O uso de metáforas em Coaching:
3 metáforas que vão ajudar você coach a contornar a mente racional de seus coachees
A plataforma Education Week publica, regularmente, interessantes ensaios e pensamentos que merecem uma reflexão pelos educadores e gestores. Ali, encontrei postagem de Elena Aguilar, experiente educadora com foco em crianças e adolescentes, também autora de vários livros: The Art of Coaching, (2013) The Art of Coaching Teams, (2016) e Onward: Cultivating Emotional Resilience in Educators (2018). Ela também é a fundadora da Bright Morning Consulting (brightmorningteam.com) e é ativa nas mídias sociais.
No artigo citado, ela afirma que uma das chaves para ser um coach instrucional eficaz é se manter absolutamente consciente sobre si: qual é o seu propósito no coaching? O que fazer como coach? Para Elena, muitas vezes lhe ocorre não ter clareza sobre seu papel ou propósito. E, geralmente, vem à mente um pouco de dúvida e a pergunta: “O que estou fazendo aqui?”
Simplificando, ela vê seu papel como o de ajudar alguém a se desenvolver profissionalmente para que possa servir, com mais eficiência, à comunidade para a qual trabalha. Ou seja, o coaching é voltado ao desenvolvimento profissional. Um passo além disso está um papel maior, que é capacitar outras pessoas, ajudá-las a enxergar os pontos fortes e suas áreas de crescimento. Isso porque pessoas empoderadas têm inteligência emocional, não estão vagando com vergonha e medo, são empáticas e reflexivas e podem estar presentes para os outros.
No artigo, Elena introduz a questão do uso de metáforas no Coaching, justificando-as no sentido de que esse método ajuda a ter uma aproximação rápida das mentes e corações dos clientes (coachees).
As metáforas no Coaching podem ser como um bom atalho para o nosso inconsciente, uma forma de contornar o nosso intelecto e a nossa mente racional. E ela tenta encontrar sempre a metáfora que possa ser usada para simbolizar seu papel de coach, em cada situação.
Vamos às 3 metáforas que vão ajudar você no processo de Coaching a contornar a mente racional de seus coachees:
Como exemplo, ela descreve uma primeira metáfora, comparando-se a um fazendeiro que cultiva professores e líderes eficazes.
Então, Elena pensa em como o fazendeiro deve estar atento ao clima, à qualidade do solo e a todo o contexto que faz uma planta crescer. Além disso, o fazendeiro sabe da responsabilidade de cuidar das plantas, remover ervas daninhas, fornecer água e nutrientes, mas também entende quando deve se afastar e deixar as plantas crescerem, naturalmente.
Por sua vez, quem é coach deve estar atento aos sistemas e contextos que impactam seu cliente, ao ambiente em que ele está trabalhando, até na sua prontidão para crescer. E precisa ter capacidade de identificar o momento em que o cliente deve trilhar seu próprio e independente rumo.
A segunda metáfora que Elena cita é a de um quiroprático.
Quando algo no corpo não está bem, o quiroprático o examina intuitivamente até identificar o que parece estar desalinhado. E então, quando tem certeza de que encontrou o ponto exato que precisa de um ajuste, ele direciona movimentos, de forma constante e suave, até que tudo volte ao seu devido lugar. Pode até existir um estalo alto e desconcertante no pescoço, por exemplo, mas a pessoa se levanta com a típica sensação de melhora e conforto.
Se, nesse caso, um toque leve conseguiu aliviar a dor corporal, na metáfora Elena entende que seu papel é ajudar o cliente a encontrar os pontos em que está desalinhado com seus valores ou crenças centrais.
Por fim, a terceira metáfora associa o coach a um guia turístico competente.
Aquele que planeja a viagem em conjunto com o cliente, que o ajuda a identificar um ponto final e algumas rotas possíveis. Um guia que também aponta curiosidades ao longo do caminho. E, às vezes, sugere um descanso ou encoraja o cliente a continuar por apenas mais alguns minutos.
Na jornada em conjunto, como coach, podemos ter conhecimentos que ajudarão o cliente, mas também temos nosso pacote de ferramentas e recursos, incentivo e feedback. Algo que pode contribuir para que ele seja mais eficaz, fazendo excelente viagem que mudará ambas as vidas.
Ao usar esses três exemplos de metáforas, Elena conclui que, antes de qualquer ação estar centrada prioritariamente no coach, o processo é uma parceria que só funciona se ambas as partes estiverem igualmente engajadas. Ela afirma continuar na busca pela metáfora perfeita, aceitando plenamente que isso pode se transformar em algo sem fim.
E você, coach ou mesmo mentor, tem alguma metáfora que deseje compartilhar? Costuma usar metáforas para facilitar o entendimento de seu cliente?
Eu sou Mario Divo e você me encontra pelas mídias sociais ou, então, acesse meu site www.mariodivo.com.br.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o uso de metáforas em Coaching? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Até nossa próxima postagem!
Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br
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