“Alguns homens veem as coisas como são, e perguntam: por quê?
Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: por que não?”
(Bernard Shaw)
O mestre de um mosteiro do Nepal recebeu muitos novos discípulos. Conta-se que certa vez, enquanto voltavam da vila para o mosteiro, passaram por uma ponte. Olhando para o riacho, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.
O mestre correu pela margem, pulou na água e pegou o escorpião em sua mão. Quando estava trazendo-o para fora do riacho, o bicho o picou. Por causa da forte dor, o monge deixou-o cair novamente na água. Foi então até a margem, pegou um galho, voltou para o rio e pegou novamente o escorpião. Agora conseguiu salvá-lo.
O bom monge voltou sorridente para a estrada, encontrando seus discípulos. Estes ainda não compreendiam a atitude do mestre, e questionaram:
– Mestre, por que tanto esforço para salvar um bicho tão ruim e venenoso? Deveria tê-lo deixado se afogar. Seria um bem para todos. Veja como você está sofrendo com esta dor. Ele respondeu à sua ajuda picando a sua mão. Não merecia compaixão, após ter picado a mão daquele que lhe estava salvando.
O mestre respondeu, pacientemente:
– O escorpião agiu conforme a sua natureza; eu, conforme a minha.
As nossas ações dizem quem somos muito melhor do que as nossas palavras. E as ações são guiadas pelas virtudes. Se não desenvolvemos nossas virtudes, dificilmente faremos boas ações.
Os valores que recebemos da família e que cultivamos no dia a dia devem servir para crescermos sempre mais e sermos pessoas mais solidárias, bondosas, compassivas, generosas.
Há momentos em que fazer o bem parece uma atitude estúpida ou ingênua, mas devemos agir sempre do mesmo modo. Se escolhermos ser virtuosos, não importa a situação, agiremos sempre positivamente, sempre desejando o melhor para o outro, seja ele uma pessoa, um animal ou o nosso planeta.
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