Vamos à nossa última troca de ideias do ano. Como lhes avisei, terei que me ausentar por causa dos vestibulares no final deste ano e no começo do próximo.
Convidei um amigo meu do Colégio, o Bruno Sales, para dar continuidade à nossa caminhada, enquanto me ausento. Ele ficará no meu lugar durante oito meses a partir do dia 10/07. Tenho certeza que gostarão dele. Temos jeitos diferentes de escrever e também ideias diferentes sobre o mesmo tema e é por isso, além de sua competência, que eu o escolhi. Quanto maior a amostragem maior é a reflexão.
Então vamos lá. Quais são as consequências de nos transformarmos e como podemos vê-las e lidar com elas?
Nós já percebemos que se transformar é se descobrir e dar-se conta do mundo que vivemos. Agora temos que nos posicionar, fazer escolhas. Sermos donos do nosso próprio destino. E é aí que a coisa complica. Porque, de qualquer lado que escolhermos, estaremos abrindo mão e nos sacrificando.
Como disse no texto anterior, não é porque a realidade é difícil e preocupante que eu tenho que ser uma pessoa amarga, ou incompetente. Que não podemos ter sonhos de melhorar a situação. Só temos que querer as coisas sabendo das dificuldades de obtê-las.
Eu dividi as ações ou posições que podemos ter em três tipos:
- Achar que esta tudo bem, que as coisas são como são e nós temos que nos adaptar a elas e não tentar mudá-las;
- Achar que tem coisas erradas, mas mesmo assim não ter vontade, atitude ou iniciativa de mudá-las;
- Achar que as coisas estão erradas e tentar arrumá-las em qualquer esfera possível de atuação.
Eu realmente não me importo em qual delas você se encaixa ou quer estar. Apenas lhe peço para ser coerente, fazer aquilo que você prega aos outros como certo, como exemplo. Porque assim você não vai irritar ninguém com discursos moralistas, ou com papo furado. Você não será hipócrita, isso faz com que as suas chances de ser respeitado, de as pessoas verem você como um adulto, aumentam muito.
E o último aviso que dou a vocês é: tentem ser o mais maleável possível. Porque a vida significa, entre muitas outras coisas, trocas. Não é nada confortável, não mesmo. Mas será melhor se soubermos que nada é estável e que não temos controle sobre muita coisa. A nossa liberdade aumenta e a liberdade do outro com quem nos relacionamos aumenta também, amadurecendo e enriquecendo esse relacionamento.
Até Fevereiro pessoal! Cuidem bem do Bruno!
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