendo alguns relatos de quem passou pela experiência, alguns motivos parecem ser os mais dominantes.
Um dos principais é a remuneração considerada baixa. Quem mora em grandes cidades, como Rio e São Paulo, tem visto a alta do custo de vida disparar, especialmente alugueis e alimentos. A estagnação salarial, aliada à inflação acumulada, faz com que os trabalhadores sintam que estão ganhando menos a cada ano.
E estão, claro, o que também leva a um movimento coordenado, de demissão e de saída desses grandes centros. Quem pode, busca cidades menores, com custos idem e qualidade de vida maior, especialmente se trabalham em home office.
Além do salário baixo, há também o sentimento de desvalorização, já que muitos sentem que, mesmo com bons desempenhos, não recebem aumentos ou promoções, o que gera frustração e desmotivação.
Outro fator que pesa na decisão de pedir demissão é o excesso de trabalho, esse também compartilhado pelo pessoal do home Office. Aliás, foi onde muitos sentiram o aumento dessa carga, devido a dificuldades de separar a vida profissional da doméstica.
Mas seja em casa ou no escritório, muitos reclamam das jornadas muito acima das horas semanais previstas em lei. Jornadas sem o pagamento de horas extras, além de outros problemas, como acúmulo de funções e até falta de pausas adequadas. Aquela história do pessoal da Amazon, nos Estados Unidos, urinando em garrafinhas para não ir ao banheiro é um exemplo extremo. Mas a supervisão em cima do tempo dos intervalos é real e incômoda em muitas empresas.
E aqui estamos falando de assédio moral, competitividade extrema e falta de empatia por parte das lideranças. Todo esse conjunto leva ao esgotamento emocional e físico, e cada vez mais pessoas buscam sair antes que a situação cause danos permanentes à saúde mental.
Um relato comum é a “sensação de serem cobrados como “máquinas””, sem qualquer reconhecimento ou retorno positivo, sempre a espera de um feedback construtivo que nunca vem, assim como oportunidades reais de crescimento. Essa falta de reciprocidade gera um ambiente desmotivador.
Muitos gestores ainda operam sob a lógica do medo, pressionando os funcionários com ameaças veladas de demissão ou sobrecarga, sem oferecer qualquer perspectiva de futuro. Nesses casos, a porta de saída fica cada vez mais convidativa.
E temos as metas. Muitas empresas mantêm as mesmas, seja em que cenário for, até com menos funcionários ou menos recursos. E metas inalcançáveis são um caminho seguro para o esgotamento e o desencanto com a empresa.
Benefícios também entram nessa equação. Planos de saúde de qualidade, vale-alimentação suficiente, auxílio home office e programas de bem-estar, muitas vezes não fazem parte do pacote que a empresa oferece.
Pensando em trabalhadores que podem fazer essa opção, que são o tema desse artigo, sem esses benefícios, o emprego se torna ainda menos atrativo, especialmente quando o trabalhador compara o custo-benefício de estar empregado com o desejo de preservar a saúde, o tempo livre e o convívio familiar.
Enquanto as empresas e o mercado não se adaptarem a essa nova mentalidade — que valoriza o equilíbrio e o bem-estar tanto quanto o salário — a tendência é que as demissões voluntárias continuem a crescer.
Quer entender melhor por que tantos trabalhadores estão pedindo demissão voluntária, mesmo sem outra vaga em vista? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Marco Ornellas
https://www.ornellas.com.br/
Confira também: Demissões por Compliance: Como Equilibrar Ética e Transparência?
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]]>O post Tendências em Vendas 2025: Como os Canais Omnichannel Impulsionam Resultados apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>E vamos a mais uma tendência para as vendas em 2025.
Pensar nas estratégias que juntem o mundo físico ao digital tem sido cada vez mais necessário quando falamos de vendas e atendimento ao cliente em geral. Os clientes estão mais conectados, ocupados, com um olhar mais exigente e buscando experiências únicas, personalizadas e inesquecíveis.
Por isso, investir em multicanais é a estratégia mais acertada para romper as barreiras do digital e ao mesmo tempo oferecer a experiência palpável não tão fortalecida no mundo online. As possibilidades avançadas de sincronia de dados, o controle de estoques com acesso online, a personalização preditiva e muitas outras possibilidades, fazem com que os clientes tenham uma sequência de atendimento perfeita entre todos os canais.
Imagine você: desesperado, sem tempo, no meio de uma obra em casa que não acaba nunca, precisando escolher um novo piso e descobre que tem a opção perfeita na loja que fica pertinho da sua casa.
Ao chegar na loja, descobre que o produto até existe, mas não o suficiente para cobrir toda a área da sua reforma. Se as empresas de construção investirem na integração dessas informações no estoque de suas lojas com as informações da internet, com certeza seriam as escolhidas dos seus consumidores.
Realidade aumentada, realidade virtual, logística mais ágil e sustentável, hiperautomação, integrar a experiência dos clientes em multicanais… Enfim, o céu é o limite quando falamos de omnichannel. Investir nessas tecnologias garante destaque no mercado bem como muito sucesso entre os consumidores.
Vale muito o investimento!
E você? Já utiliza omnichannel nas suas vendas?
Divida conosco suas experiências!
Quer descobrir como o omnichannel pode transformar de verdade a experiência do cliente e impulsionar suas vendas em 2025? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar com você a respeito!
Um abraço e até a próxima!
Karine Gomes
http://www.criarecriar.com.br/
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]]>Um vídeo viralizou nas redes sociais e me chamou muita atenção. Apesar da maioria dos comentários ter sido de aprovação e o vídeo ovacionado por muita gente, me posicionei porque me senti incomodada.
A cena do vídeo era a seguinte: uma mulher branca na faixa dos 80 anos diz no ouvido de uma outra mulher branca na faixa dos 60 anos a seguinte frase, “você tem que ser forte, tudo depende de você, eu irei e você seguira carregando tudo contigo, assim foi e assim será.”
Em seguida, a mulher de 60 anos, fala com uma outra mulher na faixa dos 40 repetindo literalmente a mesma frase que ouviu. A mulher nos seus 40 anos, diz para a filha na faixa dos 10 anos: “não será mais assim, você não deve mais nada a ninguém, somente seja feliz, feminina e carinhosa”.
O vídeo, claramente, tem o objetivo de passar a mensagem sobre quebrar ciclos. Um conceito bastante explorado pelos adeptos da constelação familiar.
No artigo “ Constelação familiar promete resolver conflitos geracionais: como funciona?”, publicado no site emsidesenvolvimento.com.br , a constelação familiar é “uma técnica subjetiva, e por essa razão muitos especialistas consideram equivocado chamá-la de terapia.
Foi criada pelo psicólogo, teólogo, filósofo e pesquisador alemão Bert Hellinger (1925-2019) que leva em consideração conceitos energéticos e fenomenológicos.
De acordo com os estudos de Bert Hellinger, os descendentes acabam repetindo o destino — ainda que inconscientemente — de outros. Essa repetição de destino é uma forma de aliança que o sistema faz para trazer os membros que foram excluídos ou não reconhecidos para o lugar que pertencia a eles.
No processo, representantes e facilitadores podem pronunciar frases específicas de cura sistêmica, algo como “devolvo o que é seu e tomo o que é meu”, “teve que ser como foi”, “eu te aceito”, “eu vejo você e permito que você me veja”, “se eu ou meus ancestrais causamos algum mal, por favor nos perdoe”, “eu perdoo você”, “está tudo bem”.
Para os especialistas na técnica, essas frases repercutem de forma interna e ajudam a ressignificar dores, mágoas e conflitos. A emoção vai sendo diluída e substituída por apaziguamento. “Agora estou em paz” é uma frase que pode selar o fim, sendo que cada um usa o livre arbítrio para decidir qual o comportamento adequado a partir de então.”
Os traumas geracionais são também tratados por psicólogos e terapeutas que entendem a importância de questionarmos hábitos que nos causam dores e conflitos. Para além dos consultórios de psicologias ou de consteladores familiar, em uma sociedade patriarcal, judaico-cristã, que impõe padrões de comportamento, valores e crenças qualquer tipo de pensamento ou movimento que questione o status quo e proponha rupturas vai encontrar muita resistência, principalmente na ala mais conservadora da sociedade, mesmo que ela perceba que há violência.
Nesse contexto, as chamadas “minorias” vêm há séculos (pelo menos) lutando contra o racismo, a misoginia, a xenofobia, LGBTQIAPNfobia… Sabemos que a violência é perpetuada porque passa de geração para geração e o vídeo a que me refiro parece ter tido a intenção de mostrar como libertar uma geração da misoginia e da crença de que a mulher tem que ser forte, que assim é, não há o que fazer uma vez que todas as outras gerações irão carregar essas crenças. Lembra da frase que as duas mulheres repetiram? “você tem que ser forte, tudo depende de você, eu irei e você seguirá carregando tudo contigo, assim foi e assim será.”?
E qual foi a mudança quando a terceira mulher muda a frase e diz para a criança: “não será mais assim, você não deve mais nada a ninguém, somente seja feliz, feminina e carinhosa”?
Ora, será que essa mulher está quebrando um ciclo de violência e rompendo o de submissão da mulher ou está só fazendo uma nova maquiagem naquilo que claramente é uma opressão à liberdade da mulher?
Dizer que uma mulher precisa ser “feminina” e “carinhosa” não é a mesma coisa que dizer que ela deve seguir os padrões patriarcais e cristãos que a sociedade impõe às mulheres?
Para além disso, o que é ser “feminina”? Se você fizer uma breve pesquisa no google sobre ser feminina, irá se deparar com conceitos que são basicamente o seguinte: “são características do feminino: a bondade, empatia, sensibilidade, carinho, doçura, compaixão, tolerância, nutrição, deferência, carência…”
Quando se trata de padrões físicos e de beleza, espera-se que a mulher feminina seja jovem, magra, de cintura fina, seios fartos, boca carnuda, cílios volumosos…
E quanto ao comportamento? Ah, a mulher feminina deve ser sempre comportada, recatada, cruzar as pernas, não usar decotes, roupas curtas ou transparentes, não falar alto, não confrontar um homem, não se mostrar mais inteligente…
E a quem serve tudo isso? Aos homens, é claro. Se a mulher deve ser feminina e ser feminina é uma construção estereotipada da mulher imposta para privilegiar e não “ameaçar” um grupo, então não estamos libertando nem essa nem as próximas gerações enquanto perpetuarmos esses padrões mesmo que de maneira disfarçada em forma de libertação como nesse vídeo.
Uma coisa importante de entendermos, a meu ver, é o valor das tradições, da cultura e da história de nossos antepassados e da preservação daquilo que nos é caro enquanto indivíduos ou sociedade. Outra coisa, é repetirmos comportamentos, crenças, costumes que eram aceitos (ou toleradas) no passado e hoje não são mais. Comportamentos, principalmente, opressores e violentos que devem ser rechaçados e seus ciclos verdadeiramente quebrados.
Embora a minha crítica ao vídeo em um post tenha tido quase 200 likes, algumas mulheres discordaram (o que é super legitimo) com comentários do tipo: “a mulher pode ser o que ela quiser”; “qual o problema de ser feminina?”, “é sobre energia feminina”, “sou do lar e não vejo problema nisso” etc.
Esses comentários também me levam a fazer outras perguntas para que eu possa entender como quebrar verdadeiramente esse ciclo de violência e opressão. A primeira pergunta que faço é:
Quantas mulheres são o que querem ser e quantas são o que dão conta de ser numa sociedade que impõe padrões de comportamento, de beleza, de trabalho sem lhe oferecer as redes e aparelhos de apoio que ela precisa?
Quantas mulheres estão exaustas e fartas por tentarem caber nos padrões impostos sem se questionarem se é o que querem e se é bom para elas?
Se devemos respeitar e valorizar uma mulher dona de casa (e verdadeiramente acredito que temos a obrigação de respeita-la e valoriza-la), não deveríamos fazer o mesmo com todas as outras mulheres que escolheram ser CEOs, motoristas de caminhão, astronautas, andarilhas, prostitutas ou seja lá o que for?
E o que é energia feminina? Quem inventou isso? Essa é uma “energia” imposta pelo patriarcado. Nos fizeram acreditar que certas características (ou energia, se preferir) são “femininas” e outras “masculinas”.
Isso é algo que foi criado há pouco mais de 2 mil anos. Se estudarmos a história da humanidade desde a era paleolítica, veremos que havia sociedades matriarcais nas quais as mulheres tinham papel central e não havia distinção entre sexos.
Há estudos que mostram, inclusive, que as mulheres eram caçadoras, ao contrário do que nos fizeram acreditar de que a mulher ficava na caverna cuidando da prole.
Se vivêssemos numa sociedade na qual as diferenças entre os sexos não existissem, estaríamos valorizando aquilo que são virtudes humanas e não femininas ou masculinas. Estaríamos vivendo numa sociedade onde a mulher não estaria tão sobrecarregada por desempenhar vários papéis (de mãe, esposa, filha, profissional, dona de casa), com jornadas duplas/ triplas de trabalho porque os afazeres e responsabilidade com a casa e com os filhos não são igualmente compartilhados com o homem.
Não por acaso, movimentos religiosos e conservadores atacam movimentos feministas e qualquer um que questione aquilo que ameace a supremacia masculina. Ao dizer para uma menina que ela precisa ser “feminina e carinhosa” é impor-lhe padrões patriarcais e é veladamente dizer que uma mulher não pode ser “masculina”.
Quais seriam as “características” ou energia (se preferir) “masculinas” que não são permitidas às meninas? Meninas não podem ser corajosas, ousadas, destemidas, impulsivas, racionais, fortes, ambiciosas, valentes, etc? A nuance deste vídeo está exatamente em reforçar para uma geração inteira o que ela deve ser e, consequentemente, o que ela não deve ser. Isso não é quebrar o ciclo de violência e submissão da mulher.
Para quebrar esse ciclo, a primeira coisa da qual deveríamos nos livrar são desses padrões impostos que transformam a mulher num objeto a fazendo acreditar que certos comportamentos são aceitos e outros não porque o que está por trás dessa, que parece ser uma ingênua afirmação, “seja feminina e carinhosa” é a perpetuação de uma cultura machista/cristã que favorece e privilegia apenas o homem que, por sua vez, precisa manter essas crenças, valores e comportamentos para se manter na condição que está, de ser cuidado pelas mulheres que lhes são fieis, uteis e subservientes sem que sejam ameaças para seus projetos meramente pessoais.
E, para não parecer que essa violência é só contra as meninas e mulheres, precisamos compreender que essa cultura de valores patriarcais e cristãos não faz bem nem aos homens que tentam a todo custo sustentar aparências e comportamentos classificados como masculinos para não serem julgado, criticados ou que tenham sua “masculinidade” questionada.
Acreditar que certas características e comportamentos são exclusivamente “femininos” e, portanto, só servem para as mulheres, é igualmente cruel com os meninos, tanto quanto é cruel reforçar que certas características e comportamentos são exclusivamente “masculinos” e não servem para as mulheres.
Se há um genuíno desejo de quebrarmos ciclos de violência de gênero, me parece que a única maneira é dizermos para as meninas e mulheres que elas podem ser o que quiserem ser desde que seja qual uma escolha sua, baseada unicamente na sua vontade e não, na imposição de quem quer que seja.
E não basta dizer, precisamos de fato respeitar essas escolhas, eliminar a cultura misógina de nossa sociedade a começar pela educação de nossos filhos e filhas.
Que a mulher jamais seja explorada, descredibilizada, ridicularizada, desrespeitada, oprimida ou até morta por ser aquilo que escolheu ser.
Quer entender o que realmente está por trás da frase “seja feminina e carinhosa” e por que ela pode não ser tão inocente quanto parece, perpetuando padrões patriarcais? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Cris Ferreira
https://soucrisferreira.com.br/
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]]>Recentemente, o Governo Federal anunciou uma nova modalidade de empréstimo consignado destinada aos trabalhadores do setor privado, o “Crédito do Trabalhador”. A ideia é facilitar o acesso ao crédito para uma vasta população de até 47 milhões de pessoas.
A expectativa é que esse modelo de empréstimo movimente até R$ 120 bilhões, impactando diretamente o bolso de muitos brasileiros. No entanto, é fundamental que todos compreendam os riscos dessa linha de crédito, especialmente quando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) entra como uma das garantias.
O FGTS é um direito do trabalhador, que foi criado para servir como uma reserva financeira em momentos de necessidade, como no caso de demissões sem justa causa, aposentadoria ou até para a compra da casa própria. Este fundo é um pilar de segurança, uma proteção contra imprevistos e um amparo nas horas mais difíceis.
Por isso, quando se fala em usá-lo como garantia para empréstimos, é preciso ter muito cuidado, pois essa ação pode colocar em risco o que deveria ser um alicerce de tranquilidade financeira.
Para quem já possui empréstimos consignados, a possibilidade de migração para essa nova linha de crédito estará disponível a partir de 25 de abril, e as portabilidades entre bancos, a partir de junho. Embora os juros sejam geralmente mais baixos, a facilidade de contratação e a falta de um intermediário bancário podem gerar riscos, especialmente para aqueles que não têm uma educação financeira sólida.
Essa possibilidade de acesso direto ao crédito, sem a intermediação das instituições financeiras, pode ser um verdadeiro “salto no escuro” para muitos trabalhadores. Com o e-Social facilitando a contratação, sem a necessidade de convênios bancários, a chance de indivíduos sem o preparo necessário entrarem em dívidas ainda mais profundas aumentam significativamente.
O empréstimo consignado pode parecer, à primeira vista, uma solução simples para quem está em busca de dinheiro rápido. No entanto, ele traz consigo desafios e responsabilidades que não podem ser ignorados. Ao comprometer até 35% do salário, um trabalhador se coloca em uma posição vulnerável, caso surjam imprevistos, como uma demissão inesperada. Por isso, é necessário um planejamento financeiro rigoroso para que o crédito consignado não se transforme em um peso extra e arriscado.
A nova medida, que facilita o acesso ao crédito, exige ainda mais atenção. Antes, o acesso ao consignado era restrito pelas instituições financeiras, que muitas vezes orientavam os clientes e ofereciam uma análise mais detalhada da sua capacidade de pagamento.
Agora, com a possibilidade de contratação diretamente pelos canais oficiais dos bancos, muitos trabalhadores podem se endividar sem uma compreensão adequada das implicações dessa decisão.
Então, como podemos usar o crédito consignado de maneira responsável e sem prejudicar nossas finanças? Aqui vão algumas orientações essenciais:
Antes de tomar qualquer decisão, entenda sua situação financeira. Se já houver dívidas pendentes, priorize quitá-las antes de assumir novas obrigações. O planejamento é essencial para evitar que o novo empréstimo piore sua situação.
Como as parcelas do consignado são descontadas diretamente da folha de pagamento, é importante lembrar que uma parte considerável do salário será comprometida. Por isso, busque ajustar o orçamento de forma que, após o desconto, ainda sobre dinheiro suficiente para cobrir as despesas essenciais.
Usar o crédito consignado para quitar outras dívidas, como do cheque especial ou do cartão de crédito, pode ser uma armadilha. Essa troca de credores pode apenas prolongar o ciclo de endividamento. Reflita sobre o real motivo de suas dificuldades financeiras antes de contratar um novo empréstimo.
O consignado não deve ser uma solução recorrente. Ele deve ser utilizado apenas em situações excepcionais, como para resolver um imprevisto urgente ou fazer um investimento estratégico.
Se você já possui um empréstimo consignado, então vale a pena analisar a possibilidade de transferir a dívida para outra instituição financeira com taxas de juros mais baixas. Consulte o setor de Recursos Humanos da sua empresa para verificar as opções disponíveis.
Mesmo que o crédito consignado tenha juros menores que outras modalidades de crédito, é fundamental comparar as taxas e negociar as melhores condições possíveis. Lembre-se: o que parece barato no começo pode se tornar caro no final, caso o valor comprometido seja muito alto.
Em um cenário onde o crédito se torna cada vez mais acessível, é imprescindível que o trabalhador se conscientize das suas finanças pessoais antes de tomar decisões precipitadas.
O crédito consignado, quando utilizado de forma responsável, pode ser uma ferramenta útil. Mas, sem a devida cautela, pode transformar-se em um fardo financeiro.
A recomendação é sempre a mesma: busque conhecimento e faça escolhas conscientes para garantir a saúde financeira no futuro.
Quer saber mais quais são os principais riscos do Crédito do Trabalhador e como evitar que ele comprometa sua segurança financeira? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder!
Um grande abraço,
Reinaldo Domingos
https://www.dsop.com.br
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