Vegetarianismo, Veganismo: Modismo ou Tendência?
Por Nicole Trevisan (*)
Domingo, churrasco em família e ao oferecer uma picanha suculenta, a jovem recém-chegada à família Lourenço, namorada do caçula responde: “Obrigada, não como carne…”
A família entra em colapso, o que temos a oferecer? Pão de alho? Maionese? Vinagrete? Eis que surge mais um agravante… “É que sou vegana, não como esses também…”
Situação cada vez mais comum e a família precisa se adaptar ao novo mundo, em primeiro lugar qual a diferença de vegetariano e vegano?
Vamos aos termos:
- Ovolactovegetariano: consume produtos com ovos e leite e não consome nenhum tipo de carne;
- Pescetarianismo: pessoa é adepta do vegetarianismo, mas consome peixes e frutos do mar;
- Flexitarianismo: pessoa diminui consideravelmente o consumo de proteína animal, mas consome esporadicamente;
- Vegetariano estrito: não consume nenhum produto de origem animal;
- Vegano: mais que um hábito alimentar, é um estilo de vida, estendendo-se também ao boicote a qualquer produto que contenha couro ou tenha sido testado em animais.
E assim temos novas variações de todos os tipos de vegetarianismo, algo cada vez mais crescente por uma preocupação com a saúde pessoal, mas principalmente com o meio ambiente.
E os números só corroboram com essa nova tendência, que vai muito além de modismo e veio para ficar.
Em 2018, última pesquisa feita, já se declaravam no Brasil 14% da população como vegetariana, esse número cresce exponencialmente, ou seja, é uma tendência que veio para ficar.
Muitas pessoas preocupam-se com esse estilo de vida e a falta de nutrientes em determinadas épocas da vida como por exemplo na adolescência e na gestação, para que todas vitaminas e minerais que devem ser provenientes da dieta sejam contemplados.
Os estudos mostram que uma dieta bem-feita, de preferência acompanhada por profissional, atende perfeitamente todos os requisitos de macro e micronutrientes necessários em todas as fases da vida.
Assim como o onívoro (classificação de indivíduos que se alimentam de tudo), o vegetariano e suas variações devem estar atentos à qualidade da alimentação como um todo para que nada seja prejudicado. Exames periódicos podem avaliar melhor se há a necessidade de reposição de alguma vitamina que esteja em déficit no organismo e que esta seja feita a partir de uma real necessidade e com orientação profissional de médico ou nutricionista.
Sendo assim, não há contraindicação para o novo estilo de vida, cada vez mais predominante e perceptível em todas as idades.
Caso você não queira ser vegetariano, não se obrigue, mas tente reduzir o consumo de proteína animal nas refeições, o que já trará um grande benefício para a sua saúde e principalmente para o planeta.
Você pode por exemplo adotar o “Segunda sem carne”, movimento global que conta com cada vez mais adeptos. E manter esse um dia na semana isento da presença de proteína animal nas suas refeições. Experimente e abra-se para descobrir novos sabores!
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre as diferenças entre vegano, vegetariano e as novas variações e tipos de vegetarianismo? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
(*) Nicole Trevisan é Nutricionista, Pedagoga, Palestrante, Educadora em Diabetes pela SBD/IDF, Mestre em Ciências pelo departamento de obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP, pós-graduada em fitoterapia, Wellness Coach pela Carevolution.
Nicole Trevisan
http://carevolution.com.br/
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