Você sabe como e por que as pessoas definem, estabelecem e utilizam metas?
Muitas pessoas podem se lembrar do famoso acrônimo SMART, que traduzido significa específicos, mensuráveis, alcançáveis, realistas e com prazos, quando se fala de metas.
Contudo, na prática as coisas tomam seus “rumos caóticos” e nem sempre se consegue ser 100% fiel aos conceitos, simplesmente pelo fato de que somos diferentes como indivíduos em termos de perfil, estilo e cultura. Um exemplo que gosto de usar e que ilustra bem esse cenário é viagem de férias. Existem pessoas que querem como meta de viagem, visitar o maior número de cidades e pontos turísticos na mesma viagem. E por outro lado, existem pessoas que preferem como meta de viagem visitar poucos locais e permanecer mais tempo em cada ponto turístico, também numa mesma viagem de férias.
E quem está certo ou errado?
Eu diria que ambos estão certos. Errado seria utilizar o mesmo roteiro de meta de viagem para pessoas com perfis diferentes sem estabelecer adaptações, negociações e meio termos para contemplar as necessidades individuais dos diferentes perfis. Sempre vale ressaltar que toda diferença é autêntica, que cada diferença tem suas razões para existir e devem ser respeitadas. E isto independe do nível de compreensão de quem interage.
Bom, tendo em mente o fato de que somos diferentes e únicos, cada um em sua individualidade de perfil, pode-se explicar e responder melhor à nossa pergunta inicial: “Como e por que as pessoas definem, estabelecem e utilizam metas?”
E para melhor ilustrar a minha resposta, vou utilizar o assessment comportamental DISC (Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade), mas caso você ainda não conheça os conceitos da metodologia DISC, vale a pena dar uma olhada neste site http://www.disc.net.br/.
Vamos lá, começando pelo “por que” se define, estabelece e utilizam metas:
Os perfis com fator predominante em Dominância podem tender a definir metas com intuito de suprir necessidades de competitividade, superação de desafios, etc. Ou seja, a resposta de “como” o perfil predominante de Dominância utiliza metas, seria se desafiando a ir além dos seus limites. Não raro de 0 a 100, a meta seria 150.
Já os perfis com fator predominante em Influência, podem tender a estabelecer metas para agradar e obter reconhecimento, aumentar sua popularidade, etc. Em suma, o perfil predominante em Influência pode utilizar metas de forma a se tornar referência ou inspiração para outras pessoas. Não raro seus indicadores de resultados não seriam números, e sim pessoas que cativou, motivou e inspirou.
Os perfis com fator predominante em Estabilidade podem tender a estabelecer metas para obter maior previsibilidade, evitar imprevistos, etc. Em outras palavras, a forma como as pessoas com perfil predominante em Estabilidade definem metas, seria em etapas e início, meio e fim. Não raro as metas são confortáveis, seguras e atingíveis.
Por último, os perfis com fator predominante em Conformidade podem tender a utilizar metas para evitar erros e ter maior segurança e certeza. Não raro podem definir metas baseadas em padrões externos (mercado, empresa, colegas) ou até negligenciar metas ou estabelecer metas aquém de sua capacidade.
Moral da história, cada tipo de meta vai funcionar melhor se falar a linguagem de cada perfil.
Com um trabalho mais customizado e “sob medida” para você ou seu cliente, o nível de eficácia aumenta espontaneamente. Esta é a simples razão pela qual vale a pena explorar as nuances e diferenças dos perfis.
E para fechar esse artigo, tem o “pulo do gato” para turbinar os trabalhos de desenvolvimento humano, que consiste em estimular para que cada perfil busque a complementariedade e equilíbrio do seu potencial e força, considerando e exercitando seus opostos. Por exemplo, o perfil predominante em Dominância pode exercitar definir metas mais confortáveis e atingíveis (perfil de estabilidade) complementando com sua natureza desafiadora e vice-versa. Desta forma se equilibra e evita o extremo de criar armadilhas de metas surreais e impossíveis de se alcançar e acabar se frustrando e consequentemente perdendo energia e motivação.
Se você gostou do que leu e algo fez sentido para você neste artigo, te convido a ler e reler os artigos anteriores (clique aqui) e principalmente ficar atento aos próximos artigos que trarei com mais dicas e conteúdos para turbinarmos e otimizarmos nossos trabalhos de desenvolvimento humano.
Se você já usa ou vai começar a utilizar assessments ou conhecer novos tipos, avalie sempre a finalidade e eficácia de cada instrumento. Opte pelos que trazem maior segurança, confiabilidade, e que tenham histórico de pesquisa e desenvolvimento na área. Afinal de contas, nem tudo que é bom é barato.
Bruno Tsai
http://www.btperformance.com.br/
Confira também: Importância dos assessments na adaptação humana
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