Recentemente, em iniciativa profissional conjunta que iniciei com o Instituto Holos, na pessoa do colega colunista Marcos Wunderlich, abrimos a oportunidade para pessoas interessadas nos cursos e programas in-company nos contatarem e participarem de um teste de estrutura mental. Já abordei antes esse tema, mas por perguntas e emails que tenho recebido, achei importante ampliar esta oportunidade. Vale lembrar, o teste está baseado nos estudos de Paul Mclean, psiquiatra norte americano que pesquisou a evolução da estrutura do cérebro humano, desde os primórdios do homo sapiens aos dias atuais.
Segundo as pesquisas, no ser humano manifestam-se três campos mentais que funcionam integrada e simultaneamente, entre si: (a) Campo Racional, correspondente ao hemisfério esquerdo, (b) Campo Emocional, correspondente ao hemisfério direito, e; (c) Campo Operacional, correspondente ao corpo caloso (estrutura de cor branca, localizada na fissura longitudinal), que conecta ambos hemisférios cerebrais. A figura a seguir explica melhor essa questão:
Pelo teste, o campo com maior pontuação tem tendência a ser mais usado. O resultado para cada campo varia de 9 a 45, sendo que a média dos resultados por campo fica entre 20 a 42. Porém, o autoconhecimento a partir da relação entre os três campos é que importa, não sendo relevante se os números estejam altos ou baixos.
O autoconhecimento é a base para uma condução mais assertiva por aquele que faz o teste: como o Racional se relaciona com o Emocional, e como isso afeta o Operacional. Pessoas mais racionais podem avaliar uma situação com mais facilidade, mas podem acumular dificuldades relacionais ou afetivas, ou não operacionalizar suas tarefas muito bem. Por outro lado, pessoas emocionais podem ser mais sensíveis nos relacionamentos, têm mais criatividade e saem mais facilmente da mesmice. Maior pontuação no campo Operacional pode indicar facilidade de realização, foco no fazer e em resultados.
Quando os três campos têm pontuação igual ou são muito próximos (diferença de 1 ou 2 pontos), podem se anular criando um cenário de indecisão. Também há o risco de, em determinados momentos, invertermos a situação, ao usar mais um campo que outro. Num momento, mais adequado seria usar da razão e enfatiza a emoção, ou vice-versa, gerando dissintonia frente ao momento. Se a pessoa entender isso, pode superar a dificuldade buscando permanecer (ou trabalhar a mente) mais no campo que aquele determinado momento exige. Se a diferença de pontuação entre os campos for muito grande (acima de 10 pontos), sugere-se refazer o teste, pois pode ter sido realizado sob algum tipo de tensão.
O teste não tem rigor científico, mas é apenas um auxiliar para nos conhecermos melhor e redirecionarmos situações de forma mais sábia e coerente. Em diferentes momentos de realização do teste poderá obter resultados diferentes, uma vez que a estrutura mental que temos não é fixa, mas tende a se adaptar às situações que surgem, estresse, fases da vida, tipos de atividade ou mudanças profissionais. O recado final é para que aprendamos a lidar com a nossa estrutura mental, sabendo que nenhuma é melhor ou pior que outra, pois cada ser humano é único.
Você Coach, se já fez o teste, convido-o a refazer. Caso contrário, que tal fazer e também sugerir aos seus clientes que façam esse teste? Depois, analise em conjunto e, com isso, muito do trabalho em conjunto poderá ser facilitado a partir dos resultados. Clique aqui para fazer o teste e receba em seu email as respostas, com comentários e sugestões.
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