Escrevo ainda sob o efeito de um workshop de uma semana que acabei de fazer. Não só pelo conteúdo, mas porque me caiu uma fichinha interessante, que acho que vai te servir também.
Um seminário ou workshop ou curso podem ser um laboratório para você ver o quanto está imerso num universo particular. Geralmente, repare, quando estamos num desses eventos, desde que seja porque queremos estar lá e não porque a firma mandou, nos deparamos com outras pessoas na mesma situação. Estão lá porque querem. Estão lá porque se interessam por aquele assunto. E essas pessoas podem ter mais do que o tema do evento em comum com você.
Quando estamos rodeados de pessoas que compartilham valores ou objetivos comuns, ao menos para mim, é mais fácil nos sentirmos bem a nosso próprio respeito. E essa sensação é uma das mais importantes que há. Quando estamos entre pares como esses, nos sentimos vistos e validados. Essa é a sensação básica de referência para um ser humano, de acordo com o que acredito. Sermos válidos e vistos significa que somos amados.
Ao estarmos em um ambiente de aceitação, podemos relaxar e sermos quem somos. Podemos ter defeitos (já os temos, certo?), podemos exercer nossas opiniões e sermos valorizados. E é geralmente quando mais aprendemos e nos desenvolvemos. Imagine um tempo com pessoas que sabem muito ou se interessem também por um assunto que você curte. Você se sente confortável com estas pessoas, certo? E até fala: “Nossa! Que alívio! Não estou louco porque gosto disso aqui. Tem mais loucos no bando”. E para essas pessoas você também é importante, pelas mesmas razões: Sua presença as valida!
Gostaria então de propor um mergulho nas suas reais redes de contato. Não estou falando de amigos do Facebook que você mal conhece, nem do seu network do Linkedin, mas no universo de pessoas que você navega no seu cotidiano, para ver como você está de suporte para ser quem é e para crescer.
Lá vai. São três etapas fáceis e bacanas:
1 ª etapa:
Perguntinhas básicas para esquentar os motores:
- Como esta você de turma?
- Onde você trabalha, sente-se acolhido em suas ideias ou é um estranho no ninho?
- Onde ou em quais situações você mais se sentiu acolhido ou em casa? Descreva pontualmente essas situações.
- Com quem você se sente confortável para ser quem é? E para aprender o que gosta?
- Quem te acolhe nas suas loucuras?
- Onde mais pode ter esse tipo de pessoa? Liste precisamente cursos, escolas, eventos, locais de trabalho, projetos, etc.
2ª etapa:
Tente agrupar os traços comuns dessas pessoas, tipo: De que idades são? De que nacionalidades? Quais ocupações têm? De que culturas vêm? (São da sua cidade, por exemplo, ou de outra? Outro país, talvez?)
3ª etapa:
Se você já descobriu onde está sua turma (ou turmas), ótimo. O que você pode fazer para fortalecer e talvez até aumentar essa rede?
Se não descobriu ainda, sem problemas. Sugiro que você tente descobrir onde está essa galera (ou galeras). Cursos, workshops, etc. são um bom lugar para começar, mas pode ser que esteja(m) entre seus melhores amigos. Isso é igualmente importante, por que você se dá conta da SENSAÇÃO que é estar entre pares. Este é um guia interno importantíssimo para encontrar novas turmas. Sentir-se bem é critério fundamental, portanto.
Ter uma rede forte é muito importante para seguir pela vida com segurança de que não há nada de errado conosco. Vá em frente e Procure sua turma!
Com amor e com alma,
Karinna
PS: Se quiser, compartilhe aqui comigo como você ficou com esses exercícios. Eu fico sempre muito curiosa para saber!
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